Quarta-feira, 30 DE Junho 2010

 

 

Larissa Riquelme: "Si ganamos a España me desnudo".

publicado por J.G. às 14:39

Hoje e amanhã não há jogos.

Dramático, não?!

publicado por jabulani às 09:54

Zu (Chongzhi), nome de matemático chinês. Zu, trio italiano que deambula pelo rock matemático, o metal, o noise e o jazz esquizofrénico de inspiração zorniana. Baixo, bateria e saxofone em conflito permanente com a electrónica. Os Zu são uma banda de cariz instrumental, embora a sua propensão por colaborações conduza a pontuais introduções de vocalizações. Formaram-se em 1997 para compôr, e interpretar, temas em peças teatrais. Em 1999 os Zu editaram o primeiro de 14 registos, 2 deles ao vivo. Do mais recente álbum, 'Carboniferous', pouco aconselhado a ouvidos sensíveis, 'Ostia '.

 

 

 

 

 

 

publicado por N.T. às 02:15

publicado por N.T. às 01:02
Terça-feira, 29 DE Junho 2010

Simplesmente ridículo. Não merecíamos mais, regressamos a casa tal como previsto após passar uma fase de grupos acessível. O jogo de hoje foi perdido por Carlos Queirós, e faz-me lembrar um certo desastre em Portugal, em Lisboa quando numa substituição tudo se precipitou. O 11 de Portugal, apesar de previsível, mostra algum respeito pela Espanha, campeões europeus, mas vê CQ lançar uma equipa com medo e sem ambição dentro de campo. Portugal entrou com algumas dificuldades, recompôs-se, alterou a forma de jogar, melhorou, criou algumas situações de perigo, mas quase sempre em lances fortuitos e o caldo é entornado na segunda parte, na primeira substituição.

Claro que agora é fácil criticar e chamar de tudo ao CCQ (cagão Carlos Queirós), mas faz-me alguma confusão jogar com um central na direita, para manter a coesão defensiva. Um Pepe faltoso mas sem garra de outros tempos, previsível, e um Hugo Almeida que teve a melhor situação de ataque no joelho de Puyol. Então para que levamos Paulo Ferreira e Miguel para África? Para experimentar os quartos do hotel? Que confiança é lançada dentro de equipa quando um central ocupa essa posição?

Quando a estatística mostrava de tempos em tempos a posse de bola, pensava cá para os meus botões ao ver 35 a 39% para Portugal, que com aqueles valores só um homem à face da terra consegue dar espectáculo e ainda vencer. Não é tão bronzeado como o CCQ, mas usa uma capa à Errol Flynn muito porreira, e percebe de bola!

E Ronaldo? Quem me conhece sabe que por razões diversas eu sou um defensor de CR7. Mas chegou a altura de Ronaldo recolher, pensar sobre como deve ser a sua atitude com a camisola da Selecção, calar-se, não pensar que tem de ser o Eusébio e marcar 9 golos, ou Figo e marcar o golo decisivo contra a Inglaterra. Tem de ser o próprio a perceber que a sua imagem desgastou-se e que nesta altura é preciso repensar a sua identidade dentro da selecção. E pensar. E acalmar. E preparar para voltar em força. Passou ao lado do mundial, como passou Rooney, Torres, Henry, entre outros. Uma desilusão!

Mas volto a CCQ e pergunto se havia dúvidas que Liedson deveria ser titular? E o Simão? Que a única coisa que foi à África fazer foi aumentar a sua conta bancária em mais uma alusão ao cheeseburger. E Danny? Sinceramente, o rapaz não tem culpa, agora CCQ não percebeu o que Del Bosque imaginou que se iria passar e conseguiu.

Portugal perde o jogo, primeiro porque jogou pior, mas acredito que com a boa prestação dos centrais e com um Super Eduardo, era um dos meus medos para este mundial e que grande exibição fez, era possível ter alguma sorte. Segundo, o momento em que CCQ retira Hugo Almeida, a referência no ataque e coloca Danny, pelo contrário Del Bosque coloca Llorente, o jogador que mais cabeceou na Liga Espanhola retirando quem realmente nada estava a fazer, Torres. Portugal perde profundidade num momento crucial da partida. O golo espanhol demorou pouco a chegar e pelo caminho valeu Eduardo por 2 vezes.

Liedson demorou 10 minutos a entrar, CCQ demorou a processar a informação para alterar rapidamente o figurino da selecção e quando o fez, já era muito tarde. Claro que em pancadaria vencemos, não percebo qual a intenção de Ricardo Costa. Um vermelho e consequente perda de tempo de jogo. A Selecção abandona o Mundial sem atingir os mínimos exigíveis. Aguardo com alguma curiosidade o que se irá passar nos próximos dias. Eu trocava o Madaíl pelo CCQ, dava um bom presidente da FPF e aquele ar de engatatão fazia sucesso nos sorteios em Nyon, e contratávamos um treinador. Um treinador mesmo!

Homem do jogoDavid VILLA

publicado por Pedro Varela às 21:49

Pela terceira vez nos oitavos-de-final da competição, o Paraguai entrou finalmente em campo como favorito, mas se confirmou predicados defensivos, continua a falhar na hora de rematar à baliza. Em 1998 resistiu à França durante 113 minutos, há 2 anos foi o alemão Olivier Neuville a derrubar a muralha guarani à beira dos 90. Hoje chegou aos penalties e fez história: está nos quartos-de-final.

Foi um jogo sem grande margem para emoção, onde as oportunidades rarearam apesar do claro ascendente paraguaio sobre um Japão que optou por ceder a iniciativa. Vinte minutos tivemos que esperar até sentir algum receio nas defesas de ambos os lados. Barrios foi o primeiro a ameaçar, rodando bem sobre os centrais e forçando Kawashima a defesa apertada. O Japão reagiu um minuto depois através de um remate à barra. E já perto do final da primeira parte, confirmando dificuldades em importunar os adversários no interior da área, voltou a importunar Villar de longe. Desta feita a bola passou ao lado. Pelo meio, aproveitando a confusão na sequência de uma bola parada, Roque Santa Cruz teve uma excelente oportunidade no interior da área mas faltou arte para capitalizar o momento.

Chegava o intervalo com claro domínio paraguaio perante um Japão que apostava tudo no contra-ataque e o segundo tempo manteria a tendência. O Paraguai insistia mais sobre as alas, principalmente pelo lado esquerdo, mas a muralha nipónica afigurava-se inultrapassável. O avançar do relógio garantia maior confiança ao Japão, agora mais preocupado em trocar a bola mas subindo sempre com precaução. Os guarda-redes permaneciam meros espectadores e a situação não agradava a Marino, que procurou maior presença na área através de Óscar Cardozo.

O jogo lateral do Paraguai intensificou-se no prolongamento, assim como o contra-ataque oriental, cada vez com mais espaço para correr com a bola. Oportunidades é que continuavam a rarear e com naturalidade se atingiu o minuto 120 com tudo a zero. Nos penalties Villar foi novamente abençoado pela trave e Cardozo tratou de negar ao Japão a quinta conversão.

 

HOMEM DO JOGO: 18 Keisuke HONDA

publicado por N.T. às 20:25

Football Fans Know Better

Espanha, próximo adversário de Portugal nos oitavos-de-final. Nas linhas seguintes, analisaremos os prós & contras de ‘La Roja’ e qual a abordagem estratégica que a selecção nacional deverá optimizar. Antes, recuemos até 2008, quando a Espanha sagrou-se campeã europeia.

Na altura, durante a fase de grupos e quartos-de-final, Luis Aragonés era apologista de um 4x1x3x2, com Senna pivot (defensivo), um trio formado por David Silva (esquerda), Iniesta (direita) e Xavi (ao centro), ficando Torres e David Villa na frente de ataque. A partir dos quartos-de-final, com a lesão do avançado do Valência, a equipa mudou para um elástico 4x1x4x1, imagem de marca da selecção espanhola. Recordo o onze-base na final contra a Alemanha: Casillas, Sergio Ramos, Puyol, Marchena e Capdevila; Senna, Iniesta, Xavi, Fàbregas e David Silva; na frente, Torres. Dois anos passaram, mas desta equipa para a actual (que jogou diante do Chile), apenas mudaram 4 caras: Piqué em vez de Marchena, Busquets por Senna, Xabi Alonso em vez de Fàbregas e David Villa por Silva. Portanto, salvo uma ou outra alteração pontual, esta geração de jogadores pode continuar a fazer história.

Curiosamente, o seleccionador Del Bosque começou a competição de forma semelhante à final do Euro 2008, ou seja, com a equipa disposta em 4x1x4x1. De então para cá, as únicas novidades prendem-se com o seguinte: opção por Xabi Alonso, em detrimento de Fàbregas e saídas de Marchena e Senna, com entrada directa de Piqué e Busquets, respectivamente. Porém, a derrota com a Suiça alterou os planos e houve como que uma espécie de regresso ao passado, com a aposta em Torres. A Espanha precisava de maior poder de fogo, ficando David Villa inclinado na esquerda (diagonais interiores) e Jesús Navas (vs Honduras) ou Iniesta (vs Chile) com responsabilidade no corredor contrário. Presentemente, ‘La Roja’ actua num 4x3x3, com meio-campo em «1x2» quando em posse de bola, mas também desenha um 4x1x4x1 em organização defensiva, recuando os extremos para zonas mais atrasadas.

O retrato (táctico) do antes e depois está feito. Porém, em termos de futebol desenvolvido existem algumas diferenças. Em 2008, os campeões europeus mostraram argumentos na vertente táctica e criatividade suficiente para explanar as qualidades técnicas individuais. No presente, a escolha por determinados jogadores tem bloqueado a fluidez nos movimentos de transição e circulação de bola. Razões para tal? O espaço entre-linhas nem sempre é bem preenchido, pois Del Bosque tem demorado a encontrar os homens certos para os lugares de meio-campo: Busquets, Xabi Alonso e Xavi parecem intocáveis, mas também já jogaram Jesús Navas, Iniesta, Fàbregas e David Silva. Creio que o equilíbrio ainda não foi encontrado, pois Busquets e Xabi Alonso são médios de contenção e Iniesta e Fàbregas, por exemplo, têm outros argumentos (qualidade de passe em ruptura) ofensivos. Vejamos, agora, quais os prós & contras da actual selecção espanhola.

1. Pontos fortes

A principal mais-valia prende-se com a qualidade individual dos elementos, todos eles jogadores em equipas de topo como o Barcelona, o Real de Madrid, o Valência, o Arsenal (Fàbregas) e o Liverpool (Torres). Por outro lado, a espinha-dorsal mantém-se e o onze-base tem vindo a ser construído sem grandes oscilações, pelo que os princípios de jogo encontram-se bem definidos e assimilados por todos. Em termos estratégicos, existe o lado colectivo (vários ‘arquitectos’ de um futebol baseado em passe - recepção - desmarcação) e o lado individual, com o avançado David Villa a assumir-se como a ‘peça’ mais temível: 3 golos marcados até ao momento. Observando a imagem, verificamos que a nova contratação do Barcelona parte da esquerda, desenvolvendo diagonais interiores para dentro da grande área adversária. Ora, é precisamente desse lado que Portugal apresenta maiores vulnerabilidades, tendo já actuado 3 jogadores na lateral direita: Paulo Ferreira (vs Costa do Marfim), Miguel (vs Coreia do Norte) e Ricardo Costa (vs Brasil). Qual será a melhor solução para travar David Villa?

2. Pontos fracos

Nem sempre visíveis, todas as equipas (selecções) aparentam uma ou outra debilidade. Cada fraqueza pode estar associada a um aspecto específico, como dificuldade nos lances de bola parada, por exemplo. Depois, existem pontos nevrálgicos (corredores) mais sujeitos às investidas contrárias. No caso espanhol, o eixo central composto pelo trio do Barcelona Piqué - Puyol - e Busquets, reúne mecanismos de entrosamento que garantem grande fiabilidade defensiva. Por sua vez, o corredor direito, com Sergio Ramos, apresenta maior consistência do que a faixa contrária, onde Capdevilla já não tem a destreza física do passado. Assim, talvez a melhor forma de derrubar o ‘muro’ espanhol seja colocar Cristiano Ronaldo bem inclinado do lado direito do ataque português, de forma a explorar os 32 anos do defesa do Villarreal. Quem sabe se não estaria nesse duelo 1v1 a chave para o sucesso dos oitavos-de-final.

3. Que estratégia para Portugal?

Com uma margem de erro reduzida, Del Bosque irá apresentar o prevísivel onze titular: Casillas, Sergio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevila; Busquets, Iniesta, Xavi, Javi Martínez ou Fàbregas e David Villa; por fim, Torres como homem mais avançado. Creio que Portugal teria a ganhar em jogar num 4x4x2 losango, com o seguinte onze-base: Eduardo, Ricardo Costa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Fábio Coentrão; Pedro Mendes (n.º 6), Tiago (meia-direita), Raul Meireles (meia-esquerda), Deco (n.º 10); Cristiano Ronaldo (solto na meia-direita) e Liedson. Porquê estas opções? De forma muito sucinta: (i) Ricardo Costa porque o defesa já contratado pelo Valência é, de longe, o que se encontra melhor preparado (física e mentalmente) para travar as diagonais de David Villa; (ii) 4x4x2 losango porque o meio-campo espanhol conta com jogadores de grande qualidade técnica (posse de bola) que necessita de ser travado, impedindo a superioridade numérica do adversário; (iii) Cristiano Ronaldo solto na frente de ataque, ao invés de estar ‘colado’ a uma ala, de forma a retirar o melhor aproveitamento do seu talento ofensivo; e, (iv) Liedson porque trata-se de um avançado mais complicado de marcar, para além de ser muito útil na transição defensiva e na hora de pressionar, por exemplo, as saídas de bola de Piqué. Esta seria a estratégia inicial. No decorrer do jogo, consoante as circunstâncias do mesmo (e o desenrolar do resultado), uma das soluções possíveis passaria pela entrada de Simão, uma espécie de ‘joker’ preparado para transmitir maior atrevimento atacante. Comentários?

publicado por stadium às 11:56
E não é que o último dia dos jogos dos oitavos de final reserva-nos mais um emocionante encontro entre dois candidatos ao título mundial? Portugal e Espanha, ao final da tarde protagonizam mais um duelo ibérico. Mas, antes defrontam-se Paraguai e Japão. Quem continuará em frente? Eis a grande questão. Aceitam-se apostas!
Espírito de índio guarani contra os últimos samurais (Paraguai - Japão; 15:00; Estádio Loftus Versfeld)

ParaguaiParaguai JapãoJapão
Duas equipas conhecidas pelas suas performances defensivas neste mundial. Duas equipas em busca do acesso aos quartos de final. Duas equipas com diferentes formas de atacar. Qual delas passará?
A equipa paraguaia, segundo os esquemas da FIFA, alinha num 4-3-3. Aliás, é mesmo essa a ideia que se fica quando olhamos para o campo e vemos as disposições dos seus atletas. Contudo, embora tenham levado a água ao seu moínho, esse mesmo onze, pelos nomes que aparecem nas fichas de jogo, melhor se organizavam em 4-4-2, ora em losango ora linear. É quase inadmissível para um adepto de futebol ofensivo, que o seleccionador paraguaio, com jogadores do nível de Valdez, Barrios, Santa Cruz, Cardozo e até Benitez, o máximo que consegue fazer em termos ofensivos é marcar ou com o central em bola parada ou com jogadores do meio-campo. Isso reflecte-se que a forma de atacar se calhar não é a mais correcta. Quais seriam as vossas opções para o ataque?
O Paraguai, não é uma equipa predominantemente atacante. Não é, igualmente uma equipa muito rápida. Na defesa, embora os seus centrais não sejam muito corpulentos e altos, sabem marcar em cima, estilo "carraça", pelo que a equipa consegue ter talvez a melhor defesa sul-americana. Os laterais são jogadores rápidos mas que não se aventuram assim tanto para o ataque. Algo que quanto a mim ajuda a que o 4-3-3 não tenha outra dinâmica. Quanto aos médios Vera e Torres, funcionam muitas vezes como alas e é por esses movimentos que nota-se alguma aceleração do jogo ofensivo. Mas, até agora o fazem porque sentem-se protegidos por um senhor jogador, chamado Victor Caceres. Será uma grande baixa para este encontro, devido a acumulação de amarelos em encontros anteriores. Quem deverá substituí-lo?
A equipa japonesa, joga num 4-5-1 e embora eu preferia ver o Honda a jogar de frente para a baliza adversária, eu acho que neste momento é mesmo o único jogador japonês capaz de interpretar bem a função que um avançado nestes esquemas deve ter. Em ataque o 5 de meio-campo desdobra-se avançando os dois alas, ora pelas linhas, ora em diagonais para a zona de remate frontal. São os casos de Matsui e Tamada. Mas, não é só os alas que avançam. Nos últimos encontros, Endo e Hasebe já conseguem muitas vezes chegar a zonas de remate, sobretudo o primeiro.
Tal como o Paraguai, não considero o Japão uma equipa rápida. Considero-os ágeis, precisos, objectivos e com muito pulmão. Se têm dúvidas, basta repararem nos seus dois laterais. É, igualmente uma equipa defensiva por natureza, pois deixa apenas Honda à frente da linha do meio-campo. No centro da defesa japonesa encontramos uma das melhores e surpreendentes duplas de centrais deste mundial: Túlio Tanaka e Yuji Nakazawa. Com estes dois, mais o domínio no capítulo do livre de Endo, Honda e Nakamura, o Japão é talvez a equipa que melhor performance tem dos lances de "bola parada" neste mundial. Nakamura é a grande questão para o onze titular, uma vez que tem sido uma espécie de "Robben" para o Japão nesta competição.
Prognósticos da "Jabu": antevejo um jogo enfadonho, muito embora, os japoneses têm proporcionado alguns belos jogos. Assim sendo, penso que quem marcar primeiro deverá passar em frente. Neste momento, penso que o Japão é mais equipa, mas o Paraguai dá-nos a sensação que ainda não vimos o seu verdadeiro potencial. Boas hipóteses de haver prolongamento, pois ambas as equipas apenas atacam pela certa.
Duelo entre "hermanos" (Espanha - Portugal; 19:30; Estádio Green Point)
EspanhaEspanha PortugalPortugal
E às 19:30 a península ibérica pára! Quem irá prosseguir em frente? A Espanha ou Portugal?
A armada espanhola, comandada por um jogador conhecido por "olhos de camaleão", de seu nome Xavi, apresenta-se neste mundial ainda em busca das suas rotinas de jogo. Xavi já percebeu que os companheiros que tem na selecção e não jogam no Barça são diferentes dos estrangeiros no seu clube, pelo que é necessário afinal os entrosamentos, mas já aí voltarei.
Começo pela baliza, Iker Casillas, o homem-aranha das balizas (a par de Júlio César do Brasil), é um grande guarda-redes, mas não está a passar por um grande momento na selecção. Parece haver ainda faltas de comunicação com a defesa blaugrana. Disso foi notório o seu primeiro golo sofrido no mundial.
No centro da defesa, Puyol e Piquet complementam-se e têm já rotinas do seu clube. É uma dupla muito coesa, mas como estão habituados a jogar muito subidos, quase ao pé da linha de meio-campo. Fazendo uso do "fora-de-jogo", têm muitas dificuldades quando a equipa adversária consegue penetrar no espaço deixado entre eles e o guarda-redes. Então se Piquet perder a bola num dos seus movimentos típicos de subida pelo terreno, abre um espaço nas costas que Busquets nem sempre se encontra para tapar. Se no Barcelona, têm laterais muito rápidos como Maxwell e Dani Alves, na selecção, embora Ramos não é batido em velocidade, o Capdevilla já o é. Contudo, têm quase sempre o apoio ora de Sérgio Busquets (médio mais defensivo), ora de Xavi, que muitas vezes vem buscar jogo, tal como faz no Barcelona, ora, também de Xabi Alonso, que tem tendência a fazer o mesmo que Xavi, pois é essa a sua função no Real Madrid. Como são ambos destros, têm tendência para moverem-se para o mesmo lado, à procura do equilíbrio necessário para passar com precisão com o seu melhor pé. Desiquilibrando o lado esquerdo espanhol. Uma coisa é certa, em termos de tipo de passe predilectos, tanto Xavi como Xabi Alonso são diferentes e complementares. São igualmente diferentes nas tarefas de "bolas-paradas" ofensivas e defensivas. Mas, é entre estes dois que vejo ainda alguma imprecisão, falta de coordenação e entrosamento nas saídas para o ataque.
David Silva, é uma espécie de "Messi" espanhol. Pelo menos é essa a ideia que transparece da forma como Del Bosque quer que este virtuoso jogador funcione em campo. Eu penso que está correcto, pois é assim que Silva joga no seu Valência., ou seja, ora à esquerda, ora à direita, ora ao centro, como "10" com muita liberdade. Contudo, mais uma vez, os mecanismos ainda não são os melhores, com os restantes membros da equipa (leia-se meio-campo). Villa, é dos únicos onde parece ter claramente um enorme entrosamento, porque jogam juntos no Valência. Torres ainda está à procura do apuramento de forma e tem sido Navas o escolhido para formar um trio atacante, com Villa e Silva. Notar que o novo reforço do barça é um avançado que não sabe jogar de costas para a baliza, e é mais de jogar no espaço vazio, com uma diagonal ou transporte de bola. Tem tendência para preferir o lado esquerdo do ataque pois possibilita fazer o movimento interior para disparar, tal como fez quando jogou contra as Honduras. Com o jogador do Liverpool em campo, a tendência é para Espanha adoptar um 4-4-2 em losango. É então entre o 4-3-3 e o 4-1-2-1-2, que eles se sentem mais confortáveis em jogar, mas no banco o que não falta são soluções para todas as situações. É talvez a par da Argentina o 23 mais homogéneo.
A armada lusa, também tem as suas armas e estou curioso por ver qual será a estratégia a ser usada neste encontro. Neste contexto tenho duas questões:
i) Qual será o estilo de jogo que Portugal irá adoptar, ou seja, se um estilo de jogo mais defensivo, como aconteceu frente ao Brasil ou se mais ofensivo, como ocorreu frente à Coreia do Norte?
ii) Qual será a táctica que Portugal irá adoptar neste encontro, se o tradicional 4-3-3 que tem usado neste mundial, se o 4-1-2-1-2, que deu-nos o apuramento nos jogos do play-off europeu?
Sinceramente, eu no lugar do Queiroz optaria por um esquema que os jogadores se sintam bem. Povoar o meio-campo, com gente defensiva, não é lá muito correcto frente a uma Espanha ou Argentina. É que essas equipas aproveitam-se para se intalarem no nosso meio-campo e têm gente com maturidade e paciência suficientes para por-nos a correr atrás da bola até que haja um espaço onde possam metê-la e penetrar em ataque. Se marcarem primeiro, em termos anímicos para a equipa será devastador. Por outro lado, não é assim que a maioria dos jogadores Portugueses está habituado a jogar. Mais, o jogo frente ao Chile, revelou que a Espanha tem imensas dificuldades frente a um adversário que procure ter tanta posse de bola como ela. Sendo assim, e para aproveitar o melhor dos dois mundos do estilo e da táctica, penso que Portugal deveria usar o seguinte onze:
- Eduardo na baliza, este é intocável e tem sido o melhor na sua posição neste mundial.
- Miguel a lateral direito, porque de todos os laterais direitos nacionais é aquele que convive diariamente com Villa, o jogador que lhe vai cair na sua zona de acção.
- Ricardo Carvalho, o líder da defesa e aquele que poderá sair com a bola nos pés.
- Bruno Alves, o central de marcação por excelência que deverá preocupar-se com Torres, se este jogar de início. Também nos lances de bola parada, defensivos e ofensivos será preponderante.
- Fábio Coentrão, que continue a fazer o que tem feito até aqui.
- Pedro Mendes, porque dá outra segurança à equipa tanto em termos defensivos, como nas saídas para o ataque que Pepe não dá. Também pensei em Miguel Veloso, mas agora não é tempo para experiências e Mendes parece-me mais seguro e confiante.
- Tiago, continua a jogar e deslumbrar. Complementa Mendes e Meireles, formando um tridente de grande qualidade. Será concerteza o jogar mais cerebral do meio-campo.
- Raul Meireles, com as suas penetrações pelo centro do terreno acaba por esticar e bem o jogo ofensivo nacional. Tanto ele e Tiago têm essa tendência e pelos vistos, fazem-no com critério e de forma intercalada. Está em grande forma. Tem tendência para marcar nos grandes momentos, será este um deles? Esperemos que sim!
- Simão, ora na esquerda, ora na direita, ora no centro (caso haja necessidade de jogar em 4-1-2-1-2), Simãozinho é o jogador mais inteligente e experiente que temos na equipa nacional. Conto com ele para pressionar e roubar muitas bolas ao Busquets, no momento em que este receba a bola.
- Cristiano Ronaldo, é aquele jogador para levar Portugal a outro patamar, tal como aconteceu com Eusébio em 66. Se em termos defensivos pressionar a defesa contrária, nomeadamente, Capdevilla, Puyol, BusquetsXavi quando no seu meio-campo defensivo irá permitir a que Portugal conquiste muitas bolas na zona de construção adversária. Em termos ofensivos, colocaria-o mais sobre a direita para o centro, aproveitando o confronto com Capdevilla.
- Hugo Almeida, é muito importante para Portugal colocar este rapaz em campo. É o único que pela sua movimentação (procura flectir para o lado esquerdo), capaz de manter Piquet lá atrás e fazer com que Ramos, não suba a seu belo prazer. Com um Raul Meireles por detrás e com o apoio de Coentrão, poderá depois partir para a zona de finalização.
Prognóstico da "Jabu": mais uma vez RESERVADO! Tudo dependerá da forma como os jogadores abordarem este encontro, sobretudo os portugueses que parecem correr por fora. Depois, esta questão que visa uma performance nacional personalizada, que depende e muito de quem jogar, logo de quem Carlos Queiroz optar, leva-me a ter muitas reservas. Vamos ver, que seja um bom espectáculo e sem casos (deverá ser difícil, pois é um confronto ibérico).

PP

PS: O que acham do onze que apresentei? Sempre dava para sem nenhuma substituição jogar num 4-1-2-1-2 ou 4-3-3.
publicado por jabulani às 10:15

O diário espanhol Marca sempre tão incisivo nas suas capas hoje acusou o toque da 1ª página do Record:

Llegó el gran día. España y Portugal medirán sus fuerzas a partir de las 20.45 horas en el Arena Green Point de Ciudad del Cabo en busca de un puesto en los cuartos de final. Un partido apasionante que el diario portugués Record ha simbolizado como si se tratara de una corrida de toros: La Roja es el Miura y Cristiano Ronaldo, el torero.

'Hoy gran faena', titula Record en su portada

En su portada de este martes, aparece Cristiano Ronaldo dando un muletazo con la camiseta de Portugal a un toro bravo. 'Hoy gran faena', titula Record. Y añade: "los españoles esperan que Cristiano no tenga su día".

Además, se hace eco de las declaraciones de Queiroz. "Tenemos que correr riesgos", avisa el seleccionador portugués. O lo que es lo mismo: Queiroz tiene miedo a que Cristiano Ronaldo y su cuadrilla se lleven alguna que otra cornada de una Roja que saldrá a comerse a los toreros portugueses.

Esperemos que mañana Record tenga que sacar una portada en la que aparezca el torero Cristiano Ronaldo cortándose la coleta. Eso significará que Portugal está eliminada del Mundial y España en los cuartos de final.

publicado por J.G. às 10:05
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Foi na cidade de Dallas que Holanda e Brasil se encontraram nos quartos-de-final do Mundial de 1994, um jogo morno durante os primeiros 45 minutos mas que entraria para a galeria dos Mundiais pela extraordinária segunda parte e 22 minutos loucos que registariam 4 golos. O Brasil marcou por 2 vezes em 10 minutos, respondeu a Holanda com 2 golos em 12 minutos. Branco, à beira do fim, assegurava a passagem às meias.

 

 

publicado por N.T. às 00:28
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