Sexta-feira, 18 DE Junho 2010

A Jabulani não foi chamada à laia de desculpa para justificar os frangos de Green e Chaouchi, vai daí M'Bohli e James surgiram nos onzes respectivos como as únicas alterações tendo como base a primeira jornada.

Os comandados de Capello pareciam querer tomar as rédeas da partida e delegaram desde o início a estratégia a um Steven Gerrard demasiado preso ao lado esquerdo do meio campo para realmente poder influenciar. Esperou-se muito de Lampard mas o médio não apareceu, nunca foi auxílio para Barry ou Gerrard e raramente solicitou os avançados ou assumiu o jogo. Com os defesas esquerdo e direito presos todos uns 45 minutos, a selecção inglesa também não podia fazer fé num Rooney alheado ou num Lennon inofensivo. A selecção argelina entrou realista e concentrada em todos os sectores, com Yebda e Lacen em apoio constante ao trio defensivo mas jogando apoiado dali para a frente. As combinações incluíam quase sempre Boudebouz e Ziani no transporte da bola até à linha com vista à integração da linha média e não raras vezes de Yebda nas imediações da área inglesa. Deu em nada, guarda-redes sem trabalho e zeros no placard.

O descanso trouxe poucas novidades e menos ideias. Tornava-se óbvio que esperar por uma combinação ou um drible dos súbditos de Isabel II, por um passe de ruptura ou até por um remate à baliza seria um exercício de masoquismo já que os ingleses pareciam não conseguir controlar o esférico ao ponto de em determinados períodos parecerem elementos recrutados num qualquer Distrital. Nada que preocupasse os magrebinos determinados a levar um ponto do Green Point da Cidade do Cabo. As exibições esforçadas de Haliche, Bougherra e Yahia chegavam para inoperância atroz dos dianteiros britânicos. Manter-se-ia o resultado neutro e sem golos, um fato à medida dos intervenientes.

 

Homem do Jogo: 2 Madjid BOUGHERRA

 

 

publicado por Spinafro às 23:05

Da noite (e o seu inverso). A Eslovénia fez dos primeiros 45 minutos um recital de controlo absoluto de todos os momentos do jogo, onde o capitão Koren tomava as melhores decisões e movimentava com mestria o esférico, variando um estilo mais apoiado para um jogo mais directo assim a situação o exigisse, todo o jogo passava-lhe pelos pés. Lucravam todos os sectores de uma equipa que mostrava, orgulhosa, toda uma excelente harmonização entre os elementos do meio-campo ou a chave da superioridade exibida na primeira metade. Já os EUA colhiam o reverso, à absoluta anarquia posicional juntavam-se a fraquíssima qualidade de passe e a fragilidade e previsibilidade de um meio campo ofensivo, que como os sectores defensivo e atacante, sofriam de isolamento forçado. E aí quem se destacou foi Bradley que nunca teve um parceiro à altura para a arrumação da casa nem que recebesse a bola recuperada e a levasse para a fase de decisão. Ao intervalo, a vantagem por dois golos dos eslovenos espelhava a dimensão do buraco que os estado-unidenses tinham cavado.

Do dia (e o seu inverso). O coach Bob Bradley tinha decidido: "que Edu e Feilhaber dispam os fatos de treino e ajudem a dar a volta ao jogo". De repente Altidore parecia concentrado, Dempsey já cumpria o seu dever de abrir a ala e Landon Donovan, importantíssimo nos EUA dos últimos 5 anos, já tinha bola e saiu golo. O tal Donovan aproveitou um erro mortal de César e descaído para a direita, apontou à cabeça do impotente Handanovic e disferiu um míssil. Mudou tudo a partir daqui, os europeus deixaram de ser mandões e começaram a mostrar fragilidades onde antes se vislumbravam forças e o assédio yankee começava a assumir-se tão insuportável quanto perdulário. Mas o empate era certo, estava a caminho e aconteceu quando num esgar de ou vai ou racha, Bradley troca o central Onyewu pelo avançado Gomez. Golpe letal, não tardou o golo de Bradley filho.

Não falarei de justiça no resultado que tal não existe mas destaco a qualidade da partida e terei de deixar para memória futura os eslovenos Koren e Birsa e os estado-unidenses Donovan e Bradley.

 

Homem do Jogo: 10 Landon DONOVAN

publicado por Spinafro às 17:36

A Alemanha entrou em campo tranquila com a vitória do primeiro jogo. A Sérvia entrou determinada a recuperar os pontos perdidos da estreia e surpreendeu jogando no campo todo, defendendo muito alto, tirando espaços de passe a Ozil e contou com Krasic inspirado. E, por fim, um árbitro entrou em campo com vontade de estragar o jogo e aplicando uma nova regra que passa por mostrar amarelos a cada falta marcada. Assim, aos 37' a Sérvia tinha os dois laterais amarelados, e Alemanha tinha quatro jogadores com cartão amarelo! Nesse minuto Klose faz a sua segunda falta normal a meio do campo e recebe o 2º amarelo deixando a Alemanha com 10 em campo. No minuto seguinte a Sérvia aproveita o desnorte germânico e Krasnic vai à linha centrar para Zigic ganhar de cabeça na área e deixando a bola redonda para Jovanovic atirar fácil para golo.

E assim foi a Sérvia para o intervalo em vantagem.

Low optou por não mexer na equipa para a 2ª parte e a Sérvia entrou sem querer correr riscos. Assim foi sem surpresa que a Alemanha tomou conta do jogo e por volta da 1 hora de jogo Podolski deu um festival de como falhar golos. Além de dois remates que não foram à baliza falhou um penalti por mais uma mão sérvia (hoje foi Vidic) na grande área. Stojkovic defendeu o remate de Podolski!

A Sérvia só saía pela certa mas aos 66' Jovanovic arranca um excelente remate e só nã bisou porque poste direito de Neuer negou o 0-2.

Aos 71' Low , finalmente, mexe na equipa e tira Ozil e Muller apostando em Marin e Cacau repondo um avançado central na área. Isto enquanto o árbitro espanhol continuou a dar um festival de apito e cartões. A resposta da sérvia às substituições veio de imediato com uma cabeçada de Zigic à trave de Neuer após cruzamento de Krasic. Isto enquanto Antic optava , e bem, por ir refresecando o seu meio campo com Kacar e Petrovic. Como as alterações alemãs não resultaram em nada de positivo aos 77' Low arrisca tirar Badstuber e lança o avançado Gomez.

As alterações alemãs não deram resultados práticos no seu futebol ofensivo e a Sérvia continuava perto de fazer o 2º quando a 10' do fim Kacar finaliza para fora uma bela jogada atacante.

Os último dez minutos de jogo foram tranquilos para a Sérvia que controlou bem as tentativas da Alemanha em chegar ao empate mas a juntar à expulsão de Klose os alemães hoje também não contaram com o Podolski de Selecção que estão habituados.

Assim o Grupo D fica com as contas todas em aberto de uma maneira surpreendente!

 

 

Melhor em Campo: 17 Milos KRASIC

    publicado por J.G. às 14:20
    2112:30Nelson Mandela Bay/Port ElizabethAlemanhaAlemanha
    SérviaSérvia
    2215:00Johanesburgo - JEPEslovêniaEslovêniaPrévia EUAEUA
    2319:30Cidade do CaboInglaterraInglaterraPrévia ArgéliaArgélia
    publicado por J.G. às 11:28

    Football Fans Know Better

    Apontada como uma séria candidata ao pódio, a selecção inglesa defraudou uma enorme legião de adeptos, ao empatar no seu primeiro jogo do grupo C. Apesar do incrível ‘frango’ do guarda-redes Robert Green, o objectivo de ir longe na competição não está perdido e espera-se, somente, um acréscimo exibicional mais vincado. Neste sentido, a quilómetros de distância, aqui fica o meu recado para o homem (italiano) que lidera os destinos ingleses: um losango para Capello.

    Ao contrário do post anterior, onde a imagem ilustrava o desenho táctico implementado por Maradona na estreia da Argentina, o grafismo que podem observar pretende representar uma possibilidade em aberto para os jogos seguintes, nomeadamente frente à Argélia. Um dos pecados apontados à Inglaterra prendeu-se com a rigidez do seu 4x4x4 clássico e na dificuldade dos médios (e avançados) jogarem próximos, em futebol apoiado e passível de criar rupturas na linha defensiva contrária. Assim, um sistema moldado em losango, poderia trazer vantagens acrescidas ao jogo inglês. Vejamos quais os factores positivos que estão em causa.

    1. Triângulo Barry – Gerrard - Lampard

    Vários analistas, como Luís Freitas Lobo, chamaram a atenção a sobreposição de funções entre Gerrard e Lampard, excessivamente centralizados no mesmo espaço. Efectivamente, tratam-se de dois jogadores de eleição, porém demasiado semelhantes nas características e forma de jogar. A entrada de Barry, como âncora do meio-campo, permitiria libertar os jogadores para acções de condução e organização colectiva. Com a seguinte ressalva: o capitão do Liverpool ficaria encarregue de zonas do relvado na meia-direita, enquanto o centrocampista do Chelsea pisaria terrenos no corredor contrário. Em suma, este triângulo sentir-se-ia confortável na gestão do ritmo de jogo e disfarçaria o choque táctico entre Gerrard e Lampard.

    2. Liverpool, lado direito – Chelsea, lado esquerdo

    Um aspecto raramente analisado, e exaltado, pela crítica futebolística, diz respeito às pequenas ‘sociedades’ que se podem identificar nas quatro linhas. É sabida a dificuldade que a grande maioria dos seleccionadores sofre, na tentativa de conciliar talento e personalidade em doses, por vezes, tão díspares. Ainda por cima, trata-se de um esforço realizado com os olhos nos ponteiros do relógio, devido ao escasso tempo de preparação. Na minha humilde opinião, encaro como um sinal de inteligência a transferência de sinergias vindas dos clubes de origem. No fundo, foi o que Scolari executou, no passado, ao apostar em jogadores que compunham a espinha-dorsal do FC Porto de José Mourinho. Ou, num caso mais recente, também com benefícios visíveis, a direcção escolhida pelo seleccionador alemão, ao eleger cinco atletas do Bayern de Munique para o onze titular (Lahm, Badstuber, Schweinsteiger, Muller e Klose). Por tudo isto, o esquema táctico que dá cor a esta crónica não foi pensado ao acaso: inclinado à direita, um trio chamado Liverpool (Johnson, Carragher e Gerrard); descaído para a esquerda, idêntico triângulo apelidado Chelsea (Cole, Terry e Lampard). Esquematizar um modelo de jogo com estas cumplicidades futebolísticas (pequenas ‘sociedades’) pode ser um óptimo ponto de partida para uma maior fluidez colectiva.

    3. Joe Cole e a alternativa 4x3x3

    O criativo médio inglês é o jogador indicado para assumir o papel de 10, de acordo com o número que enverga no Chelsea. Desconheço a sua condição física actual, mas o futebol latinizado de Joe Cole pode transmitir o toque de classe extra que a selecção inglesa necessita. Principalmente para, servindo de apoio vertical às investidas de Gerrard e Lampard, potenciar maior acutilância no assalto à defensiva contrária, através de passes de ruptura e diagonais curtas. Outro aspecto, não menos importante, diz respeito à maleabilidade táctica que a imagem esclarece, ou seja, com posse de bola, a presença de Joe Cole permite materializar um 4x3x3 (a seta para o lado esquerdo, junto ao triângulo ‘Chelsea’, não é inocente), com Rooney a gozar de maior liberdade na descoberta de espaços vazios e Heskey interpretando o papel principal de homem de referência.

    publicado por stadium às 09:29

    Entramos na segunda jornada, começam a fazer-se as contas, preparam-se as máquinas de calcular. Para os interessados aqui ficam os critérios de desempate para ordenar as equipas nesta fase de grupos:

    a) nº de pontos obtidos em todos os jogos do grupo;

    b) diferença de golos obtida em todos os jogos do grupo;

    c) maior número de golos marcados em todos os jogos do grupo;

    se ainda assim se mantiverem empatadas algumas das selecções, o ranking será determinado por:

    d) número de pontos obtidos nos jogos entre elas;

    e) diferença de golos resultante dos jogos entre as selecções em questão;

    f) número de golos marcados em todos os jogos entre as selecções em questão;

    g) sorteio organizado pela FIFA;

    O documento oficial da FIFA para o Mundial 2010 na África do Sul aqui.

    publicado por Pedro Varela às 00:01
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