Quinta-feira, 24 DE Junho 2010

O Japão prometeu contra os Camarões mas desiludiu contra a Holanda. Assim era de esperar que a Dinamarca conseguisse impôr o seu futebol europeu garantindo o apuramento dando continuidade à reviravolta que conseguiu contra Camarões.

Mas este jogo mostrou-nos uma realidade diferente e agora percebe-se que o apuramento da Coreia do Sul não terá sido acto isolado. Os asiáticos apresentaram excelentes argumentos para selar a sua passagem aos 1/8 de final. Quem esperava uma Dinamarca dominadora em buscar do golo e o Japão mais na expectativa enganou-se porque os nipónicos jogaram muito bem. Muito seguros a defender e muito bem a atacarem com destaque para a mobilidade do extravagante Honda que está a caminho do Liverpool.

A Dinamarca nem esteve perto de marcar mas o Japão não se fez de rogado. Livre directo para Keisuke Honda aos 17' que mostra que domina tanto a Jabulani quanto Sorensen a despreza. Um golo que servia para soar o alarme dinamarquês que tinha de repetir a remontada do jogo anterior para sobreviver.

Mas em vez de um ataque viking desenfreado tivemos o famoso auto controle nipónico que friamente repetiu a dose. Endo imitou Honda e atirou com muita classe para o seu lado direito fazendo a bola passar pela barreira só parando na baliza. Desta vez Sorensen não fica tão mal no quadro. Em meia hora o Japão concretizou em dois golos o seu futebol superior e a equipa que venceu o nosso grupo de qualificação ficou completamente desnorteada.

Esperava-se reacção vermelha na 2ª parte mas o desacerto dos dinamarqueses na hora de finalizar era assustadora. O melhor exemplo deu Tomasson que precisou de uma recarga para aproveitar um penalti! Este golo já apareceu demasiado tarde para a Dinamarca. E se dúvidas existiam Okazaki resolveu acabar com elas ao apontar o 3-1 depois de um magnifico trabalho de Honda.

Muito agradável esta surpresa japonesa que vamos ver até onde vai. A Dinamarca falha um apuramento em fases de grupo no Mundial pela primeira vez e é uma das decepções da prova.

 

Melho em Campo: Keisuke HONDA

publicado por J.G. às 23:20

 

 

Este era um embate sem história. Os Camarões, já eliminados, limitavam-se a jogar o seu orgulho. Aos holandeses um empate era mais que suficiente para assegurar o primeiro lugar do grupo. Mas se muitos seleccionadores aproveitaram a terceira ronda para descansar titulares e testar outras opções, Bert van Marwijk limitou-se a resguardar o amarelado Van der Wiel, conservando os restantes 10 titulares neste Mundial por forma a aperfeiçoar o entrosamento da equipa. O regresso de Robben, que entrou na ponta final da partida, acabou por constituir o principal foco de interesse.

Os Camarões foram os primeiros a ameaçar, mas é difícil conservar o ânimo nestas circunstâncias e faltou capacidade para dar continuidade a esse momento. A Oranje assumiu as rédeas, mas sem forçar o ritmo as oportunidades não surgiam. O jogo continuou em registo banho-maria até ao quarto-de-hora final, quando Van Persie abriu o marcador após excelente entendimento entre o trio atacante. Mas o jogo continuaria lento e desmotivante para os espectadores. A segunda parte começou de forma oposta. Se foi um holandês, no caso Van Persie, a criar a primeira oportunidade de perigo, reagiram bem os Camarões, finalmente a equilibrar a contenda. O árbitro acabou por dar uma mãozinha para que Eto'o igualasse da marca dos 11 metros e os Camarões acreditassem na possibilidade da vitória. Não durou muito.

A entrada de Robben agitou o jogo, como agitará de futuro o futebol holandês. Garantida a organização e equilíbrio da Oranje, será o extremo a levar o futebol holandês para outra dimensão. E foi de uma iniciativa sua que nasceu o golo da vitória, uma bomba ao poste que foi caprichosamente ter com Huntelaar. Aí bastou tocar para a baliza deserta.

A Holanda defrontará agora a Eslováquia, garantia que mais uma equipa europeia seguirá para casa nestes oitavos-de-final. Os Camarões são mais uma, talvez a principal, desilusão africana.

 

HOMEM DO JOGO: 6 Mark VAN BOMMEL

 

publicado por N.T. às 22:15

"A selecção italiana foi afastada na fase de grupos do Mundial de Futebol". A última vez que esta notícia foi divulgada corria o ano de 1974 e nem o golo tardio de Fabio Capello impediu a Itália de capitular na Alemanha ante a Polónia e determinar um desfecho que hoje se repetiu. Poderia ser a 237ªparte de um filme usual protagonizado pelos tetra campeões mundiais mas desta vez só sobrou o desespero.

Como já havia sucedido nos dois jogos anteriores, a squadra azzurra começou sem alma numa estrutura desenhada para conter mais que para rasgar. É que sem Pirlo nem extremos de ir à linha, aos italianos demonstraram sempre um défice de criatividade, elemento essencial para abanar a defensiva eslovaca. A linha mais recuada dos eslavos demonstrava segurança quando submetida a provações mas, verdade seja dita, os de Lippi pouco ou nada incomodaram. E foi assim por longos 80 minutos, acredite-se ou não. E o leitor experimentado na Itália das grandes competições, não duvidará. Quanto aos opositores, não se sentia uma Eslováquia amedrontada mas concentrada, tacticamente adulta e confiante nos pés e cabeça de Vittek. Tem sido um desilusão ver o napolitano e capitão Hamsik mas os eslovacos mostraram ter outras valias individuais nos diversos sectores que a juntar aos nome aqui mencionados, destacaria Skrtel e Kucka. Que mais lhes exigir, levavam a água ao seu moinho e impediam os italianos de os submeter a apertos. Mas repito, não que os transalpinos estivessem a fazer por isso. Não espantou, portanto, que ao intervalo os eslavos levassem a vantagem mínima para os balneários - o De Rossi ainda deve estar com as orelhas a arder.

No reatar, o regresso de Pirlo aos relvados e o calcio passou a futebol de passes curtos e médios, os extremos (podemos tentar chamar-lhes extremos) passaram a ter outra preponderância. Já havia maestro e a banda ia tentando seguir-lhe a batuta. Mas o eslovacos não dormiam, aproveitaram uma bola parada e Vittek bisou. Quem salva a Itália? Em poucos minutos era toda uma equipa desfigurada, voluntariosa com a cabeça e coração na baliza eslovaca. Pediam-se candidatos e Quagliarella deu o peito às balas. Primeiro num remate que espirrou para Di Natale e deu golo, logo em seguida um golo anulado por um offside que não me convenceu. Estavam em altíssima rotação italianos e a obra d'arte de Quagliarella poderia ser o final épico que muitos aguardavam não fosse existir também uma equipa matreira que em contra-ataque trucidou tudo o que o senso comum foi construindo - desta vez os italianos foram mesmo para casa mais cedo.

A Itália foi eliminada porque praticou um futebol rasca, desmotivado e sem energia. Vão em frente os eslovacos, os tais pretensos parentes pobres da grande Checoslováquia que na sua primeira aparição neste palco assinaram um feito notável.

Melhor em Campo: 11 Robert VITTEK

publicado por Spinafro às 17:41

Em África mandam os sul americanos! O paraguai em posição priveligiada para ser apurado fez descansar alguns titulares, Cardozo hoje foi titular, e jogou em velocidade reduzida. Mesmo assim chegou e sobrou para segurar o empate perante a Nova Zelândia que hoje jogou com as cores mais conhecidos do seu popular rugby. Os All Blacks não mostraram inspiração e embora tenham tentado rematar nem conseguiram acertar na baliza.

No outro jogo do grupo fazia-se história numa partida épica e ninguém aqui quis distrair quem estava a seguir a derrocada italiana, por isso tivemos um dos desafios mais desinteressantes deste Mundial.

Sem grande história para contra destaque-se o facto da Nova Zelândia sair da África do Sul invicta! Faltou-lhes uma vitória para irem mais longe o que já seria exigir demais a esta simpática mas limitada equipa.

O Paraguai vence assim um grupo que à partida tinha como favorito a Itália e agora tudo é possível nos jogos do mata-mata.

Aqui não houve surpresas, as emoções ficaram todas reservadas para o outro jogo do grupo.

 

Melhor em Campo: 4 Denis CANIZA

publicado por J.G. às 17:15

 

Quem é que passa à fase do "mata-mata" nos grupos E e F? Esta é a questão que o dia 14 do mundial vai responder. Até lá, quais os vossos prognósticos?
Confronto de gigantes! (Paraguai - Nova Zelândia; 15:00, Estádio Peter Mokaba)

ParaguaiParaguai Nova ZelândiaNova Zelândia
Podem achar irónico, mas o tamanho dos avançados em jogo não desmentem: é um confronto literalmente de "gigantes"!
De um lado os "all white" com Fallon e companhia, são quanto a mim, conforme já tive oportunidade de escrever, das melhores equipas a jogar de cabeça no ataque. Em termos tácticos, já toda a gente sabe as carências da turma da oceania. Uma delas é a falta de qualidade técnica em muitos jogadores, mas quando comparados com outras grandes selecções. Contudo, e aqui está a arte e beleza deste desporto, não só compensam em esforço, dedicação, devolução (aonde ouvi isto...) e simplicidade de processos. São dos jogadores que mais procuram um companheiro a quem passar a bola durante os encontros. Se adicionarmos a isso uma capacidade de leitura, podemos ter a certeza que se lhe derem a oportunidade, os neozelandeses irão concerteza aproveitar, pois não são uma selecção que joga 90 minutos à defesa. Espreitam sempre o ataque e até são bastante construtivos. Ah! E quem diria que a Nova Zelândia conseguia chegar ao último jogo totalmente dependente de si para seguir em frente na competição?
Quanto ao Paraguai, conhecida por ser uma das, senão a melhor, defesa sul-americana, está a cumprir com o plano. Sinceramente, não tenho gostado lá muito das suas exibições. O seu seleccionador, tem adaptado demasiado a sua equipa para com os adversários, protegendo em demasia (acho eu!) em termos defensivos. A táctica vocês já a sabem: o tradicional 4-4-2. Sou daqueles que já vi este Paraguai a jogar de forma livre e desinibida (e com o saudoso Cabañas) subjulgar a Argentina de Maradona. Por saber que eles têm todo esse potencial é que pergunto: para quando uma exibição personalizada e auto-confiante de todo o seu potencial? Já agora, estou curioso por saber se Santa Cruz e Cardozo irão jogar de início... é que os neozelandes são uns calmeirãos na defesa...
Prognóstico da "Jabu": eu gosto deste tipo de selecções "underdogs" como é o caso da Nova Zelândia, mas também gosto imenso do Paraguai. Sinceramente, que ganhe a melhor selecção em campo. Mas, aviso que o que poderá fazer a diferença não será tanto o físico ou a técnica de ambas as equipas, mas sim a "manha" sul-americana. Vai uma aposta? Espero, sinceramente, que não seja esse o factor que desiquilibrará.
Será que vai haver surpresa? (Eslováquia - Iália; 15:00; Estádio Ellis Park)

EslováquiaEslováquia ItáliaItália
Não sei porquê, mas penso que este jogo poderá ser surpreendente para o mundo futebolístico.
A Eslováquia, para poder classificar-se precisa de vencer o seu jogo e aguardar que o Paraguai vença ou empata o seu jogo frente à Nova Zelândia. Uma derrota do Paraguai também é possível, mas neste caso, terá que vencer a Itália por valores que garantem uma diferença de golos marcados e sofridos superior à concorrência. De qualquer maneira, a Eslováquia pode  Será que Hamsik e companhia estarão ao nível do desafio? Se conseguirem estar no seu melhor, irão ser um osso duro de roer.
Do lado transalpino, ainda sem Pirlo, com De Rossi e Di Natale como figuras de proa, a Itália ainda não apresenta aquele futebol que a levou ao estatuto de campeão mundial. Cannavaro demonstra a sua má forma de jogo para jogo. Buffon está lesionado. No meio-campo, Marchisio corre, corre e corre, mas decisões acertadas é que está quieto. Iaquinta e Gilardino não têm tido acerto. Pergunto: para quando uma oportunidade para Fábio Quagliarella, sr. Lippi?
Prognóstico da "Jabu": seria importante que a Itália vencesse e passasse à próxima fase. Aliás, seria até surpreendente, dada a actual forma da "squadra azzura". Contudo, também seria engraçado ver o destino a pregar novamente uma partida à "cigarra" (considero a Itália a eterna cigarra do futebol, tal a forma tardia como ela descola nas competições). Ora, que seja um bom encontro, sem casos, com bons pormenores, emoção e também algumas contas de mercearia.
Últimos contra primeiros (Camarões - Holanda; 19:30; Estádio Green Point)

CamarõesCamarões HolandaHolanda
Como o título diz, será um encontro entre os últimos e os primeiros do grupo. A Holanda já classificada, só se tem de esforçar (ou não) para escolher o adversário que deseja ter na próxima fase.
Mais uma vez, Camarões ao jantar (;D). Poderá ser um bom "feeling" para os africanos. Nada mal uma iguaria dessas ao jantar, não acham? Continuando... fiquei um pouco triste por Camarões ter acordado tão tarde para o mundial. Fizeram um belíssimo jogo frente à Dinamarca, um dos melhores até ao momento, em todo o mundial. Paul Le Guen fez marcha atrás, embora tardiamente, colocando os "leões indomáveis" a praticar um futebol mais condizente com o seu potencial. Sinceramente, gostava que os Camarões tivessem uma despedida em grande deste mundial, com Eto'o, Webo, Mbia e Emana em grande plano.
Há quem diga que "laranja de manhã é ouro, de tarde é prata e à noite mata". Talvez seja apenas um mito, mas que os Camarões devem-se precaver, pelo sim e pelo não, disso não tenho a menor dúvida. Agora dúvidas tenho relativamente ao onze que o seleccionador holandês vai usar. Será que irá fazer descansar Sneijder, van der Vaart, van Persie ou até mesmo o Dirk Kuyt? O esquema penso que será o mesmo e só em caso de emergência é que muito provavelmente iremos ver outras nuances tácticas por parte dos "orange".
Prognósticos da "Jabu": num jogo que poderemos ver muitas caras novas no onze holandês, Camarões vencerá, pois a Holanda com um parcial de golos marcados e sofridos de 3 entra na última ronda bem descansada quanto à questão da liderança do grupo. Por outro lado, para os africanos será o querer despedirem-se em grande, frente a uma poderosa selecção europeia e com vontade de dizer: os últimos são os primeiros!
Luta mano-a-mano entre "vikings" e "samurais" (Dinamarca - Japão; 19:30; Estádio Royal Bafokeng)

DinamarcaDinamarca JapãoJapão
De todos os jogos deste 14º dia, este é o único entre duas selecções em igualdade pontual e que dependem exclusivamente delas próprias para passar à próxima fase. Nota importante, em caso de empate neste encontro passa o Japão, pois a Dinamarca tem saldo negativo na questão do diferencial de golos marcados e sofridos. Sendo assim, espera-se que a Dinamarca assuma o encontro com um Japão em contra-ataque.
Os dinamarqueses descobriram a melhor forma de alimentar aquele monstrinho de mais de 2 metros de altura, chamado Brentner, que eles têm como ponta-de-lança. A partir deste momento, são claramente um adversário de enorme respeito. Continuo a pensar que os seus elementos chave neste mundial têm sido: Rohmmedahl, Brendtner, Kjaer (não vai jogar este encontro!) e Agger. Com a ausência de Kajer, antevejo algum desacerto defensivo, sobretudo nos lances de bola parada. Claramente um ponto onde os nipónicos podem e devem explorar. Tacticamente não estou a ver necessidade de grandes alterações. O 4-2-3-1 servirá na perfeição. Terão é que entrar com todo o gás, para tentar surpreender a formação asiática.
Os japoneses, com o seu tradicional 4-5-1, penso que poderão ser mais ambiciosos neste encontro. Em primeiro lugar gostaria que o Honda jogasse no apoio a um avançado e não como avançado sózinho lá no ataque. Não é que tenha vindo a comprometer, mas penso que poderá render mais se jogar de frente para a baliza. Em segundo, Nakamura, o "10" da companhia tem de ser titular. Com ele em campo o futebol nipónico fica logo mais fluido. Em terceiro, gostava de salientar a dupla de centrais japonesa, formada por Tulio TanakaYuji Nakazawa, que têm dado muito boa conta do recado.
Prognóstico da "Jabu": face à iniciativa de jogo recair sobre a Dinamarca, que está em desvantagem no confronto directo com o Japão, este terá a oportunidade de ouro de jogar da forma como melhor se expressa, ou seja, em contra-ataques rápidos, lançados por Nakamura e conduzidos por Honda. Com uma defesa central semi-nova, a Dinamarca se não for muito forte, poderá claudicar por aí. Será igualmente um excelente teste à dupla nipónica. O resultado esperado é um empate.

PP

PS: Como sabem Cardozo, poderoso ponta-de-lança paraguaio, joga em Portugal. Quais os outros jogadores que jogam ou que já jogaram e que vão estar presentes nos encontros de hoje?
publicado por jabulani às 09:46
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