Início esperado da Selecção de Portugal no Mundial. Quando pensamos racionalmente sobre o trabalho que tem sido desenvolvido nos últimos tempos em relação à selecção, percebemos que não era possível fazer muito mais. Pelo menos com a estratégia adoptada e que agora não adianta desenvolver. A Selecção que está na África do Sul é a aquela que terá de conseguir os seus objectivos.
Da equipa titular devo realçar que Danny provou que não é titular, tal como tinha provado no outro dia com Moçambique que pode lutar pela titularidade. Confuso? Nem por isso, Simão, Deco (apesar da fraca exibição de hoje) e Raul Meireles deveriam ter sido o tridente do meio campo. Liedson poucas vezes tocou na bola, esforçado, característica que já estamos habituados, mas começa a ficar no ar a possibilidade de entrar Hugo Almeida. Aliás, não percebo porque não jogou o avançado na segunda parte, pelo menos nos últimos minutos, quando a Costa do Marfim evidenciava algumas carências físicas. Serviria para o jogo aéreo e quem sabe para alguma confusão que a chuva podia lançar. Coentrão o mais regular da Selecção, que óptima partida fez o jogador Português. Pegou de estaca no lado esquerdo!
O momento do jogo foi de Portugal pelo remate de Cristiano Ronaldo ao poste. Até essa precisa altura estávamos por cima do jogo, com mais posse de bola, a trocar relativamente bem a jabulani. Mas lembro que esse momento foi ao minuto 11!!! Portugal a partir dai desapareceu do jogo.
A Selecção da Costa do Marfim, mesmo sem Drogba que só entrou no decorrer da segunda parte, teve em Gervinho, homem do jogo, o seu melhor homem, ora na direita, ora na esquerda, sempre a fazer o que queria de quem lhe fazia frente e curiosamente só nas dobras é que alguém o travava. Lembro-me perfeitamente de duas situações uma de Paulo Ferreira e outra de Fábio Coentrão.
Não sei (força de expressão) o que Queirós poderá alterar na Selecção para o jogo melhorar, mas há que urgentemente repensar a equipa para que a produção suba de nível. Primeiro porque vamos defrontar uma incógnita selecção da Coreia do Norte, e se queremos vencer é necessário que aconteça por uma diferença de golos maior que a que presumivelmente a Costa do Marfim possa conseguir. Segundo porque quando defrontarmos o Brasil, não desejamos estar de máquina calcular a fazer as contas da qualificação.
Acreditar nesta Selecção é hoje uma certeza que é um acto de fé. Disso não tenhamos dúvidas!
Homem do Jogo: GERVINHO