Quem tem Messi tem tudo. Podem vir todos os críticos apontar as fragilidades defensivas da Argentina, insinuar (falsamente) uma fraca liderança no banco, mas a verdade é que os Mundiais jogam-se muito nos detalhes. E uma selecção com Messi será sempre uma forte candidata ao Mundial. Em tom de brincadeira poderíamos dizer que Messi é o melhor defesa da Argentina. Afinal de contas, são as suas acções que compensam, atiram até para segundo plano, o que de mau se passa lá atrás.
Os coreanos foram dignos oponentes e, injustamente goleados, mostraram que são os mais sérios candidatos a acompanhar a alvi-celeste no apuramento para os oitavos de final. A equipa reagiu muito bem à traição do seu ponta de lança e acabou por sofrer um golo quando menos se esperava. E a Argentina voltou a demonstrar o seu imenso poderio nos lances de bola parada (alô críticos de Maradona). Podiam ter desaparecido do jogo nessa altura, mas mantiveram a alma em campo. Os deuses da sorte lá terão pensado na injustiça que haviam criado e de alguma forma intervieram na capacidade cerebral de Demichelis.
Na segunda parte prosseguiu o show de Messi, embora lá atrás se continuasse a sofrer com as investidas asiáticas. Em determinado momento a Argentina pareceu ceder, mas não havia forma dos sul-coreanos acertarem na baliza. E o velho cliché do “quem não marca sofre” encontrou, em quatro minutos, a confirmação no génio de Messi e no sentido posicional de Higuaín, a garantir o primeiro hat-trick da competição.
HOMEM DO JOGO: 10 Lionel MESSI