Um homem de consciência, uma das muitas setas apontadas à crescente militarização da governação sul-americana nas décadas de 60 e 70, Daniel Viglietti esteve entre os pioneiros da Nueva Cancion, movimento folk sul-americano que tinha no chileno Victor Jara a sua expressão máxima. Após o golpe de Estado uruguaio de 1973, consequência directa de uma década de conflitos sociais e políticos, e perseguido pela forte carga ideológica das suas canções, Daniel Viglietti parte para o exílio, do qual regressaria apenas em 1984. Nesse período viveu entre a Argentina e Paris, empenhando-se na denúncia do regime de Bordaberry.