Domingo, 11 DE Julho 2010

Considerado pelos académicos como pai da guitarra clássica, o auto-didacta Andrés Segovia viveu com o propósito de elevar o instrumento conotado com o flamenco ao estatuto do piano ou do violino na música clássica. No seu repertório contam-se concertos e sonatas, transcrições de Albéniz, Mendelssohn, Bach, Haydn, Mozart, Händel e trabalhos para guitarra clássica de Sor e Tarrega. Influente como poucos, morreu aos 94 anos deixando o seu nome e trabalho para a posteridade.

publicado por Spinafro às 13:28
A final!

(Holanda - Espanha; 19:30; Estádio Soccer City)
E assim chegamos ao fim de mais um mundial. O interesse nesta final será contido face ao que ambas as selecções me dizem ao coração, mas talvez seja o mais puro, i.e., que ganhe o melhor.
Tanto a Holanda e como a Espanha, são dignas vencedoras neste mundial, pois revelaram estar muito bem preparadas para este evento. A Holanda, até ao momento, foi a única equipa a dar a volta ao resultado em 90 minutos de jogo, o que por si só revela muito quanto à sua mentalidade lutadora e o seu espírito de grupo. Por seu turno, a Espanha, revelou uma maturidade competitiva muito elevada, ao nunca perder a cabeça nos seus encontros. Raramente os vimos a jogar de forma louca ao ataque. Muito pelo contrário! Se há coisa que os espanhois foram, foi serem pacientes nos seus jogos. Têm dúvidas? Então revejam os encontros frente a Portugal, Paraguai e Alemanha. Quase todos eles fotocópias uns dos outros. Todos eles com golos já o relógio ia avançado na 2ª parte.
São duas equipas que praticam um futebol apoiado, mas que também sabem jogar em contra-ataque. Basta recordar-me de um golo do Robben frente à Eslováquia, ou do golo de Villa frente ao Chile. Por isso mesmo, será interessante ver quem irá conseguir ganhar a batalha pela posse de bola.
Tendo em conta que as defesas de ambas as selecções aparentam ser os sectores mais débeis, antevejo uma postura de pressão alta, tanto da Holanda, como da Espanha. Aliás, os espanhois têm usado isso durante todo o mundial. Já agora, é engraçado verificar que neste mundial, não são os sistemas defensivos que têm dominado. Caso para dizer que: a melhor defesa é o ataque!
Sinceramente, tem uma certa piada o "destino" das coisas. Não é que acredite nisso, mas que as coisas tendem sempre para um equilíbrio isso tendem. É isso que verificámos neste mundial, ao vermos as equipas que mais fazem para ganhar, conseguirem esses objectivos. É isso que verificámos neste mundial ao vermos as equipas que melhor jogam em equipa, a chegarem às meias-finais e jogos seguintes. Isso dá-me um gozo terrível. É quase uma chapada de luva-branca sobre os defensores dos individualismos, dos mestres do "ferrolho" e sobretudo dos que têm muito, mas mesmo muito medo de vencer e serem iguais a eles próprios. Sim, estou a falar de vocês Portugal e Brasil! Custa-me muito ver equipas a não saberem aproveitar todo aquele talento! Que lhes sirva de lição! Talvez o Brasil tenha aprendido a lição... quanto a Portugal... não sei... Desculpem-me o desabafo mas, para mim, é difícil de aceitar, da forma como se jogou. Sinto que não somos em nada inferiores a estas duas equipas...
Bem, mas voltemos à final... quem serão os destaques deste encontro? Antevejo enormes dificuldades para Capdevilla e Puyol frente a Arjen Robben. Do outro lado, Villa irá dar água pela barba a toda a linha defensiva holandesa. Mas, aonde antevejo grande faísca durante os 90 minutos é no centro do terreno, com van Bommel, De Jong e Sneijder frente a Xabi Alonso, Sergio Busquets e Xavi (já repararam que até a nível da estrutura e do tipo de jogador que constituem o meio-campo, ambas as equipas se equiparam?).
Prognósticos da "Jabu": como já mencionei logo no início, que ganhe o melhor! É claramente um encontro de tripla. Apenas gostava que tivessem tantos golos como o encontro de ontém.
PP
PS: Como jogariam se estivessem a comandar as "clementinas"? E se estivessem a comandar a "la roja"?
publicado por jabulani às 13:24
Sábado, 10 DE Julho 2010

O jogo do bronze debaixo de uma tempestade. A chuva que foi transversal em relação a este Mundial, não poderia deixar de marcar presença no jogo de atribuição do 3º e 4º lugar da competição que amanhã termina.

Para a Alemanha era o 5º jogo de atribuição do terceiro lugar em mundiais, nunca ninguém jogou mais partidas que os germânicos nesta fase da competição, para os Uruguaios era a possibilidade de conseguir a sua 2ª melhor classificação de sempre. No entanto, convém recordar que o Uruguai já não vencia uma Selecção Europeia há 40 anos, a última em 1970 diante da União Soviética após prolongamento. Klose com 14 golos estava a 2 de Gerd Muller em todas as competições mundiais e europeias, a 1 de Ronaldo em mundiais, mas dores nas costas retiraram-no do jogo. Muller e Forlan não querem deixar Villa e Sneijder fugir na corrida ao melhor marcador do mundial.

A primeira parte tem domínio Alemão, o golo chegou cedo aos 18 minutos por Muller, 5º na competição, após remate de Schweinsteiger com a Jabulani a fazer das suas. São já 17 golos de recarga após defesas incompletas mais 10 que no mundial anterior. Minutos antes já Friedrich tinha enviado a bola à barra. A Alemanha estava claramente por cima, procurava o segundo golo mas por incrível que parecesse, quando perdia as bolas sentia dificuldades de posicionamento defensivo, não havia reorganização e os homens mais adiantados do Uruguai, Forlan, Cavani e Suarez apareciam em força. Cavani num desses lances empata a partida, aos 27 minutos e já perto do final Luís Suarez falha isolado em frente a Butt. Reforço que a Alemanha dominava em posse de bola, domínio territorial, mas as perdas de bola foram essências para o Uruguai empatar e causar calafrios à baliza germânica. Aceitava-se o empate na partida.

A segunda parte começa com o tridente Uruguaio novamente em acção. Suarez a tentar e Butt a negar, mas 2 minutos após esse momento Forlan marca um golaço, o da reviravolta, o 5º no mundial igualando Mueller. A Alemanha denotava os mesmo problemas com que finalizou a primeira parte. Mas viu o empate na partida cair-lhe do céu. Muslera novamente a errar, afinal o problema não é da Jabulani, e Jansen a marcar o 2º golo Alemão. Tudo empatado e ainda meia hora para jogar, uma partida box to box!

Suarez continuava a ser o quebra cabeças para a defesa Alemã, o homem aparecia em todo o lado, a rematar de qualquer forma e feitio. A Alemanha não era o equipa concentrada, claramente este não era o jogo que eles contavam estar a jogar, o calendário era para cumprir, apenas. Mas isto do futebol não é sempre 11 contra 11 e vitória da Alemanha, mas é quase e Khedira já perto do final marca o 3º da Alemanha e nova reviravolta no marcador e bronze à vista. Forlan ainda respondeu com bola à trave já em descontos. Vitória da Alemanha, repete o 3º lugar do último mundial, que sendo justo nesta crónica até poderia ter sido ao contrário, já que a segunda parte foi marcada pelas oportunidades perdidas do Uruguai, Forlan e Suarez nos primeiros minutos e pela resposta germânica já perto do final principalmente a partir da entrada de Kießling. No entanto há que referir que ambas as selecções tiveram boas prestações no Mundial de 2010!

Homem do jogo: Müller

publicado por Pedro Varela às 21:15

Um homem de consciência, uma das muitas setas apontadas à crescente militarização da governação sul-americana nas décadas de 60 e 70, Daniel Viglietti esteve entre os pioneiros da Nueva Cancion, movimento folk sul-americano que tinha no chileno Victor Jara a sua expressão máxima. Após o golpe de Estado uruguaio de 1973, consequência directa de uma década de conflitos sociais e políticos, e perseguido pela forte carga ideológica das suas canções, Daniel Viglietti parte para o exílio, do qual regressaria apenas em 1984. Nesse período viveu entre a Argentina e Paris, empenhando-se na denúncia do regime de Bordaberry.

 

publicado por N.T. às 13:04

Bronze ou o "primeiro dos últimos" no jogo da ante-final (Uruguai - Alemanha; 19:30; Estádio Porth Elizabeth)

UruguayUruguay GermanyGermany
É um jogo em que nenhum jogador deve achar muita piada, a não ser que o jogador seja daqueles convocados, mas que nunca tenha entrado em campo neste mundial. Para estes será um jogo do tudo ou nada. Para os primeiros... têm que recordar que este encontro vale uma medalha!
Sobre as duas equipas que se vão defrontar hoje, já muito se falou ao longo destas semanas. Duvido que tanto Tabarez com Löw façam grandes alterações de fundo ao modelo táctico e estilo de jogo a utilizar. São duas equipas de contra-ataque, mas duas equipas em que os movimentos são quase totalmente dispares. Para além disso, são dois países tão afastados no globo como podiam, mas que apresentam traços competitivos muito idênticos: o de nunca dar a derrota como certa. É engraçado verificar como o mesmo objectivo pode ser alcançado tão eficazmente por diferentes metodologias, é esse o carácter universal do futebol. E é por isso que gosto muito deste jogo.
Quanto aos artistas que vão estar em campo, destaco para os regressos de Müller e Suarez, dois dos grandes ausentes nos encontros das meias-finais. Atendendo à forma como estavam a jogar nas suas selecções, atrevo-me a dizer que se calhar a história teria sido diferente em ambos os encontros, não acham? Mas, não se pode chorar sobre o leite derramado... outros jogadores que gostaria de ver actuar e que ainda não actuaram neste mundial, pelo menos com mais frequência, são: Lodeiro e Fernandez do lado da Celeste, e, Marin e Gomez do lado germânico.
Destaques do jogo:
i) ForlanCavaniSuarez contra a defesa germânica;
ii) Klose, Müller, Podolski e Özil, contra a defesa uruguaia;
iii) Maxi Pereira contra Lahm: quem será o melhor lateral direito do mundial?
iv) Schweinsteiger e Khedira contra Perez e Arevalo.
Prognóstico da "Jabu": que ganhe o melhor e, dada as circunstâncias que ganhe a equipa com maior força de vontade para disputar este encontro. Antevejo uma vitória alemã, pois tal como em 2006, demonstram sempre uma mentalidade positiva face à adversidade. Contudo, se o Uruguai sair como vencedor, não admiraria nada. Que seja um jogo de golos de outro mundo, de emoção até ao fim e com jogadas esplendorosas.

PP

PS: Sabem a quantos golos está Miroslav Klose de destronar o fenómeno Ronaldo no top da lista dos maiores marcadores em fases finais de mundiais?
publicado por N.T. às 12:32
Sexta-feira, 09 DE Julho 2010

O polvo Paul já decidiu quem vai ser o novo campeão do mundo. No aquário do Sea Life na Alemanha, o oráculo do mundial escolheu a selecção espanhola como campeã do mundo. Recordamos que este animal não tem falhado nas previsões. Para o lugar que resta no pódio, Paul escolheu a Alemanha. Venham de lá esses jogos para ver se o polvo é que percebe disto e depois quem sabe se não estará apto a substituir Blatter!

publicado por Pedro Varela às 16:02
Quinta-feira, 08 DE Julho 2010

Este mundial da África do Sul será o último com o actual sistema de arbitragem, anunciou o secretário geral da FIFA Jerome Valcke. Depois de Joseph Blatter ter perdido perdão às Federações da Inglaterra e México pelos graves erros de arbitragem nos seus jogos dos oitavos de final, o organismo máximo do futebol de selecções, prepara-se para alterar a forma como as partidas nos mundiais vão ser apitadas. A ideia não é nova, já utilizada na Liga Europa, será a colocação de mais 2 árbitros para os lances que ocorrem perto (e dentro) da grande área. Como Valcke afirmou "se 4 novos olhos podem ajudar o árbitro principal, porque não utilizá-los? (...) diria que este é o último mundial com o actual sistema de arbitragem".

publicado por Pedro Varela às 22:47

Com dois teclados, um walkman, um atendedor de chamadas e um pedal de guitarra se atiraram aos palcos os suíços The Young Gods. Reza a lenda que só depois do décimo concerto adquiriram o primeiro sampler. Partiram do rock industrial, foram pioneiros no recurso à electrónica (quase exclusiva, não fosse a presença da bateria) e também a souberam adoptar como género ao longo de progressivas renovações sonoras que os conduziram igualmente a fases de experimentação acústica (único campo de aparição da guitarra em "carne e madeira"). Fugindo aos temas mais evidentes dos longos 25 anos de carreira dos The Young Gods, e sem a carismática voz de Franz Treichler, 'Acid Strangel'.

 

 

publicado por N.T. às 13:21
Quarta-feira, 07 DE Julho 2010

O Paulo acertou. Foi um "polvazo". Ontem os alemães estavam em pânico, no aquário das decisões (arbitrárias), o dito animal escolheu a Espanha para vencedor da partida de hoje. E confirmou-se. A Espanha venceu com todo o mérito a Alemanha e está na final do mundial, a sua primeira. Será uma final inédita diante da Holanda que ditará o primeiro campeão mundial vindo do continente europeu a vencê-lo "fora de portas".

Foi aliás um dia óptimo para quebrar todas as curiosidades e estatísticas que se têm vindo a falar, a Alemanha que nunca tinha estado mais de 20 anos sem ser campeã mundial, vai sentir o amargo de "apenas" lutar por um lugar no pódio. Vamos ter um campeão do mundo inédito, que vai quase contra todas as expectativas deste mundial, e mesmo quando já rolava a jabulani na África, só se ouvia falar em equipa sul americanas.

O jogo que a Espanha hoje fez lembrou-me muito o que já tinha realizado contra Portugal. Muita organizada no sector defensivo, 3 jogos nesta segunda fase e ainda não sofreu golos, e no ataque quando as oportunidades mesmo escassas acontecem não perdoa. Nesses mesmo 3 jogos apenas 3 golos. E foram sempre 3 golos que deram vitórias. A Alemanha de hoje estava irreconhecível. O que aconteceu à armada germânica que afundou a Inglaterra e a Argentina com 4 tiros de canhão? Não sabem jogar contra uma selecção que não dá espaços? Não pode ter sido apenas a falta de Mueller. Onde estavam Klose, Ozil, Schweinsteiger, Podolski e amigos?

A Espanha montou uma teia quase perfeita, com muita posse de bola, dinamismo entre os vários sectores e quando atacavam com certeza, ora as torres alemãs evitavam o pior, ora o dia não estava a correr na perfeição a Villa. Na primeira parte foi dele e Puyol as melhores situações, na segunda parte primeiro do defesa espanhol, novamente, depois de Pedro numa clara oportunidade que poderia ter finalizado a meia final quando faltavam 10 minutos para terminar a partida. Foi aliás praticamente a partir desse momento que a Alemanha tentou reagir mas sem ritmo, vontade, capacidade  de "furar" a bem montada defesa espanhola. A Espanha, tal como na final do Europeu de 2008, voltou a derrotar a Alemanha com um golo de Puyol, não terá o melhor do mundial, mas pela raça, pela forma como entrou de cabeça é sem sombra de dúvidas um momento para ser recordado. Sentiu-se naquele momento a força de uma nação que entrou com o pé esquerdo no mundial e está com a cabeça na final. Ou quem sabe na vitória!

Homem do jogo: Carles PUYOL

publicado por Pedro Varela às 21:57
A um jogo da final... (Parte II)
(Alemanha - Espanha; 19:30; Estádio de Durban)
"Contra-ataque Vs Ataque-Continuado", é o que nos reserva esta segunda meia-final do mundial da África do Sul.
Os alemães são mundialmente conhecidos pela sua paixão pela eficiência e optimização. Isso está patenteado em tudo o que fazem, desde a mecânica automóvel até ao futebol.
Metodologia "Mannschaft":
1 - "Não podemos contar com o nosso melhor jogador e capitão Ballack para este mundial? Não há problema! Outros se afirmarão!"
2 - "Não temos um médio defensivo puro para este mundial? Não há problema! Adaptamos um médio ofensivo como o Schweinsteiger!"
3 - "Não temos um ala esquerdo de raíz para ir à África do Sul? Não há probema! Adaptamos um Podolski a essa posição!"
Enfim, poderia continuar com a descrição da forma de pensar germânica, mas não o farei, pois penso que já perceberam a ideia do praticismo com que eles resolvem as coisas.
O seleccionador germânico, outrora conhecido pelo seu penteado, é hoje em dia, para mim, aquele que melhor soube adaptar uma filosofia de jogo positiva ao grupo de atletas que tem à disposição. É uma equipa que se dá bem em ataque continuado, como verificámos na primeira parte sobre a Argentina, mas, é em contra-ataque, ou como muitos chamam, em transições rápidas que verificamos que jogadores como Müller, Özil, Schweinsteiger e Podolski conseguem soltar o verdadeiro animal futebolístico dentro deles.
É, para mim, a melhor EQUIPA deste mundial (reforço a ideia de EQUIPA, muito esquecida ou má interpretada nos dias que correm). É um regalo vê-los jogar, não pelos nomes que têm nas suas camisolas, alguns impronunciáveis, mas sim pelas alegrias que me dão ao vê-los trocar a bola em progressão de forma tão solta, objectiva e sobretudo rápida, sempre à procura de um colega. Um verdadeiro hino!
Frente à armada espanhola, penso que a táctica deverá ser a mesma: um 4-2-3-1. Neuer, será o guarda-redes. À frente dele, uma linha de quatro homens, na qual faria a única alteração nesta equipa: o lateral esquerdo. O seleccionador Löw, começou o mundial com Badstuber, um lateral conservativo e que ataca pela certa. Nos jogos mais decisivos, optou pelo Boateng, um jogador que embora não seja lateral esquerdo de raíz, acaba sempre por não ultrapassar a linha do meio-campo e permite que haja pelo menos 3 jogadores na zona defensiva constantemente. Isto para uma equipa em que os médios centro são tudo menos médios defensivos de raíz, é algo de positivo. Para além disso, Boateng impõe pela sua estampa física, além de que sendo destro, frente a rivais que não procurem a linha e, como ta, flectem para dentro, consegue adaptar-se melhor a isso. Mas, existe um lateral/médio ala esquerdo alemão, que penso que poderia surpreender neste encontro: Jansen. Este é um lateral muito ofensivo e tendo em conta que do outro lado Lahm vai ter um luta titânica com o melhor marcador da prova, o espanhol Villa, vai ter maiores dificuldades em dar profundidade ao lado direito do ataque germânico. Para além disso, o lado esquerdo da defesa alemã, vai apanhar com destros que muito provavelmente tenderão jogar à linha. Com Podolski a ajudar a fechar, penso que Jansen poderia surpreender.
Sendo assim, o quarteto seria o seguinte: Lahm, Meterzacker, Friedrich e Jansen.
No meio-campo, aquela dupla de meio-campo, formada por Khedira e Schweinsteiger é para manter. Entre o meio-campo e o ataque uma linha de três homens será formada por: Müller, Özil e Podolski. Lá na frente, em constante trabalho e mobilidade, o bombardeiro alemão Klose.
Os espanhois são mundialmente conhecidos por serem os actuais campeões europeus e jogarem o estilo de futebol tic&tac. Isto é notório na forma de jogar dos principais clubes espanhois e uma marca da La Liga.
Metodologia espanhola A.C. (after Cruijff):
"os jogadores têm de pensar rápido e jogar com inteligência, sempre sabendo qual será o próximo passe (…). É assim que aprendemos a jogar e que o público espera que joguemos: de forma atraente, mas sem perder a eficiência (…). Cruijff (…) nos ensinou a jogar movimentando a bola rapidamente. Ele só usava jogadores de grande técnica. Quando procuramos por jogadores, ainda queremos essas qualidades", por Pep Guardiola.
Claramente, que Cruijff marcou uma era no futebol de nuestros hermanos. Antes dele era mais um jogo de fúria, muito ríspido e de confronto, muito ligado à clubite. Depois dele, começou-se a elevar os padrões de exigência dos próprios espectadores, pois foi possível juntar à garra espanhola a arte latina. E que bela mistura daí adveio.
O seleccionador espanhol, um homem que viveu toda esta mudança e que acaba por herdar todo um trabalho desenvolvido por um dos clubes de topo mundiais que empresta o seu núcleo duro a esta selecção, caso do Barcelona, decerto que tem sabido aproveitar muito bem todo esse trabalho.
A Espanha, é actualmente, a única selecção do mundo que sabe jogar em ataque-continuado. Bem a Argentina, aprentava saber, mas frente a um adversário como a Alemanha, acabou por salientar as suas debilidades. Ora no caso espanhol, penso que dificilmente veremos isso a acontecer. O percurso deles neste mundial fala por si. É a única equipa que sabe esperar o tempo necessário sem se enervar para marcar o seu golo. É a única equipa que vemos trabalhar para a obtenção do espaço na defesa contrária sem ser por transições rápidas. Isto não quer dizer que não o faça, pois também o faz, mas o facto dos seus adversários tomarem desde o primeiro minuto uma postura passiva no jogo, leia-se, entregar a bola ao adversário e recuar 20 a 30 metros para perto da sua grande área, leva a que os espanhois tenham poucas oportunidades de contra-ataque. Depois, é das poucas equipas neste mundial que sabem jogar com o bloco defensivo praticamente sobre a linha de meio-campo, jogando apenas em metade do campo. Isso pode ser uma faca de dois gumes, pois poderá permitir o contra-ataque adversário. Tal só não acontece porque a hibridez que os seus atletas dão em campo, permite adaptar o posicionamento correcto em cada situação ao longo dos 90 minutos. Ora percebemos que jogam num 4-3-3 (4-1-2-2-1 e 4-2-3-1), ora parece-nos um 4-1-2-1-2, ou até mesmo um 4-1-4-1.
Mas, a equipa também tem as suas debilidades. Capdevilla, embora experiente, é um lateral muito posicional e já tem dificuldade em entrar na velocidade da equipa, daí que seja muitas vezes pelo seu lado que o adversário cria mais oportunidades. Piquet, se não tiver ninguém a marcar é uma arma, mas se tiver alguém que caia na sua zona, ora em choque, ora nas suas costas, certamente que causará estragos. A falta de entrosamento entre Xavi e Xabi Alonso, embora não imperceptível frente a adversários mais fracos, frente a adversários de respeito, poderá ser perigoso. Contudo, também escrevo que esta parceria tem melhorado e muito dentro da competição.
Relativamente, ao onze titular para este encontro, antevejo: na baliza, Iker Casillas; o quarteto defensivo, será formado por Ramos, Piquet, Puyol e Capdevilla; no meio-campo, teremos Busquets, Xavi e Xabi Alonso; no ataque teremos Iniesta e Villa a partirem das alas e Torres ao centro.
Prognóstico da "Jabu": é claramente uma final antecipada. Um verdadeiro tira-teimas entre os dois finalistas do campeonato da europa em 2008. É engraçado verificar como tacticamente as equipas parecerem encaixarem-se. Em termos tacticos, prevejo uma certa vantagem dos espanhois, muito devido à hibridez do seu esquema em que facilmente poderá aparecer um homem entre os médios e a defesa alemã que certamente causará problemas. Mas, em termos técnicos e de jogo colectivo, penso que a Alemanha leva vantagem. É claramente um jogo de tripla.
Destaques do jogo: Villa contra Lahm e Müller contra Capdevilla.
PP

PS: Quem será o goleador deste mundial? Klose ou Villa? Já agora, qual o grande jogador e grande surpresa deste mundial que foi referido, mas que não vai poder jogar este encontro por castigo?
publicado por jabulani às 11:14
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