Sábado, 10 DE Julho 2010

O jogo do bronze debaixo de uma tempestade. A chuva que foi transversal em relação a este Mundial, não poderia deixar de marcar presença no jogo de atribuição do 3º e 4º lugar da competição que amanhã termina.

Para a Alemanha era o 5º jogo de atribuição do terceiro lugar em mundiais, nunca ninguém jogou mais partidas que os germânicos nesta fase da competição, para os Uruguaios era a possibilidade de conseguir a sua 2ª melhor classificação de sempre. No entanto, convém recordar que o Uruguai já não vencia uma Selecção Europeia há 40 anos, a última em 1970 diante da União Soviética após prolongamento. Klose com 14 golos estava a 2 de Gerd Muller em todas as competições mundiais e europeias, a 1 de Ronaldo em mundiais, mas dores nas costas retiraram-no do jogo. Muller e Forlan não querem deixar Villa e Sneijder fugir na corrida ao melhor marcador do mundial.

A primeira parte tem domínio Alemão, o golo chegou cedo aos 18 minutos por Muller, 5º na competição, após remate de Schweinsteiger com a Jabulani a fazer das suas. São já 17 golos de recarga após defesas incompletas mais 10 que no mundial anterior. Minutos antes já Friedrich tinha enviado a bola à barra. A Alemanha estava claramente por cima, procurava o segundo golo mas por incrível que parecesse, quando perdia as bolas sentia dificuldades de posicionamento defensivo, não havia reorganização e os homens mais adiantados do Uruguai, Forlan, Cavani e Suarez apareciam em força. Cavani num desses lances empata a partida, aos 27 minutos e já perto do final Luís Suarez falha isolado em frente a Butt. Reforço que a Alemanha dominava em posse de bola, domínio territorial, mas as perdas de bola foram essências para o Uruguai empatar e causar calafrios à baliza germânica. Aceitava-se o empate na partida.

A segunda parte começa com o tridente Uruguaio novamente em acção. Suarez a tentar e Butt a negar, mas 2 minutos após esse momento Forlan marca um golaço, o da reviravolta, o 5º no mundial igualando Mueller. A Alemanha denotava os mesmo problemas com que finalizou a primeira parte. Mas viu o empate na partida cair-lhe do céu. Muslera novamente a errar, afinal o problema não é da Jabulani, e Jansen a marcar o 2º golo Alemão. Tudo empatado e ainda meia hora para jogar, uma partida box to box!

Suarez continuava a ser o quebra cabeças para a defesa Alemã, o homem aparecia em todo o lado, a rematar de qualquer forma e feitio. A Alemanha não era o equipa concentrada, claramente este não era o jogo que eles contavam estar a jogar, o calendário era para cumprir, apenas. Mas isto do futebol não é sempre 11 contra 11 e vitória da Alemanha, mas é quase e Khedira já perto do final marca o 3º da Alemanha e nova reviravolta no marcador e bronze à vista. Forlan ainda respondeu com bola à trave já em descontos. Vitória da Alemanha, repete o 3º lugar do último mundial, que sendo justo nesta crónica até poderia ter sido ao contrário, já que a segunda parte foi marcada pelas oportunidades perdidas do Uruguai, Forlan e Suarez nos primeiros minutos e pela resposta germânica já perto do final principalmente a partir da entrada de Kießling. No entanto há que referir que ambas as selecções tiveram boas prestações no Mundial de 2010!

Homem do jogo: Müller

publicado por Pedro Varela às 21:15

Bronze ou o "primeiro dos últimos" no jogo da ante-final (Uruguai - Alemanha; 19:30; Estádio Porth Elizabeth)

UruguayUruguay GermanyGermany
É um jogo em que nenhum jogador deve achar muita piada, a não ser que o jogador seja daqueles convocados, mas que nunca tenha entrado em campo neste mundial. Para estes será um jogo do tudo ou nada. Para os primeiros... têm que recordar que este encontro vale uma medalha!
Sobre as duas equipas que se vão defrontar hoje, já muito se falou ao longo destas semanas. Duvido que tanto Tabarez com Löw façam grandes alterações de fundo ao modelo táctico e estilo de jogo a utilizar. São duas equipas de contra-ataque, mas duas equipas em que os movimentos são quase totalmente dispares. Para além disso, são dois países tão afastados no globo como podiam, mas que apresentam traços competitivos muito idênticos: o de nunca dar a derrota como certa. É engraçado verificar como o mesmo objectivo pode ser alcançado tão eficazmente por diferentes metodologias, é esse o carácter universal do futebol. E é por isso que gosto muito deste jogo.
Quanto aos artistas que vão estar em campo, destaco para os regressos de Müller e Suarez, dois dos grandes ausentes nos encontros das meias-finais. Atendendo à forma como estavam a jogar nas suas selecções, atrevo-me a dizer que se calhar a história teria sido diferente em ambos os encontros, não acham? Mas, não se pode chorar sobre o leite derramado... outros jogadores que gostaria de ver actuar e que ainda não actuaram neste mundial, pelo menos com mais frequência, são: Lodeiro e Fernandez do lado da Celeste, e, Marin e Gomez do lado germânico.
Destaques do jogo:
i) ForlanCavaniSuarez contra a defesa germânica;
ii) Klose, Müller, Podolski e Özil, contra a defesa uruguaia;
iii) Maxi Pereira contra Lahm: quem será o melhor lateral direito do mundial?
iv) Schweinsteiger e Khedira contra Perez e Arevalo.
Prognóstico da "Jabu": que ganhe o melhor e, dada as circunstâncias que ganhe a equipa com maior força de vontade para disputar este encontro. Antevejo uma vitória alemã, pois tal como em 2006, demonstram sempre uma mentalidade positiva face à adversidade. Contudo, se o Uruguai sair como vencedor, não admiraria nada. Que seja um jogo de golos de outro mundo, de emoção até ao fim e com jogadas esplendorosas.

PP

PS: Sabem a quantos golos está Miroslav Klose de destronar o fenómeno Ronaldo no top da lista dos maiores marcadores em fases finais de mundiais?
publicado por N.T. às 12:32
Sexta-feira, 09 DE Julho 2010

O polvo Paul já decidiu quem vai ser o novo campeão do mundo. No aquário do Sea Life na Alemanha, o oráculo do mundial escolheu a selecção espanhola como campeã do mundo. Recordamos que este animal não tem falhado nas previsões. Para o lugar que resta no pódio, Paul escolheu a Alemanha. Venham de lá esses jogos para ver se o polvo é que percebe disto e depois quem sabe se não estará apto a substituir Blatter!

publicado por Pedro Varela às 16:02
Quarta-feira, 07 DE Julho 2010

O Paulo acertou. Foi um "polvazo". Ontem os alemães estavam em pânico, no aquário das decisões (arbitrárias), o dito animal escolheu a Espanha para vencedor da partida de hoje. E confirmou-se. A Espanha venceu com todo o mérito a Alemanha e está na final do mundial, a sua primeira. Será uma final inédita diante da Holanda que ditará o primeiro campeão mundial vindo do continente europeu a vencê-lo "fora de portas".

Foi aliás um dia óptimo para quebrar todas as curiosidades e estatísticas que se têm vindo a falar, a Alemanha que nunca tinha estado mais de 20 anos sem ser campeã mundial, vai sentir o amargo de "apenas" lutar por um lugar no pódio. Vamos ter um campeão do mundo inédito, que vai quase contra todas as expectativas deste mundial, e mesmo quando já rolava a jabulani na África, só se ouvia falar em equipa sul americanas.

O jogo que a Espanha hoje fez lembrou-me muito o que já tinha realizado contra Portugal. Muita organizada no sector defensivo, 3 jogos nesta segunda fase e ainda não sofreu golos, e no ataque quando as oportunidades mesmo escassas acontecem não perdoa. Nesses mesmo 3 jogos apenas 3 golos. E foram sempre 3 golos que deram vitórias. A Alemanha de hoje estava irreconhecível. O que aconteceu à armada germânica que afundou a Inglaterra e a Argentina com 4 tiros de canhão? Não sabem jogar contra uma selecção que não dá espaços? Não pode ter sido apenas a falta de Mueller. Onde estavam Klose, Ozil, Schweinsteiger, Podolski e amigos?

A Espanha montou uma teia quase perfeita, com muita posse de bola, dinamismo entre os vários sectores e quando atacavam com certeza, ora as torres alemãs evitavam o pior, ora o dia não estava a correr na perfeição a Villa. Na primeira parte foi dele e Puyol as melhores situações, na segunda parte primeiro do defesa espanhol, novamente, depois de Pedro numa clara oportunidade que poderia ter finalizado a meia final quando faltavam 10 minutos para terminar a partida. Foi aliás praticamente a partir desse momento que a Alemanha tentou reagir mas sem ritmo, vontade, capacidade  de "furar" a bem montada defesa espanhola. A Espanha, tal como na final do Europeu de 2008, voltou a derrotar a Alemanha com um golo de Puyol, não terá o melhor do mundial, mas pela raça, pela forma como entrou de cabeça é sem sombra de dúvidas um momento para ser recordado. Sentiu-se naquele momento a força de uma nação que entrou com o pé esquerdo no mundial e está com a cabeça na final. Ou quem sabe na vitória!

Homem do jogo: Carles PUYOL

publicado por Pedro Varela às 21:57
A um jogo da final... (Parte II)
(Alemanha - Espanha; 19:30; Estádio de Durban)
"Contra-ataque Vs Ataque-Continuado", é o que nos reserva esta segunda meia-final do mundial da África do Sul.
Os alemães são mundialmente conhecidos pela sua paixão pela eficiência e optimização. Isso está patenteado em tudo o que fazem, desde a mecânica automóvel até ao futebol.
Metodologia "Mannschaft":
1 - "Não podemos contar com o nosso melhor jogador e capitão Ballack para este mundial? Não há problema! Outros se afirmarão!"
2 - "Não temos um médio defensivo puro para este mundial? Não há problema! Adaptamos um médio ofensivo como o Schweinsteiger!"
3 - "Não temos um ala esquerdo de raíz para ir à África do Sul? Não há probema! Adaptamos um Podolski a essa posição!"
Enfim, poderia continuar com a descrição da forma de pensar germânica, mas não o farei, pois penso que já perceberam a ideia do praticismo com que eles resolvem as coisas.
O seleccionador germânico, outrora conhecido pelo seu penteado, é hoje em dia, para mim, aquele que melhor soube adaptar uma filosofia de jogo positiva ao grupo de atletas que tem à disposição. É uma equipa que se dá bem em ataque continuado, como verificámos na primeira parte sobre a Argentina, mas, é em contra-ataque, ou como muitos chamam, em transições rápidas que verificamos que jogadores como Müller, Özil, Schweinsteiger e Podolski conseguem soltar o verdadeiro animal futebolístico dentro deles.
É, para mim, a melhor EQUIPA deste mundial (reforço a ideia de EQUIPA, muito esquecida ou má interpretada nos dias que correm). É um regalo vê-los jogar, não pelos nomes que têm nas suas camisolas, alguns impronunciáveis, mas sim pelas alegrias que me dão ao vê-los trocar a bola em progressão de forma tão solta, objectiva e sobretudo rápida, sempre à procura de um colega. Um verdadeiro hino!
Frente à armada espanhola, penso que a táctica deverá ser a mesma: um 4-2-3-1. Neuer, será o guarda-redes. À frente dele, uma linha de quatro homens, na qual faria a única alteração nesta equipa: o lateral esquerdo. O seleccionador Löw, começou o mundial com Badstuber, um lateral conservativo e que ataca pela certa. Nos jogos mais decisivos, optou pelo Boateng, um jogador que embora não seja lateral esquerdo de raíz, acaba sempre por não ultrapassar a linha do meio-campo e permite que haja pelo menos 3 jogadores na zona defensiva constantemente. Isto para uma equipa em que os médios centro são tudo menos médios defensivos de raíz, é algo de positivo. Para além disso, Boateng impõe pela sua estampa física, além de que sendo destro, frente a rivais que não procurem a linha e, como ta, flectem para dentro, consegue adaptar-se melhor a isso. Mas, existe um lateral/médio ala esquerdo alemão, que penso que poderia surpreender neste encontro: Jansen. Este é um lateral muito ofensivo e tendo em conta que do outro lado Lahm vai ter um luta titânica com o melhor marcador da prova, o espanhol Villa, vai ter maiores dificuldades em dar profundidade ao lado direito do ataque germânico. Para além disso, o lado esquerdo da defesa alemã, vai apanhar com destros que muito provavelmente tenderão jogar à linha. Com Podolski a ajudar a fechar, penso que Jansen poderia surpreender.
Sendo assim, o quarteto seria o seguinte: Lahm, Meterzacker, Friedrich e Jansen.
No meio-campo, aquela dupla de meio-campo, formada por Khedira e Schweinsteiger é para manter. Entre o meio-campo e o ataque uma linha de três homens será formada por: Müller, Özil e Podolski. Lá na frente, em constante trabalho e mobilidade, o bombardeiro alemão Klose.
Os espanhois são mundialmente conhecidos por serem os actuais campeões europeus e jogarem o estilo de futebol tic&tac. Isto é notório na forma de jogar dos principais clubes espanhois e uma marca da La Liga.
Metodologia espanhola A.C. (after Cruijff):
"os jogadores têm de pensar rápido e jogar com inteligência, sempre sabendo qual será o próximo passe (…). É assim que aprendemos a jogar e que o público espera que joguemos: de forma atraente, mas sem perder a eficiência (…). Cruijff (…) nos ensinou a jogar movimentando a bola rapidamente. Ele só usava jogadores de grande técnica. Quando procuramos por jogadores, ainda queremos essas qualidades", por Pep Guardiola.
Claramente, que Cruijff marcou uma era no futebol de nuestros hermanos. Antes dele era mais um jogo de fúria, muito ríspido e de confronto, muito ligado à clubite. Depois dele, começou-se a elevar os padrões de exigência dos próprios espectadores, pois foi possível juntar à garra espanhola a arte latina. E que bela mistura daí adveio.
O seleccionador espanhol, um homem que viveu toda esta mudança e que acaba por herdar todo um trabalho desenvolvido por um dos clubes de topo mundiais que empresta o seu núcleo duro a esta selecção, caso do Barcelona, decerto que tem sabido aproveitar muito bem todo esse trabalho.
A Espanha, é actualmente, a única selecção do mundo que sabe jogar em ataque-continuado. Bem a Argentina, aprentava saber, mas frente a um adversário como a Alemanha, acabou por salientar as suas debilidades. Ora no caso espanhol, penso que dificilmente veremos isso a acontecer. O percurso deles neste mundial fala por si. É a única equipa que sabe esperar o tempo necessário sem se enervar para marcar o seu golo. É a única equipa que vemos trabalhar para a obtenção do espaço na defesa contrária sem ser por transições rápidas. Isto não quer dizer que não o faça, pois também o faz, mas o facto dos seus adversários tomarem desde o primeiro minuto uma postura passiva no jogo, leia-se, entregar a bola ao adversário e recuar 20 a 30 metros para perto da sua grande área, leva a que os espanhois tenham poucas oportunidades de contra-ataque. Depois, é das poucas equipas neste mundial que sabem jogar com o bloco defensivo praticamente sobre a linha de meio-campo, jogando apenas em metade do campo. Isso pode ser uma faca de dois gumes, pois poderá permitir o contra-ataque adversário. Tal só não acontece porque a hibridez que os seus atletas dão em campo, permite adaptar o posicionamento correcto em cada situação ao longo dos 90 minutos. Ora percebemos que jogam num 4-3-3 (4-1-2-2-1 e 4-2-3-1), ora parece-nos um 4-1-2-1-2, ou até mesmo um 4-1-4-1.
Mas, a equipa também tem as suas debilidades. Capdevilla, embora experiente, é um lateral muito posicional e já tem dificuldade em entrar na velocidade da equipa, daí que seja muitas vezes pelo seu lado que o adversário cria mais oportunidades. Piquet, se não tiver ninguém a marcar é uma arma, mas se tiver alguém que caia na sua zona, ora em choque, ora nas suas costas, certamente que causará estragos. A falta de entrosamento entre Xavi e Xabi Alonso, embora não imperceptível frente a adversários mais fracos, frente a adversários de respeito, poderá ser perigoso. Contudo, também escrevo que esta parceria tem melhorado e muito dentro da competição.
Relativamente, ao onze titular para este encontro, antevejo: na baliza, Iker Casillas; o quarteto defensivo, será formado por Ramos, Piquet, Puyol e Capdevilla; no meio-campo, teremos Busquets, Xavi e Xabi Alonso; no ataque teremos Iniesta e Villa a partirem das alas e Torres ao centro.
Prognóstico da "Jabu": é claramente uma final antecipada. Um verdadeiro tira-teimas entre os dois finalistas do campeonato da europa em 2008. É engraçado verificar como tacticamente as equipas parecerem encaixarem-se. Em termos tacticos, prevejo uma certa vantagem dos espanhois, muito devido à hibridez do seu esquema em que facilmente poderá aparecer um homem entre os médios e a defesa alemã que certamente causará problemas. Mas, em termos técnicos e de jogo colectivo, penso que a Alemanha leva vantagem. É claramente um jogo de tripla.
Destaques do jogo: Villa contra Lahm e Müller contra Capdevilla.
PP

PS: Quem será o goleador deste mundial? Klose ou Villa? Já agora, qual o grande jogador e grande surpresa deste mundial que foi referido, mas que não vai poder jogar este encontro por castigo?
publicado por jabulani às 11:14
Domingo, 04 DE Julho 2010
Não é para menos! Quem tem dominado a jabulani na África do Sul têm sido os germânicos, muito à custa do trabalho notável do seu treinador: Joachim Low.
Embora mais conhecido pela beleza do seu penteado (delego uma crítica para as meninas do blog ;P), Low tem surpreendido o mundo ao chegar ao mundial com uma equipa quase totalmente remodelada e recheada de caras novas e desconhecidas da maioria do público afecto à modalidade.
No entanto, não é só na escolha dos elementos do grupo que fazem com que nós adeptos do futebol bonito, elegante, prático e simples, tenhamos esperança quanto ao futuro do "beautiful game". Low, tem igualmente surpreendido o mundo pela forma como trabalha a sua equipa, tanto a nível táctico como no treino diário. Não é à toa que se goleia (4 já é goleada!) equipas de topo do futebol mundial.
É neste contexto, que só posso cantar como os restantes alemães a seguinte canção:

PP

PS:
Para os mais curiosos, a música é de um grupo de acapella germânico, os "Basta" e chama-se "Gimme hope Joachim", cuja letra em português é a seguinte:
Basta - Gimme hope Joachim
(Dá-me esperança Joaquim)
Os portugueses têm os melhores jogadores;
Os brasileiros são muito rápidos;
Os espanhóis não perdem há três anos,
Mas nós temos o hotel mais bonito.

O Ronaldinho tem a melhor técnica;
O Ronaldo tem o melhor físico;
David Beckham tem um pé de aço,
Mas Jogi Low tem o penteado mais bonito.

Dá-me esperança, Joachim, dá-me esperança, Joachim!
Dá-me esperança para o Mundial!
Dá-me esperança, Joachim, dá-me esperança, Joachim!
Dá-me esperança para a África do Sul

Os coreanos têm pernas ágeis;
Os mexicanos têm um remate potente;
Os franceses têm um bom guarda-redes,
Mas nós temos o autocarro maior.

Os dinamarqueses fortalecem-se com proteínas,
Os sérvios trabalham meio mortos,
Os argentinos torturam nos campos da selva,
Mas o Jogi espalha Nutella no seu pão

Dá-me esperança, Joachim, dá-me esperança, Joachim!
Dá-me esperança para o Mundial!
Dá-me esperança, Joachim, dá-me esperança, Joachim!
Dá-me esperança para a África do Sul

Os gregos estão outra vez protegidos,
Os suíços vencem com jogadores a mais,
Os holandeses estão de volta,

Mas traz-nos a Taça Jogi.

publicado por J.G. às 14:07
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Sábado, 03 DE Julho 2010

Embate do século, final antecipada, reedição do mundial de 2006 quando a Argentina foi eliminada pela Alemanha em grandes penalidades, um jogo que nos faz parar em frente ao televisor para apreciar a arte do futebol. De um lado uma Alemanha, que para mim é o melhor colectivo deste mundial, é impressionante a forma como se deslocam os seus jogadores, o dinamismo empregue e que culmina com a falta de vedetas individuais. Refiro-me nesse particular ao facto de não existir pressão sobre um ou mais jogadores. Do outro lado a Argentina, a selecção de Maradona. Mesmo quem não seja apreciador desta selecção, eu por exemplo não sou, não deixa de soltar um sorriso ao pensar que Argentina na final é desejado por muitos que adoram futebol jogado, assente numa ideia de afrontamento aos senhores da FIFA.

 

O jogo começa com o golo da Alemanha. Pressão germânica, passes bem medidos, Mueller a rematar e a facturar logo aos 2 minutos. Dificilmente poderia correr melhor. A Alemanha não deixava a Argentina sair do meio campo, as fragilidades defensivas que uns dizem não existir, outros insistem em confirmar, eram visíveis e na primeira meia hora a Alemanha poderia ter dilatado a vantagem, Klose aos 23 minutos falhou um golo certo já dentro da área após assistência de Mueller.

A Argentina demorou a reagir, Messi longe da área germânica a receber as bolas com muito espaço para progredir, Schweinsteiger a quadra-lo com muita segurança, Di Maria hoje com muita bola, primeiro na esquerda com pouca acção, depois na direita a ser importante nas acções ofensivas, preparando o terreno para Messi que aos poucos começava a aproximar-se da área e a causar alguns calafrios à defesa germânica, que ia respondendo com classe, lançando sempre que possível contra ataques, ora pela esquerda com Podolski, ora pela direita com Ozil embora este último ainda pouca visibilidade a ser pouco preponderante no jogo alemão.

O melhor momento Argentino aconteceu após mão de Mueller, colocando-o fora do próximo jogo, livre batido rapidamente mas estavam vários jogadores em fora de jogo, Tévez ainda assistiu Higuain que introduziu a bola na baliza de Neuer, mas a bandeira já estava levantada. Intervalo com vantagem justa para a Alemanha, Mueller era o homem do jogo até ao momento.

A segunda parte começa com a reacção da Argentina a um resultado penalizador, principalmente num fase em que a equipa que perde ruma a casa. Di Maria dá o aviso, logo aos 47 minutos, Higuain minutos depois entra na área e causa algumas dificuldades a Neuer, Lham evita que novamente Higuain consiga o empate. São 15 minutos bons da Argentina, que levam a pensar-se na possibilidade do jogo animar, embora Maradona parecesse muito conformado com o jogo quase esquecendo-se que do outro lado estava a Alemanha. Aos 67 minutos o momento do jogo, da eliminatória, Klose, eterno Klose goleador dos mundiais marca o segundo da Alemanha após assistência de Podolski. As meias finais dificilmente deixariam de ter a presença dos germânicos. A Argentina a partir deste momento partiu-se por completo e só se pensava até onde poderia chegar a pequena humilhação. A resposta demorou 6 minutos com o golo de Friedrich após brilhante jogada de Schweinsteiger onde todas as dificuldades da argentina na defesa foram colocadas a nu. E já estávamos com 3 e a conta poderia não ficar por aqui. Já perto do final da partida já só se pensava no possível quarto da Alemanha, e Klose não perdoou numa jogada magnífica de contra ataque onde se pode ver o trabalho espantoso que Joachim Low tem feito na sua selecção, e se Messi sairia do mundial sem marcar um golo. E assim foi!

Vitória justíssima da Alemanha, seguem para as meias finais, a Argentina volta a cair aos pés os rivais germânicos e novamente nos quartos de final, mas desta vez...sem espinhas! A Alemanha é neste momento o maior candidato ao título mundial.

Homem do jogo: Klose


Highlights Argentina 0-4 Germany

Perry | MySpace Video
publicado por Pedro Varela às 16:45

Os Kraftwerk são tidos como os percursores de música de dança urbana e constantemente citados como "influências" deste ou daquele. Quando no ano da Revolução dos Cravos propuseram ao mundo 'Autobahn', Florian Schneider e Ralf Hütter já haviam gravado sob os Organisation e colaborado com membros dos Neu!, Can, Harmonia e Cluster. Tudo gente alemã, pois claro. Escrevia 'Autobahn' mas acrescentaria 'Ralf and Florian', 'Radio-Activity', 'Trans-Europe Express' e 'Computer World'. Hoje joga a Alemanha e começa o Tour de France.

 

publicado por Spinafro às 01:02
Domingo, 27 DE Junho 2010

Depois do curioso alinhamento nos oitavos-de-final, sabia-se já os quartos-de-final poderiam também proporcionar uma re-edição. Faltava saber se, em caso de apuramento argentino, se re-editaria os quartos-de-final de 2006 ou de 1986. Deu Alemanha.

 

 

publicado por N.T. às 23:22

Poucos minutos após o fim do jogo Lineker disse na BBC qualquer coisa como muita alemanha para tão pouca Inglaterra. Se o autor da célebre frase de 1990 evitou repeti-la não vou ser eu a fazê-lo. Mas todos sabemos que ele tem razão.

Falar de campeonatos do Mundo de futebol é falar de confrontos Inglaterra - Alemanha. Em 2010 mais um capítulo para este romance cheio de curiosidades, polémicas, golos, dramas e vinganças. O jogo esteve à altura do seu historial e vai marcar o torneio.

A partida divide-se em 3 grandes partes fáceis de serem contadas. Começa a Alemanha mais confiante, organizada e a arriscar no ataque acabando por concretizar as ameaças num lance minimalista que se resume a um pontapé de baliza de Neuer para Klose que mostra toda a sua classe finalizadora perante a cerimónia de Upson e Terry. Aos 20' estava aberto o marcador e esperava-se a reposta da equipa de Capello. Só que os alemães mantiveram o ritmo e ao fim de 12' aumentaram para 2-0 com uma jogada colectiva excelente do ataque com Muller, Klose e Podolski a redimir-se do pesadelo que viveu contra a Sérvia. Pouco mais de meia hora e o jogo estava nas mãos dos alemães.

Aqui começa a 2ª fase do jogo dominada pelos ingleses que partiram em busca do golo com todo o seu coração. Com tanto desacerto dos avançados, Rooney é o primeiro ponta de lança a ficar em branco num Mundial ao fim de 4 jogos, foi preciso subir Upson para fazer de cabeça um grande golo 5' depois do 2-0 e ainda com 10' para o intervalo. A Alemanha acusou o golo, a Inglaterra cresceu, acreditou e fez mesmo o 2-2. Fez mas o árbitro não viu que o belo remate de Lampard entrou na baliza depois de ir à trave. Os ingleses desesperaram, entre alemães não terá havido um único que não tenha esboçado um sorriso a lembrar-se das imagens de 1966. Era um claro sinal que a História queria acertar contas entre os dois países. Foram a reclamar os ingleses para o intervalo e a prometerem muita luta para a 2ª parte.

A Alemanha sabia que tinha de sofrer para controlar o jogo ofensivo inglês irritado pelo golo anulado e a querer fugir à fatalidade de ficarem a chorar esse lance como justificação para uma derrota.

Esta 2ª fase do jogo dominada pela Inglaterra em busca do empate durou até aos 67' altura em que a Alemanha soltou-se e perante tanta ineficácia inglesa, o melhor que fizeram foi mais um remate de Lampard à barra, Muller mostrou como se finaliza uma jogada rápida de contra ataque com toda a eficácia. Toda a gente percebeu que este era o golo que mostrava de novo aos ingleses o seu habitual destino nestes embates: o aeroporto!

A Inglaterra baixou os braços, Capello mexeu mas sem convicções, Heskey e Joe Cole nada vieram mudar e Walcott em casa deve ter sorrido ironicamente.

A Alemanha passou a dar um recital de posse e troca de bola, Low rodou a equipa com a entrada de Kissling, Gomez e Trochowski e aqueles que se riram na derrota contra a Sérvia justificando os 4 golos à Austrália com a falta de qualidade dos "cangurus" agora devem estar a pensar duas vezes mesmo porque Muller fez questão de correr meio campo para apanhar o passe excelente que Ozil tinha para lhe oferecer aumentado para 1-4!

A Alemanha é uma equipa renovada, jovem, com bom futebol, atracção pelo golo, qualidade defensiva e o peso de uma rica história que faz deles uns naturais e eternos favoritos a ganhar qualquer jogo.

A Inglaterra hoje sentiu isto tudo de uma só vez. Mais uma vez!

 

Melhor em campo: 13 Thomas MUELLER

publicado por J.G. às 18:00
editado por jabulani às 21:40
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