As duas equipas presentes nesta meia-final foram dignas da importância do desafio e deram um bom espectáculo nos noventa minutos da partida. À raça dos uruguaios e a sua capacidade de pressionar sem conseguir sair a jogar contrapuseram os holandeses na sua forma habitual atingir a baliza adversária com a bola no pé.
Mesmo com o golo memorável de van Bronckhorst não se sentia um ascendente Oranje na partida, muito pela forma voluntariosa que os sul-americanos preferiram na abordagem ao encontro. Não havia preocupação com a construção apoiada, antes pela recuperação e lançamento do ataque. Não fazia bem à beleza do jogo mas foi a forma válida que os de Tabárez utilizaram para agitar a defesa holandesa e enfim, marcar por Fórlan o empate na partida.
Questionava-me se a saída do trinco de Zeeuw por van der Vaart teria sido a melhor intervenção do treinador holandês, e as dúvidas adensavam-se com a melhor ocupação celeste de espaços no seu meio campo atacante e alguma indecisão, talvez adaptação, holandesa. Uma grande defesa de Stekelenburg como que despertou os homens dos Países Baixos. Há um momento em que os laranja retêm a bola mais de três minutos em sucessões de passes e desmarcações e sem nunca perder a bola nas imediações da área uruguaia. Soava o alarme e pouco depois, noutro momento colectivo e superlativo, o golo de Sneijder a abrir espaço para novo remate vitorioso de Robben. Parecia um jogo findo mas os uruguaios não baixaram os braços e ainda conseguiram reduzir a diferença por Maxi Pereira.
No final venceu quem mais passes acertou e saiu derrotada a equipa que não sairá desapontada com o seu comportamento no torneio.
Melhor em campo: 11 Arjen ROBBEN