Domingo, 11 DE Julho 2010

 

A Espanha é campeã do Mundo de futebol juntando assim a coroação máxima do mundo da bola ao título de melhor da Europa conquistado há dois anos.

Lembremos que a Espanha começou de trás para a frente como se diz nas corridas de Fórmula 1. Perdeu o primeiro jogo para a Suíça e logo soou o alarme no país vizinho. Depois soube equilibrar-se não perder a calma e foi sempre a ganhar até à vitória final e maior.

A derrota inaugural terá marcado todo o trajecto dos novos campeões do Mundo que passaram a jogar um futebol muito mais pragmático e realista do que alguma vez tinham apresentado.

Esta será uma "Espanha 1.0" que não quis correr mais o risco de lhe acontecer o mesmo que sentiu na estreia. Eu diria mesmo que esta Espanha é a nova Itália mas ao contrário, isto é controlar o 1-0 mas com bola nos pés, ao contrário da matreirice cínica italiana que defendia superiormente as suas vantagens. Sendo assim é mais atraente visualmente esta Espanha 1.0 mas igualmente irritante quando não larga a bola.

 

Até à final a Espanha afastou com justiça Portugal, Paraguai e Alemanha, por isso esperava ver a equipa sem medo de pegar no jogo contra os holandeses, mesmo porque o trunfo maior dos laranjas era aproveitarem a posse de bola para servirem Kuyt, Robben e Sneijder. A Espanha não desiludiu e entrou no jogo mais autoritária com mais controlo de jogo e com olhos postos na baliza holandesa. O acerto final tanto em bola corrida como nos temíveis cantos não estava apurado e disso se valeu a Holanda para impôr muita agressividade física no jogo fazendo quebrar o ritmo aos espanhóis com sucessivas faltas e um festival de cartões amarelos.

 

Del Bosque obviamente não prescindiu do seu 4-2-3-1 , que curiosamente também foi utilizado do outro lado por Van Marwijk, deixando Torres no banco continuando a aposta em Pedro. Com a quebra de ritmo e a entrada do jogo em enorme equilibrio sem grandes oportunidades a Holanda conseguiu assustar os espanhóis que acusaram o toque.

A Espanha apostou em dar velocidade aos flancos e trocou Pedro por Navas na esperança que o sevilhano conseguisse forçar a expulsão de algum holandês amarelado. Só que depois dos ajustes foi a Holanda que teve a melhor oportunidade para marcar quando Sneijder isola Robben não conseguiu bater Casillas. O guarda redes do Real Madrid deu o primeiro passo para o título mundial numa defesa soberba. A equipa sentiu a dádivas de Iker e lançou-se ao ataque mas Villa e Sergio Ramos não conseguiam fazer o golo.

Não contente com a perda na cara de Casillas a maior estrela laranja conseguiu arranjar segunda oportunidade fugindo a Puyol e ficando novamente à frente do capitão espanhol que levou a melhor roubando genialmente a bola dos pés de Robben.

Foi aqui que se escreveu a história da final, Robben não matou o jogo porque Casillas recusou-se a morrer com a Espanha na final.

Depois entrou Fabregas para o lugar de Xabi Alonso e o jogo mudou. A Espanha ganhou mais definição no meio campo.

Até ao fim dos 90' tanto Casillas com Stekelenburg estiveram imbatíveis.

 

No prolongamento Del Bosque usou uma valiosa arma chamada Torres que entrou para o lugar de Villa que hoje não foi maravilha. Sentiu-se que a Espanha quis mais ganhar o jogo e o facto de meia equipa laranja estar prestes a ver um vermelho devido ao estilo adoptado para defender previa-se que a Holanda podia caír a qualquer momento porque já se tinha visto que as estrelas laranjas não estavam em dia de decidir nada nem Casillas estava para aí virado.

A expulsão aconteceu já na 2a parte do prologamento e depois Torres aparece a cruzar para a área, a defesa holandesa corta mas a bola sobra para Fabregas que abre magistralmente para Iniesta que fez o melhor golo da sua vida! Como se vê dois jogadores lançados por Del Bosque já na parte final que foram determinantes na vitória.

Mas nada disto teria sido possível se na baliza não tivesse havido um super Casillas e por isso o elegemos como melhor do jogo.

A vitória da Espanha é justa e compreende-se perfeitamente como uma aposta continuada num trabalho que já vem de trás com triunfos nas camadas jovens, no Euro 2008 e agora no Mundial sempre baseado na equipa do Barcelona e por isso não será exagerado dizer que Guardiola também é um campeão do mundo na sombra.

Parabéns Espanha!

publicado por jabulani às 23:36
editado por J.G. às 23:55
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Melhor em Campo: 1 Iker CASILLAS

publicado por jabulani às 22:46

 

 

 

publicado por N.T. às 19:00

Considerado pelos académicos como pai da guitarra clássica, o auto-didacta Andrés Segovia viveu com o propósito de elevar o instrumento conotado com o flamenco ao estatuto do piano ou do violino na música clássica. No seu repertório contam-se concertos e sonatas, transcrições de Albéniz, Mendelssohn, Bach, Haydn, Mozart, Händel e trabalhos para guitarra clássica de Sor e Tarrega. Influente como poucos, morreu aos 94 anos deixando o seu nome e trabalho para a posteridade.

publicado por Spinafro às 13:28
Sexta-feira, 09 DE Julho 2010

O polvo Paul já decidiu quem vai ser o novo campeão do mundo. No aquário do Sea Life na Alemanha, o oráculo do mundial escolheu a selecção espanhola como campeã do mundo. Recordamos que este animal não tem falhado nas previsões. Para o lugar que resta no pódio, Paul escolheu a Alemanha. Venham de lá esses jogos para ver se o polvo é que percebe disto e depois quem sabe se não estará apto a substituir Blatter!

publicado por Pedro Varela às 16:02
Quarta-feira, 07 DE Julho 2010

O Paulo acertou. Foi um "polvazo". Ontem os alemães estavam em pânico, no aquário das decisões (arbitrárias), o dito animal escolheu a Espanha para vencedor da partida de hoje. E confirmou-se. A Espanha venceu com todo o mérito a Alemanha e está na final do mundial, a sua primeira. Será uma final inédita diante da Holanda que ditará o primeiro campeão mundial vindo do continente europeu a vencê-lo "fora de portas".

Foi aliás um dia óptimo para quebrar todas as curiosidades e estatísticas que se têm vindo a falar, a Alemanha que nunca tinha estado mais de 20 anos sem ser campeã mundial, vai sentir o amargo de "apenas" lutar por um lugar no pódio. Vamos ter um campeão do mundo inédito, que vai quase contra todas as expectativas deste mundial, e mesmo quando já rolava a jabulani na África, só se ouvia falar em equipa sul americanas.

O jogo que a Espanha hoje fez lembrou-me muito o que já tinha realizado contra Portugal. Muita organizada no sector defensivo, 3 jogos nesta segunda fase e ainda não sofreu golos, e no ataque quando as oportunidades mesmo escassas acontecem não perdoa. Nesses mesmo 3 jogos apenas 3 golos. E foram sempre 3 golos que deram vitórias. A Alemanha de hoje estava irreconhecível. O que aconteceu à armada germânica que afundou a Inglaterra e a Argentina com 4 tiros de canhão? Não sabem jogar contra uma selecção que não dá espaços? Não pode ter sido apenas a falta de Mueller. Onde estavam Klose, Ozil, Schweinsteiger, Podolski e amigos?

A Espanha montou uma teia quase perfeita, com muita posse de bola, dinamismo entre os vários sectores e quando atacavam com certeza, ora as torres alemãs evitavam o pior, ora o dia não estava a correr na perfeição a Villa. Na primeira parte foi dele e Puyol as melhores situações, na segunda parte primeiro do defesa espanhol, novamente, depois de Pedro numa clara oportunidade que poderia ter finalizado a meia final quando faltavam 10 minutos para terminar a partida. Foi aliás praticamente a partir desse momento que a Alemanha tentou reagir mas sem ritmo, vontade, capacidade  de "furar" a bem montada defesa espanhola. A Espanha, tal como na final do Europeu de 2008, voltou a derrotar a Alemanha com um golo de Puyol, não terá o melhor do mundial, mas pela raça, pela forma como entrou de cabeça é sem sombra de dúvidas um momento para ser recordado. Sentiu-se naquele momento a força de uma nação que entrou com o pé esquerdo no mundial e está com a cabeça na final. Ou quem sabe na vitória!

Homem do jogo: Carles PUYOL

publicado por Pedro Varela às 21:57
A um jogo da final... (Parte II)
(Alemanha - Espanha; 19:30; Estádio de Durban)
"Contra-ataque Vs Ataque-Continuado", é o que nos reserva esta segunda meia-final do mundial da África do Sul.
Os alemães são mundialmente conhecidos pela sua paixão pela eficiência e optimização. Isso está patenteado em tudo o que fazem, desde a mecânica automóvel até ao futebol.
Metodologia "Mannschaft":
1 - "Não podemos contar com o nosso melhor jogador e capitão Ballack para este mundial? Não há problema! Outros se afirmarão!"
2 - "Não temos um médio defensivo puro para este mundial? Não há problema! Adaptamos um médio ofensivo como o Schweinsteiger!"
3 - "Não temos um ala esquerdo de raíz para ir à África do Sul? Não há probema! Adaptamos um Podolski a essa posição!"
Enfim, poderia continuar com a descrição da forma de pensar germânica, mas não o farei, pois penso que já perceberam a ideia do praticismo com que eles resolvem as coisas.
O seleccionador germânico, outrora conhecido pelo seu penteado, é hoje em dia, para mim, aquele que melhor soube adaptar uma filosofia de jogo positiva ao grupo de atletas que tem à disposição. É uma equipa que se dá bem em ataque continuado, como verificámos na primeira parte sobre a Argentina, mas, é em contra-ataque, ou como muitos chamam, em transições rápidas que verificamos que jogadores como Müller, Özil, Schweinsteiger e Podolski conseguem soltar o verdadeiro animal futebolístico dentro deles.
É, para mim, a melhor EQUIPA deste mundial (reforço a ideia de EQUIPA, muito esquecida ou má interpretada nos dias que correm). É um regalo vê-los jogar, não pelos nomes que têm nas suas camisolas, alguns impronunciáveis, mas sim pelas alegrias que me dão ao vê-los trocar a bola em progressão de forma tão solta, objectiva e sobretudo rápida, sempre à procura de um colega. Um verdadeiro hino!
Frente à armada espanhola, penso que a táctica deverá ser a mesma: um 4-2-3-1. Neuer, será o guarda-redes. À frente dele, uma linha de quatro homens, na qual faria a única alteração nesta equipa: o lateral esquerdo. O seleccionador Löw, começou o mundial com Badstuber, um lateral conservativo e que ataca pela certa. Nos jogos mais decisivos, optou pelo Boateng, um jogador que embora não seja lateral esquerdo de raíz, acaba sempre por não ultrapassar a linha do meio-campo e permite que haja pelo menos 3 jogadores na zona defensiva constantemente. Isto para uma equipa em que os médios centro são tudo menos médios defensivos de raíz, é algo de positivo. Para além disso, Boateng impõe pela sua estampa física, além de que sendo destro, frente a rivais que não procurem a linha e, como ta, flectem para dentro, consegue adaptar-se melhor a isso. Mas, existe um lateral/médio ala esquerdo alemão, que penso que poderia surpreender neste encontro: Jansen. Este é um lateral muito ofensivo e tendo em conta que do outro lado Lahm vai ter um luta titânica com o melhor marcador da prova, o espanhol Villa, vai ter maiores dificuldades em dar profundidade ao lado direito do ataque germânico. Para além disso, o lado esquerdo da defesa alemã, vai apanhar com destros que muito provavelmente tenderão jogar à linha. Com Podolski a ajudar a fechar, penso que Jansen poderia surpreender.
Sendo assim, o quarteto seria o seguinte: Lahm, Meterzacker, Friedrich e Jansen.
No meio-campo, aquela dupla de meio-campo, formada por Khedira e Schweinsteiger é para manter. Entre o meio-campo e o ataque uma linha de três homens será formada por: Müller, Özil e Podolski. Lá na frente, em constante trabalho e mobilidade, o bombardeiro alemão Klose.
Os espanhois são mundialmente conhecidos por serem os actuais campeões europeus e jogarem o estilo de futebol tic&tac. Isto é notório na forma de jogar dos principais clubes espanhois e uma marca da La Liga.
Metodologia espanhola A.C. (after Cruijff):
"os jogadores têm de pensar rápido e jogar com inteligência, sempre sabendo qual será o próximo passe (…). É assim que aprendemos a jogar e que o público espera que joguemos: de forma atraente, mas sem perder a eficiência (…). Cruijff (…) nos ensinou a jogar movimentando a bola rapidamente. Ele só usava jogadores de grande técnica. Quando procuramos por jogadores, ainda queremos essas qualidades", por Pep Guardiola.
Claramente, que Cruijff marcou uma era no futebol de nuestros hermanos. Antes dele era mais um jogo de fúria, muito ríspido e de confronto, muito ligado à clubite. Depois dele, começou-se a elevar os padrões de exigência dos próprios espectadores, pois foi possível juntar à garra espanhola a arte latina. E que bela mistura daí adveio.
O seleccionador espanhol, um homem que viveu toda esta mudança e que acaba por herdar todo um trabalho desenvolvido por um dos clubes de topo mundiais que empresta o seu núcleo duro a esta selecção, caso do Barcelona, decerto que tem sabido aproveitar muito bem todo esse trabalho.
A Espanha, é actualmente, a única selecção do mundo que sabe jogar em ataque-continuado. Bem a Argentina, aprentava saber, mas frente a um adversário como a Alemanha, acabou por salientar as suas debilidades. Ora no caso espanhol, penso que dificilmente veremos isso a acontecer. O percurso deles neste mundial fala por si. É a única equipa que sabe esperar o tempo necessário sem se enervar para marcar o seu golo. É a única equipa que vemos trabalhar para a obtenção do espaço na defesa contrária sem ser por transições rápidas. Isto não quer dizer que não o faça, pois também o faz, mas o facto dos seus adversários tomarem desde o primeiro minuto uma postura passiva no jogo, leia-se, entregar a bola ao adversário e recuar 20 a 30 metros para perto da sua grande área, leva a que os espanhois tenham poucas oportunidades de contra-ataque. Depois, é das poucas equipas neste mundial que sabem jogar com o bloco defensivo praticamente sobre a linha de meio-campo, jogando apenas em metade do campo. Isso pode ser uma faca de dois gumes, pois poderá permitir o contra-ataque adversário. Tal só não acontece porque a hibridez que os seus atletas dão em campo, permite adaptar o posicionamento correcto em cada situação ao longo dos 90 minutos. Ora percebemos que jogam num 4-3-3 (4-1-2-2-1 e 4-2-3-1), ora parece-nos um 4-1-2-1-2, ou até mesmo um 4-1-4-1.
Mas, a equipa também tem as suas debilidades. Capdevilla, embora experiente, é um lateral muito posicional e já tem dificuldade em entrar na velocidade da equipa, daí que seja muitas vezes pelo seu lado que o adversário cria mais oportunidades. Piquet, se não tiver ninguém a marcar é uma arma, mas se tiver alguém que caia na sua zona, ora em choque, ora nas suas costas, certamente que causará estragos. A falta de entrosamento entre Xavi e Xabi Alonso, embora não imperceptível frente a adversários mais fracos, frente a adversários de respeito, poderá ser perigoso. Contudo, também escrevo que esta parceria tem melhorado e muito dentro da competição.
Relativamente, ao onze titular para este encontro, antevejo: na baliza, Iker Casillas; o quarteto defensivo, será formado por Ramos, Piquet, Puyol e Capdevilla; no meio-campo, teremos Busquets, Xavi e Xabi Alonso; no ataque teremos Iniesta e Villa a partirem das alas e Torres ao centro.
Prognóstico da "Jabu": é claramente uma final antecipada. Um verdadeiro tira-teimas entre os dois finalistas do campeonato da europa em 2008. É engraçado verificar como tacticamente as equipas parecerem encaixarem-se. Em termos tacticos, prevejo uma certa vantagem dos espanhois, muito devido à hibridez do seu esquema em que facilmente poderá aparecer um homem entre os médios e a defesa alemã que certamente causará problemas. Mas, em termos técnicos e de jogo colectivo, penso que a Alemanha leva vantagem. É claramente um jogo de tripla.
Destaques do jogo: Villa contra Lahm e Müller contra Capdevilla.
PP

PS: Quem será o goleador deste mundial? Klose ou Villa? Já agora, qual o grande jogador e grande surpresa deste mundial que foi referido, mas que não vai poder jogar este encontro por castigo?
publicado por jabulani às 11:14
Sábado, 03 DE Julho 2010

 

 

Para grande desilusão dos adeptos do Mundial e de tudo o que o rodeia, Larissa Riquelme não voltará a tirar a roupa hoje (sim, a rapariga já revelou os seus atributos e todos os interessados em verificar a qualidade do trabalho do cirurgião plástico poderão fazê-lo após uma rápida pesquisa no Google). Mas os espanhóis não viram facilitada a tarefa de impedir tal acontecimento. Enganou-se quem esperava um jogo de sentido único, uma Espanha dominadora perante um natural retraimento dos paraguaios. E Villar até teve uma primeira parte descansada.

Martino surpreendeu com algumas alterações, desde logo a entrada de Óscar Cardozo, provavelmente procurando fixar a defesa da Espanha atrás, mas também com o regresso à titularidade do experiente, e influente, Barreto. Aqui a surpresa maior residia na retirada de um dos elementos paraguaios em maior destque neste Mundial: Vera (entraria mais tarde). A estratégia resultou durante grande parte do jogo. Bem posicionado, e surpreendentemente subido no relvado, o Paraguai ocupava bem os espaços e pressionava convictamente os portadores de bola espanhóis. Com Xavi e Iniesta manietados, Villa e Torres não causavam qualquer incómodo à retaguarda guarani. A progressiva adaptação espanhola à estratégia paraguaia garantiu posse de bola em maior quantidade, mas nunca superioridade qualitativa. E só de longe, através de Xavi, assumiram o estatuto de formação mais ofensiva. Acabaram até por ser os paraguaios a cria maior frisson. Primeiro Santana falhou por milímetros uma bola excepcionalmente colocada por Morel e à beira do intervalo, após excelente pormenor de Cardozo, Valdez fugiu à defesa adversária, pecando perante Casillas.

Poucas mudanças após ida aos balneários e jogo novamente equilibrado, até que chegou o curioso minuto dos penalties. Cardozo teve a primeira oportunidade e desperdiçou. Xabi Alonso a segunda, que converteu. Mas se o guatemalteco Carl Batres, um minuto antes, não sancionou a precipitação dos defesas espanhóis, desta feita não perdoou a Cesc Fabregas uma prematura invasão da áera. Mandou repetir e Villar brilhou. Apesar da contrariedade a Espanha ganhou nova alma e, conduzida por um renovado Iniesta, lançou-se no ataque. Os paraguaios mal sabiam que a chama da sorte ali se extinguira. David Villa receberia o ressalto de um chute de Fabregas ao poste, remataria colocado e a bola, depois de caprichosamente voltar a bater nos dois paus, lá ultrapassaria a linha de golo.

Faça-se justiça aos paraguaios que por ali não ficaram. Reagiram e poderiam ter empatado à beira do minuto 90, mas Casillas impediu que Valdez e Roque Santa cruz, na recarga a remate do primeiro, igualassem a partida. A Espanha festejava euforicamente o seu primeiro apuramento para as meias-finais enquanto os jogadores paraguaios confortavam um destroçado Óscar Cardozo.

 

HOMEM DO JOGO: 6 Andres INIESTA

publicado por N.T. às 22:10
Terça-feira, 29 DE Junho 2010

Simplesmente ridículo. Não merecíamos mais, regressamos a casa tal como previsto após passar uma fase de grupos acessível. O jogo de hoje foi perdido por Carlos Queirós, e faz-me lembrar um certo desastre em Portugal, em Lisboa quando numa substituição tudo se precipitou. O 11 de Portugal, apesar de previsível, mostra algum respeito pela Espanha, campeões europeus, mas vê CQ lançar uma equipa com medo e sem ambição dentro de campo. Portugal entrou com algumas dificuldades, recompôs-se, alterou a forma de jogar, melhorou, criou algumas situações de perigo, mas quase sempre em lances fortuitos e o caldo é entornado na segunda parte, na primeira substituição.

Claro que agora é fácil criticar e chamar de tudo ao CCQ (cagão Carlos Queirós), mas faz-me alguma confusão jogar com um central na direita, para manter a coesão defensiva. Um Pepe faltoso mas sem garra de outros tempos, previsível, e um Hugo Almeida que teve a melhor situação de ataque no joelho de Puyol. Então para que levamos Paulo Ferreira e Miguel para África? Para experimentar os quartos do hotel? Que confiança é lançada dentro de equipa quando um central ocupa essa posição?

Quando a estatística mostrava de tempos em tempos a posse de bola, pensava cá para os meus botões ao ver 35 a 39% para Portugal, que com aqueles valores só um homem à face da terra consegue dar espectáculo e ainda vencer. Não é tão bronzeado como o CCQ, mas usa uma capa à Errol Flynn muito porreira, e percebe de bola!

E Ronaldo? Quem me conhece sabe que por razões diversas eu sou um defensor de CR7. Mas chegou a altura de Ronaldo recolher, pensar sobre como deve ser a sua atitude com a camisola da Selecção, calar-se, não pensar que tem de ser o Eusébio e marcar 9 golos, ou Figo e marcar o golo decisivo contra a Inglaterra. Tem de ser o próprio a perceber que a sua imagem desgastou-se e que nesta altura é preciso repensar a sua identidade dentro da selecção. E pensar. E acalmar. E preparar para voltar em força. Passou ao lado do mundial, como passou Rooney, Torres, Henry, entre outros. Uma desilusão!

Mas volto a CCQ e pergunto se havia dúvidas que Liedson deveria ser titular? E o Simão? Que a única coisa que foi à África fazer foi aumentar a sua conta bancária em mais uma alusão ao cheeseburger. E Danny? Sinceramente, o rapaz não tem culpa, agora CCQ não percebeu o que Del Bosque imaginou que se iria passar e conseguiu.

Portugal perde o jogo, primeiro porque jogou pior, mas acredito que com a boa prestação dos centrais e com um Super Eduardo, era um dos meus medos para este mundial e que grande exibição fez, era possível ter alguma sorte. Segundo, o momento em que CCQ retira Hugo Almeida, a referência no ataque e coloca Danny, pelo contrário Del Bosque coloca Llorente, o jogador que mais cabeceou na Liga Espanhola retirando quem realmente nada estava a fazer, Torres. Portugal perde profundidade num momento crucial da partida. O golo espanhol demorou pouco a chegar e pelo caminho valeu Eduardo por 2 vezes.

Liedson demorou 10 minutos a entrar, CCQ demorou a processar a informação para alterar rapidamente o figurino da selecção e quando o fez, já era muito tarde. Claro que em pancadaria vencemos, não percebo qual a intenção de Ricardo Costa. Um vermelho e consequente perda de tempo de jogo. A Selecção abandona o Mundial sem atingir os mínimos exigíveis. Aguardo com alguma curiosidade o que se irá passar nos próximos dias. Eu trocava o Madaíl pelo CCQ, dava um bom presidente da FPF e aquele ar de engatatão fazia sucesso nos sorteios em Nyon, e contratávamos um treinador. Um treinador mesmo!

Homem do jogoDavid VILLA

publicado por Pedro Varela às 21:49

Football Fans Know Better

Espanha, próximo adversário de Portugal nos oitavos-de-final. Nas linhas seguintes, analisaremos os prós & contras de ‘La Roja’ e qual a abordagem estratégica que a selecção nacional deverá optimizar. Antes, recuemos até 2008, quando a Espanha sagrou-se campeã europeia.

Na altura, durante a fase de grupos e quartos-de-final, Luis Aragonés era apologista de um 4x1x3x2, com Senna pivot (defensivo), um trio formado por David Silva (esquerda), Iniesta (direita) e Xavi (ao centro), ficando Torres e David Villa na frente de ataque. A partir dos quartos-de-final, com a lesão do avançado do Valência, a equipa mudou para um elástico 4x1x4x1, imagem de marca da selecção espanhola. Recordo o onze-base na final contra a Alemanha: Casillas, Sergio Ramos, Puyol, Marchena e Capdevila; Senna, Iniesta, Xavi, Fàbregas e David Silva; na frente, Torres. Dois anos passaram, mas desta equipa para a actual (que jogou diante do Chile), apenas mudaram 4 caras: Piqué em vez de Marchena, Busquets por Senna, Xabi Alonso em vez de Fàbregas e David Villa por Silva. Portanto, salvo uma ou outra alteração pontual, esta geração de jogadores pode continuar a fazer história.

Curiosamente, o seleccionador Del Bosque começou a competição de forma semelhante à final do Euro 2008, ou seja, com a equipa disposta em 4x1x4x1. De então para cá, as únicas novidades prendem-se com o seguinte: opção por Xabi Alonso, em detrimento de Fàbregas e saídas de Marchena e Senna, com entrada directa de Piqué e Busquets, respectivamente. Porém, a derrota com a Suiça alterou os planos e houve como que uma espécie de regresso ao passado, com a aposta em Torres. A Espanha precisava de maior poder de fogo, ficando David Villa inclinado na esquerda (diagonais interiores) e Jesús Navas (vs Honduras) ou Iniesta (vs Chile) com responsabilidade no corredor contrário. Presentemente, ‘La Roja’ actua num 4x3x3, com meio-campo em «1x2» quando em posse de bola, mas também desenha um 4x1x4x1 em organização defensiva, recuando os extremos para zonas mais atrasadas.

O retrato (táctico) do antes e depois está feito. Porém, em termos de futebol desenvolvido existem algumas diferenças. Em 2008, os campeões europeus mostraram argumentos na vertente táctica e criatividade suficiente para explanar as qualidades técnicas individuais. No presente, a escolha por determinados jogadores tem bloqueado a fluidez nos movimentos de transição e circulação de bola. Razões para tal? O espaço entre-linhas nem sempre é bem preenchido, pois Del Bosque tem demorado a encontrar os homens certos para os lugares de meio-campo: Busquets, Xabi Alonso e Xavi parecem intocáveis, mas também já jogaram Jesús Navas, Iniesta, Fàbregas e David Silva. Creio que o equilíbrio ainda não foi encontrado, pois Busquets e Xabi Alonso são médios de contenção e Iniesta e Fàbregas, por exemplo, têm outros argumentos (qualidade de passe em ruptura) ofensivos. Vejamos, agora, quais os prós & contras da actual selecção espanhola.

1. Pontos fortes

A principal mais-valia prende-se com a qualidade individual dos elementos, todos eles jogadores em equipas de topo como o Barcelona, o Real de Madrid, o Valência, o Arsenal (Fàbregas) e o Liverpool (Torres). Por outro lado, a espinha-dorsal mantém-se e o onze-base tem vindo a ser construído sem grandes oscilações, pelo que os princípios de jogo encontram-se bem definidos e assimilados por todos. Em termos estratégicos, existe o lado colectivo (vários ‘arquitectos’ de um futebol baseado em passe - recepção - desmarcação) e o lado individual, com o avançado David Villa a assumir-se como a ‘peça’ mais temível: 3 golos marcados até ao momento. Observando a imagem, verificamos que a nova contratação do Barcelona parte da esquerda, desenvolvendo diagonais interiores para dentro da grande área adversária. Ora, é precisamente desse lado que Portugal apresenta maiores vulnerabilidades, tendo já actuado 3 jogadores na lateral direita: Paulo Ferreira (vs Costa do Marfim), Miguel (vs Coreia do Norte) e Ricardo Costa (vs Brasil). Qual será a melhor solução para travar David Villa?

2. Pontos fracos

Nem sempre visíveis, todas as equipas (selecções) aparentam uma ou outra debilidade. Cada fraqueza pode estar associada a um aspecto específico, como dificuldade nos lances de bola parada, por exemplo. Depois, existem pontos nevrálgicos (corredores) mais sujeitos às investidas contrárias. No caso espanhol, o eixo central composto pelo trio do Barcelona Piqué - Puyol - e Busquets, reúne mecanismos de entrosamento que garantem grande fiabilidade defensiva. Por sua vez, o corredor direito, com Sergio Ramos, apresenta maior consistência do que a faixa contrária, onde Capdevilla já não tem a destreza física do passado. Assim, talvez a melhor forma de derrubar o ‘muro’ espanhol seja colocar Cristiano Ronaldo bem inclinado do lado direito do ataque português, de forma a explorar os 32 anos do defesa do Villarreal. Quem sabe se não estaria nesse duelo 1v1 a chave para o sucesso dos oitavos-de-final.

3. Que estratégia para Portugal?

Com uma margem de erro reduzida, Del Bosque irá apresentar o prevísivel onze titular: Casillas, Sergio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevila; Busquets, Iniesta, Xavi, Javi Martínez ou Fàbregas e David Villa; por fim, Torres como homem mais avançado. Creio que Portugal teria a ganhar em jogar num 4x4x2 losango, com o seguinte onze-base: Eduardo, Ricardo Costa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Fábio Coentrão; Pedro Mendes (n.º 6), Tiago (meia-direita), Raul Meireles (meia-esquerda), Deco (n.º 10); Cristiano Ronaldo (solto na meia-direita) e Liedson. Porquê estas opções? De forma muito sucinta: (i) Ricardo Costa porque o defesa já contratado pelo Valência é, de longe, o que se encontra melhor preparado (física e mentalmente) para travar as diagonais de David Villa; (ii) 4x4x2 losango porque o meio-campo espanhol conta com jogadores de grande qualidade técnica (posse de bola) que necessita de ser travado, impedindo a superioridade numérica do adversário; (iii) Cristiano Ronaldo solto na frente de ataque, ao invés de estar ‘colado’ a uma ala, de forma a retirar o melhor aproveitamento do seu talento ofensivo; e, (iv) Liedson porque trata-se de um avançado mais complicado de marcar, para além de ser muito útil na transição defensiva e na hora de pressionar, por exemplo, as saídas de bola de Piqué. Esta seria a estratégia inicial. No decorrer do jogo, consoante as circunstâncias do mesmo (e o desenrolar do resultado), uma das soluções possíveis passaria pela entrada de Simão, uma espécie de ‘joker’ preparado para transmitir maior atrevimento atacante. Comentários?

publicado por stadium às 11:56
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