Domingo, 04 DE Julho 2010

The Sweet Talks são mais uma banda oriunda dos vibrantes anos 70 africanos. Herdeiros do tradicional high life ganês que inspirara o nascimento do afrobeat, o grupo surgiu num momento em que as influências soul (norte-americanas) e pop (britânicas) ameaçavam tomar conta da música local. A motivação, segundo os próprios, evitar o que consideravam ser a desvirtuação cultural da música ganesa. Liderados pelo proprietário de um hotel na movimentada Tema, cidade que alberga o principal porto do País, os The Sweet Talks desde logo garantiram a sua montra, actuando 4 vezes por semana nesse espaço. Rapidamente se popularizaram pelo que localmente se designava como batida kusum (significa nativo de, neste caso do Gana) e é precisamente o álbum 'The Kusum Beat' que melhor personifica a identidade do grupo. Daí se retira 'Kykye Pe Aware'.

 

 

publicado por N.T. às 23:08
Sexta-feira, 02 DE Julho 2010

Três semanas após o arranque do Mundial vivemos o dia mais intenso do Mundial com dois jogos daqueles que vão fazer parte dos momentos mais belos da edição 2010. À tarde uma reviravolta histórica da Holanda contra o eterno favorito Brasil que já foi muito bem contada ali mais para baixo.

De noite chegou o apaixonante embate entre os sobreviventes africanos contra os resistentes uruguaios. Foi um jogo memorável com um pouco de tudo, golos, imprevisibilidade, suspense, prolongamento, final dramático, e decisão nos penaltis. Pelo meio muito interessante as adaptações tácticas de ambas as equipas. O Uruguai partiu com o seu clássico 4-4-2 com os olhos postos em Forlan e Suarez na frente apoiados nas alas com Cavani à esquerda e a aposta surpreendente em Fernandez na direita.

O Gana com o 4-2-3-1 com Gyan na frente e com Asamoah a não conseguir pegar no jogo foi surpreendido pela maior veia atacante sul americana. Metade da 1ª etapa foi dominada pelo Uruguai que andou perto do golo tanto em jogadas de bola corrida como em lances de bola parada. Importa elogiar a exibição dos dois "portugueses" em campo, Fucile muito bem a defender e Maxi Pereira de pulmão cheio defendeu e atacou sempre cheio de garra. Os outros portugueses formaram a equipa de arbitragem liderada por Benquenrença e pode dizer-se que estiveram à altura do jogo.

E aos 30' de jogo o Gana acerta o seu jogo atacante em profundida com Prince Boateng mais perto de Gyan e Asamoah mais recuado ao lado daquele que é o melhor "6" deste mundial, Annan. Que enorme Mundial fez o jogador no meio campo do Gana! Houve hipóteses de golo para os africanos que dominaram até ao fim da 1ª parte e mesmo no último minuto Muntari arranca um inesperado pontapé do meio do campo que levou a famosa Jabulani a fazer uma caprichosa curva deixando Muslera mal na fotografia.

Na 2ª parte o jogo mudava de cara porque o Uruguai tinha de ser mais eficaz no seu ataque e como não conseguia de jogada corrida apareceu Forlan, uma das figuras maiores do Mundial, a marcar de livre directo repetindo-se a história do efeito Jabulani. O empate surgiu aos 55' e assim o jogo voltou a ficar equilibrado e totalmente com o resultado em aberto. Até ao fim dos 90' assistiu-se a uma perda de fôlego dos uruguaios contra uma invejável frescura física do Gana que acabou a dominar o jogo.

No prolongamento a tendência manteve-se com os africanos a parecerem sempre por cima do jogo embora o Uruguai nunca tenha desistido de atacar e tentar vencer o jogo.

E depois veio um daqueles finais que entram directamente para o top de melhores momentos de sempre que o futebol tem para nos oferecer. Presenciámos à construção de mais um capítulo épico de competição na maior prova do mundo. Ultimo minuto de jogo do prolongamento empate a 1, emoções ao alto última bola para área do Uruguai, defesa incompleta de Muslera remate à baliza para golo evitado pelas pernas de Suarez, recarga e agora bola alta direitinha para a o fundo da baliza, Fucile desesperado tenta lançar a mão mas não chega, logo atrás ainda estava Suarez na linha de golo que se transforma em guarda redes e faz uma bela defesa com as mãos a evitar o 2-1.

O avançado do Ajax vivia momentos dramáticos porque era expulso e oferecia de bandeja ao Gana a vitória. No entanto sabia que tinha feito a única coisa possível para adiar a derrota ali anunciada. Entre a tristeza uruguai havia uma réstia de esperança de ver Gyan falhar o penalti. Parecia impossível já que o Ganês até já levava dois golos marcados daquela maneira mas a verdade é que o "3" do Gana acusa a pressão e atira para a trave a possibilidade de África ter pela 1ª vez nas meias finais! E num segundo Suarez passava do estado desolado para a quase euforia que a esperança dos penaltis lhe dava.

E como se estava mesmo a ver a equipa do Gana caiu mesmo nem lhe valendo o facto de Gyan ter ido dar o exemplo ao abrir a cerimónia de desempate convertendo o seu penalti. Depois dele só mais um companheiro marcou golo. Os uruguaios moralizados com nova oportunidade de regressar a uma meia final 40 anos depois não vacilaram apesar do falhanço de Maxi Pereira que atirou por cima da baliza. O dramático desempate termina com um momento de ouro protagonizado pelo popular "El Loco" Abreu que , como é seu apanágio, marca à Panenka e fecha o desafio com esta imagem de marca.

Uruguai , última equipa a conseguir o apuramento, está nas meias finais para defrontar a Holanda. Gana fez história mas podia ter feito ainda mais como as lágrimas desesperadas de Gyan  após o jogo testemunham.

 

Melhor em Campo: 9 Luis SUAREZ

publicado por J.G. às 23:37
Depois de dois dias de descanso, o mundial volta e em força: estão aí os quartos de final! Quais são então os dois embates do dia? Quais serão os vencedores do dia?

Contas antigas (Holanda - Brasil; 15:00; Estádio Port Elizabeth)
HolandaHolanda BrasilBrasil
Quem tem o futebol mais bonito? Na história do futebol mundial dos tempos modernos, leia-se a partir dos anos 70, surgiu em todo o mundo duas grandes escolas que apoiam o futebol bonito. Nenhuma conseguiu ser campeã do mundo, a Holanda em 78 e o Brasil em 82. Isso teve o seu impacto. Enquanto a Holanda continuou a lutar pelo futebol "totalista", o Brasil abandonou quase por completo o futebol "mágico".
É certo que a Holanda para ser considerada ao nível da "laranja mecânica" de Cruyf ainda lhe falta algum... sumo. No entanto, apesar de neste mundial apresentar-se num esquema mais pragmático, onde os laterais estão bem mais contidos, nas suas funções atacantes (vide o jogo frente à Eslováquia), o que é certo é que ainda não perderam e apenas concederam golos através da marca da grande penalidade. Nada mal, mesmo!
Continuo a pensar que embora não seja uma "laranja", mas sim uma "clementina", ainda há sumo bem docinho para ser exprimido. Talvez agora com o regresso do seu jogador-estrela, Robben, eles consigam descolar melhores exibições. Mas, os problemas por melhor mascarados que tentam ser, têm a tendência para vir ao de cima. Começou já com a insatisfação de van Persie, que embora seja titular da equipa, sente que poderia render muito mais noutra posição. Será que van der Vaart irá ser o próximo a demonstrar desconforto? Ou será que Hunterlaar irá ter aqui a sua grande oportunidade, e logo frente aos rivais dos "últimos" mundiais (1994 e 1998) brasileiros? Uma coisa é certa, o 4-3-3 (4-2-3-1) é para manter! Mas, e se estiverem a perder qual será o plano B?
O Brasil é talvez a selecção que mais mudou a nível de estilo e filosofia de jogo, nas últimas décadas. Se em 1982, o futebol "mágico" canarinho, não resultou numa conquista, tendo inclusivé marcado a alteração dessa filosofia, já em 1994, conseguiram atingir o tal aclamado objectivo, mas num estilo mais pragmático. O Brasil moderno, continua a ter grandes executantes, mas opta por uma postura demasiado defensiva para o colectivo que possui. É esta a grande crítica que todos fazem ao escrete.
Será que o 4-1-2-1-2, ou até mesmo o 4-2-3-1 canarinho poderia funcionar de forma mais elegante? Esta é a grande pergunta que se coloca aos penta-campeões mundiais. Em termos de rostos, do onze titular, Ramires será a grande baixa, pois tem sido um suplente de luxo no escrete. Impedido por acumulação de amarelos, coloca a dúvida sobre se será Elano (um grande artista), ou será o Josué (a pequena formiguinha), ou será o Felipe Melo (o agressivo) a fazer aquela posição do meio-campo. Quase certo nesta zona do terreno está Dani Alves que tem vindo em crescendo a nível exibicional. Já agora, o que fará Dunga se o Brasil encontrar-se em posição de desvantagem? É que do que se viu, tanto Nilmar como Grafite, parecem corpos estranhos nesta filosofia de jogo, não acham?
Prognósticos da "Jabu": este é claramente um jogo de tripla! Ganhará quem for mais forte a nível mental e nos duelos individuais. Destaques do jogo: Robben contra Michel Bastos e Kaká contra van Bommel/De Jong.
África reunida em torno de uma só equipa (Uruguai - Gana; 19:30; Estádio Soccer City)

UruguaiUruguai GanaGana
Grande encontro que se perspectiva. Frente a frente, duas selecções que visam fazer história. É certo que o Uruguai, mesmo sendo um país minúsculo é concerteza uma das potências futebolísticas mais antigas da história. No entanto, tem vivido um pouco do passado, regressando este mundial a um lugar entre os melhores. Por seu turno, os jovens ganeses, depois de conquistarem triunfos em escalões jovens, querem demonstrar que África evoluiu e muito a nível sénior.
O Uruguai é capaz de ser a equipa mais pragmática. Apoiada num sistema defensivo de tolerância quase zero, entrega o seu ataque a 3 elementos móveis, mais um médio que avança no terreno e normalmente mais um lateral. Estes dois últimos são os Pereira's (Álvaro e Maxi). Os dois médio centro, têm cariz mais defensivo. Enfim, é uma espécie de 4-1-2-1-2, ou 4-3-3, ou até 3-4-3, dependendo do posicionamento dos seus atletas.
O que é certo é que quando defendem, a pressão que os avançados fazem, leva o adversário ir de encontro com o desarme ora desta dupla de médios, ora uma tentativa de penetração que faz cehgar a bola aos centrais uruguaios. Estes são exímios no jogo de contacto com os avançados adversários, sobretudo se eles são mais posicionais e menos móveis. Forlan, Suarez e Cavani, têm vindo a crescer dentro do mundial. Se no primeiro e segundo encontro via alguma química com os dois primeiros, ao terceiro notei uma clara evolução do entrosamento e utilização do "7" celeste.
O Gana é a equipa mais surpreendente, pela positiva, neste mundial. Toda a gente reconhece que os médio ganeses, mais do que virtuosos, são eficazes nas tarefas defensivas. O que não conheciamos é que uma equipa africana poderia chegar ao mundial com uma cultura táctica muito acimentada por todos os intervenientes. Só por isto marca a grande evolução desta equipa africana, valorizando não só os seus atletas, mas também o trabalho do seu seleccionador.
O 4-2-3-1, já demonstrou que pode jogar numa toada de espectativa, como de pleno controlo do encontro. Neste campo, parece-me ser uma equipa mais activa na busca do golo que o Uruguai. No entanto, não vai poder contar com uma das suas revelações neste mundial: o Ayew.
Será concerteza uma dor de cabeça para o seleccionador. Será que haverá uma mudança táctica, povoando o meio-campo com a entrada de Muntari ou Appiah para o onze titular? Ou será que dará oportunidade a outro avançado?
De qualquer maneira, atenção celeste, pois Gyan será a seta virada à vossa baliza.
Prognósticos da "Jabu": estou mais inclinado para uma vitória do Uruguai, mais pelo historial que possui e pelo tacticismo/manha sul americana que decerto fará com que controlem o ritmo de jogo ao seu belo prazer. Mas, o Gana não me surpreenderá se conseguir passar à próxima fase. Destaques do jogo: Suarez contra Pantsil e Gyan contra Lugano.

PP

PS: Sabem quem são os jogadores com descendência de antigos futebolistas das suas selecções que irão jogar nos encontros de hoje?
publicado por jabulani às 09:37
Sábado, 26 DE Junho 2010

O continente africano continua com um resistente neste mundial, o Gana. Vitória esta noite diante dos EUA por 2-1 após prolongamento. Ouve-se Bob Marley no estádio, a nação Ganesa consegue o melhor resultado de sempre em mundiais, há 4 anos tinha perdido nesta fase. Bradley, filho do treinador americano Bradley chora no banco. São as emoções do mundial que nos deixam com "pele de galinha"!

O jogo teve duas partes distintas durante os 90 minutos. Gana dominou a primeira, os EUA a segunda. Mais uma vez os americanos entraram a perder no mundial, erro de Clark que coloca a bola nos pés de Boateng que corre em direcção a Howard para abrir o activo. Decorridos 4 minutos de jogo, Gana já vencia. Os EUA sofreram os 2 golos mais rápidos do mundial, hoje e diante da Inglaterra na fase de grupos. E só conseguiram responder à pressão quando aos 22 minutos de jogo estiveram perto da baliza do Gana. Bob Bradley percebe que Clark foi um erro de casting, mais o erro do golo, mais um amarelo e opera a substituição, deixa o jogador sair de campo e abraça-se a ele explicando-lhe "I got it wrong". Chegou o intervalo com a vantagem do Gana, que estava a ser justa pois apesar de não ter tido grandes oportunidades, teve mais que os americanos e dominou a partida com regularidade.

A segunda parte é o oposto da primeira. Mal começa o jogo oportunidade flagrante para os Estados Unidos por Feilhaber, acabado de entrar, com Kingson a negar o golo. Os Estados Unidos apostavam em Dempsey e Donovan para chegar mais próximo da baliza do Gana, uma abordagem mais ofensiva e dinâmica, tendo que deixar desprotegida a defesa para os contra ataques ganeses, que aos 57 minutos viu Ayew a tentar colocar em Gyan para aquele que poderia ter sido o segundo golo. Não aconteceu, os Estados Unidos continuaram a acreditar ser possível empatar, avançaram para cima dos defesas africanos, grande penalidade sobre Dempsey que Donovan converte com sucesso. Empate conseguido, nova oportunidade por Altidore aos 66 e outra aos 80, mas acabaria por ser substituído (no final do jogo( de forma estranha, lesão? Não se percebeu.

Final do jogo, empate e mais 30 minutos de futebol. Primeiro prolongamento do Mundial e o Uruguai sentado na poltrona à espera do adversário para os quartos de final.

No prolongamento tudo acaba aos 92 minutos quando Gyan faz o golo. O Gana volta à liderança no marcador e tal como Bradley conrfirmou em entrevista pós jogo, a Selecção Americana já não conseguiu reagir a nova desvantagem, a fadiga estava presente em todos os seus jogadores. A derrota era inevitável!

Vitória que acaba por ser justa do Gana, no computo geral dos 120 minutos foram melhores. O orgulho de África está todo colocado nos ombros dos Estrelas Negras, que igualaram Camarões e Senegal em fases finais do mundial ao atingir os quartos de final.

Homem do jogo: Asamoah GYAN

publicado por Pedro Varela às 22:03
Quarta-feira, 23 DE Junho 2010

Mundial não é brincadeira. Um favorito entra com tudo no 1º jogo e é logo colocado no top mas ao 2º jogo apanha uma arbitragem estranha e um avançado que nem de penalti consegue marcar, perde o jogo e fica em dúvida a sua continuidade em prova.

Isto para dizer que a Alemanha entrou neste derradeiro jogo da 1ª fase algo nervosa e ansiosa. Não só pela saída de Klose, expulso contra a Sérvia, como pela inclusão emotiva de Boateng no lugar de Badstuber provavelmente para provocar o seu irmão que alinhou na equipa adversária. Foi a 1ª vez que dois irmãos se defrontaram num jogo de Mundial!

O jogo foi algo estranho porque a Alemanha esteve ao ataque mas nunca atacou com a força toda e o Gana esteve mais expectante confirmando a fama de Itália de África. As contas diziam que o Gana liderava o grupo e a Alemanha estava em 2º mas bastava um golo da Sérvia, que vinha embalada da vitória contra os alemães, para tudo mudar. Portanto corriam-se grandes riscos. O tempo ia passando e como no outro jogo não havia golos o ritmo entre alemães e ganeses era muito moderado sempre com os europeus em busca de um golo embora de forma não convincente. Tirando um ou outro ataque do Gana o jogo ia correndo perto da área africana.

Ao intervalo tudo a zero e uma ideia começava a ganhar forma: ficar em 2º do grupo não era mau porque assim evitava a Inglaterra. Mas o risco continuava a ser muito alto e por isso os alemães trataram de resolver a questão mais a sério e ao fim de 1h de jogo Oezil fez um golo tipicamente alemão, recepção fora da área e remate bomba a dar vantagem à sua equipa.

Foi um alívio para os vice campeões europeus que passaram a pensar melhor o jogo e a controlar também a classificação. E nem com os golos surpreendentes da Austrália os alemães mudaram de postura. É que na recta final do jogo um empate seria ironicamente e teoricamente favorável ao futuro da Alemanha que evitava para já o confronto  com os rivais ingleses.

Mas a mentalidade alemã é mesmo esta, nada de facilitismos e é para ganhar o grupo e venha quem tiver que vir. A imagem dos ganeses no banco a fazerem contas com os dedos é inesquecivel. Passaram a defender o 0-1 e não se importaram de terminar em 2º controlando o marcador do outro jogo.

A Alemanha não desiludiu e passou a fase de grupos pela 15ª vez, nunca foi eliminada nesta fase dos Mundiais. Agora é esperar por domingo pela primeira final antecipada e uma palavra para o Gana que acaba por ser a única equipa africana apurada conseguido assim superar a ausência de Essien, agora contra os Estados Unidos tudo é possível.

E os irmãos Boateng portaram-se bem em campo.

 

Melhor em Campo: 8 Mesut OEZIL

publicado por J.G. às 23:55
Sábado, 19 DE Junho 2010

Jogo muito agradável de seguir nesta tarde de sábado. A Austrália entrou melhor e aos 11' chegou à vantagem com um golo de Brett Holman após mais uma defesa incompleta neste Mundial. A primeira metade desta etapa inicial foi toda dos amarelos que surpreenderam depois da má imagem deixada na estreia. Só que aos 25' o jogo ficou virado do avesso. Numa jogada de insistência na área que acabou com um remate de Mensah que só não deu golo porque Kewell defendeu com o braço em cima da linha do golo. Expulsão (mais uma) para a Austrália e penalti (mais um) para o Gana. Gyan aproveitou e repetiu o golo da mesma maneira que já tinha feito contra a Sérvia.

Pareceu que a partir daqui só ia dar Gana. E deu. Mas sem alterações no marcador até ao intervalo.

Na 2ª parte esperava-se que o dominio africano se traduzisse numa vitória folgada e viu-se um futebol atacante bonito do Gana. Mas a verdade é que os ganeses não fazem golos sem ser de penalti! O veterano guardião Schwarzer foi segurando o empate em grande estilo e os australianos começaram a acreditar que mesmo com um homem a menos podiam chegar à vitória tornando o jogo bem aberto com oportunidades nas duas balizas. Os últimos 15 minutos de jogo foram bem animados sendo de elogiar o coração dos "cangurus".

O empate não se desfez e assim o Gana é a primeira equipa africana a comandar um grupo deixando as contas deste grupo bem baralhadas para a última jornada onde os favoritos  alemães vão ter de suar para conseguir o apuramento.

 

Melhor em Campo: 1 Mark SCHWARZER

 

    publicado por J.G. às 17:36
    Domingo, 13 DE Junho 2010

    Num grupo dominado pelo favoritismo incontestável da Alemanha, existe a natural expectativa de saber qual das restantes selecções reúne melhores argumentos para perseguir o sonho dos oitavos-de-final. Apesar de uma ligeira supremacia (teórica) favorável à Sérvia, a selecção do Gana conta com óptimos executantes e a Austrália também acalenta o desejo de seguir em frente. Por tudo isto, esta partida entre europeus e africanos poderia deixar algumas indicações quanto ao desfecho do grupo D, onde três outsiders lutam contra a poderosa força germânica.

    À partida, na bolsa de apostas, a Sérvia partia com ligeira vantagem. Liderada desde o banco pelo experiente Radomir Antic, treinador sérvio com percurso notável em Espanha, onde foi campeão pelo Atlético de Madrid há quinze anos, esta equipa, fiel representante de um tipo de futebol requintado tecnicamente, à imagem da antiga Jugoslávia, conta com jogadores brilhantes do meio-campo para a frente. À dupla de avançados, Pantelik e o 'gigante' Zigic, junta-se o perigoso Krasic e capitão Stankovic, polivalente centrocampista do Inter de Milão. Na defesa, igual presença de atletas consagrados: Ivanovic (Chelsea), Vidic (Man Utd), Lukovic (Udinese) e Kolarov (Lazio), lateral esquerdo muito pretendido pelo Real de Madrid de José Mourinho. Tudo apontava para que, com maior ou menor dificuldade, a Sérvia levasse de vencida a selecção conhecida como os 'Estrelas Negras'.

    Porém, do lado africano, mesmo sem a presença da sua maior estrela, o médio Essien do Chelsea, nota-se a evolução táctica desta equipa, pontuada pela qualidade individual dos seus intérpretes. Curiosamente, também um sérvio no banco a liderar os destinos desta selecção. Seu nome? Milovan Ravejac. Por esta hora, persona non grata no seu país de origem. Se na 1.ª parte o equilíbrio foi a nota dominante, na 2.ª parte o ritmo africano, acompanhado pelas ruidosas vuvuzelas, marcou a música que se ouvia no relvado. O Gana surgiu muito forte no início do segundo tempo, com maior posse de bola, atrevimento ofensivo, mas sem descurar o sector mais recuado. Depois, vieram dois minutos fatídicos: o 74 e o 84. A história do jogo mudou por completo.

    Em mais uma iniciativa dos 'Estrelas Negras', o central sérvio Lukovic agarra um adversário, acabando por receber o 2.º cartão amarelo e consequente ordem de expulsão. A Sérvia fica a jogar com 10 jogadores e Radomir Antic não hesita: tira o médio esquerdo Jovanovic, muito apagado, entrando o central Subotic para que a defesa fique reposta com o habitual quarteto. De pouco adiantou. Passados dez minutos, nova contrariedade: num lance que partiu do lado esquerdo do ataque do Gana, o recém-entrado Kuzmanovic mete a mão à bola na grande área e o árbitro assinala a marcação de grande penalidade. O avançado do Rennes, Asamoah Gyan é chamado a converter e, diante de Stojkovic, bem conhecidos dos portugueses, marcou o golo que decidiu o resultado. Por fim, ao 3.º dia, uma equipa africana vence uma partida, depois de África do Sul (empate 1-1 com México), Nigéria (derrota 0-1 com Argentina) e Argélia (derrota 0-1 com Eslovénia), não terem conseguido a mesma sorte.

    Em conclusão, a Sérvia terá de melhorar muito se pretender continuar a ter esperanças na passagem à fase seguinte. A equipa esteve demasiado presa no seu 4x4x2 clássico e falta, claramente, maior criatividade e mobilidade na criação de mais, e melhores, oportunidades de golo. Quanto à equipa africana, revelou-se uma agradável surpresa e deve ser uma selecção a ter debaixo de olho. Relembro que no ano passado, o Gana conquistou o campeonato do mundo de sub-20, vencendo o sempre favorito Brasil na final. Aliás, neste lote de 23 jogadores, alguns são provenientes dessa equipa campeã, donde se destaca o capitão desse torneio, o jovem de 19 anos Andre Ayew. Quem sabe não estará aqui uma das revelações deste certame?

    Homem do jogo: Asamoah GYAN

     

    publicado por stadium às 16:55
    Sábado, 05 DE Junho 2010

    O mundial está mesmo prestes a iniciar-se, mas ainda há tempo para alguns jogos amigáveis. Assim sendo, aqui fica a lista do amigáveis que ainda pode assistir e quem sabe ver algumas surpresas tal como aconteceu com a China a vencer a França por 1-0.

     

    Sábado, 5 Junho

    Holanda - Hungria
    Austrália - EUA
    África do Sul - Dinamarca
    Gana - Letónia
    Argélia - EAU
    Roménia - Honduras
    Eslováquia - Costa Rica
    Sérvia - Camarões
    Suiça - Itália

    Domingo, 6 Junho

    Nigéria - Coreia do Norte

    Segunda, 7 de Junho

    Tanzânia - Brasil

    Terça, 8 de Junho

    Portugal - Moçambique
    Espanha - Polónia

    Quarta,  9 de Junho

    Chile - Nova Zelândia

    publicado por Pedro Varela às 01:44
    Sexta-feira, 04 DE Junho 2010

    Alemanha


    Em todos os mundiais são sempre apontados como fortes mas nunca como principais favoritos. Porque não jogam um futebol bonito optando pela força física, pela frieza, e pelo rigor da disciplina os alemães são como que a ovelha negra entre as históricas candidatas à vitória final. Um dia Gary Lineker terá caricaturado da melhor forma o que é a selecção alemã nos jogos decisivos com a frase do 11 para 11 e no fim ganha a Alemanha. Ter 7 presenças em finais dá um peso histórico que Joachim Löw quer aproveitar dando continuação ao excelente trabalho que tem desde 2006 onde segurou um 3º lugar, conseguindo depois jogar a final do Euro 08 com a Espanha e agora na fase de qualificação apurou a Alemanha nas calmas com 8 vitórias, dois empates e nenhuma derrota!

    A preparação para o Mundial tem sido um horror para os germânicos que têm sido dizimados por lesões: Heiko Westermann, Christian Traesch, o guardião Rene Adler, Simon Rolfes e Ballack, estão todos de fora da competição.

    Apesar das ausências o novo campitão Lahm já veio dizer que o objectivo é chegar, no minímo às meias finais. E não há que duvidar da capacidade da mannschaft que conta com forte experiência na defesa com Mertesacker no centro e boas alternativas às ausências de vulto que devem passar pelo reposicionamento de Schweinsteiger mais para o meio e a aposta em Trochowski, Toni Kroos ou Mesut Özil. Depois na frente a Alemanha não tem problemas de finalização tal é a oferta: Cacau , Mario Gomez , Stefan Kiessling , Miroslav Klose , Lukas Podolski e  Thomas Müller que tem tudo para ser uma das grandes revelações do torneio.

    Contem com eles até ao fim.

    Jogador-chave: Bastian Schweinsteiger - Normalmente este espaço seria ocupado por Ballack mas uma polémica lesão priva a Alemanha do seu habitual capitão. Sendo assim os olhares centram-se em Schweinsteiger que aos 25 anos já tem mais de 70 internalizações e está apto para ser o farol da Alemanha usando o seu potente pontapé de longe, a sua técnica colada às linhas ou no meio a organizar jogo, tudo suportado numa forma física forte à boa maneira alemã.

     

    Austrália


    Em 2006 os australianos impressionaram com a sua inesperada passagem aos 1/8 de final deixando para trás a Croácia.  Depois encontraram a Itália e o mundo viu uma Austrália que resistiu com bravura até aos 95' altura em que o espanhol Cantalejo oferece um penalti que Totti não desperdiçou abrindo assim caminho à vitória italiana na competição.

    Na altura era Guus Hiddink o treinador principal e a escola holandesa tem continuação no actual técnico, Pim Verbeek que aproveitou o convite para apurar pela 3ª vez a equipa do país dos cangurus.

    O ponto forte da Austrália é o facto de ser composta na sua maioria por jogadores que muito evoluiram na europa nomeadamente no campeonato inglês. Conseguimos identificar com facilidade nomes familiares com Mark Schwarzer da baliza do Fulham, que aos 37 anos jogou a final da Liga Europa, Lucas Neill, agora no Galatasaray, Jason Cullina, de regresso ao seu país, Bresciano do Palermo, Harry Kewell também do Galatasaray e Tim Cahill estrela do Everton.

    Não é impossível repetirem a presença nos 1/8 de final.

    Jogador-chave: Tim Cahill - O médio que tem feito uma bela carreira em Inglaterra desde os 18 anos quando foi jogar para o mítico Millwall fez uma boa temporada no Everton e é figura de proa da sua selecção que já representou por 37 vezes apontando 19 golos, foi o melhor marcador da fase qualificação. O sucesso da Austrália em África passa pelos pés, pela inspiração das jogadas e passes construídos por Cahill.

     

    Sérvia


    A Sérvia é estreante em Mundiais isto porque em 2006 ainda foi um seleccionado da Sérvia e Montenegro que esteve presente. Antes era a Jugoslávia, sempre de futebol atraente, com a evolução do cenário político hoje temos a Sérvia à procura da sua identidade sendo a maior prova disso a inclusão de Dejan Stankovic, o craque do Inter, que vai participar pela 3ª vez no Mundial sempre com federações diferentes: 98 pela Jugoslávia, 2006 pela Sérvia e Montenegro e agora pela Sérvia. Quem os lidera é Radomir Antic que aos 60 anos recuperou a alegria de treinar e mostrou bem a sua força ao vencer o seu grupo de qualificação à frente de França, Áustria e Roménia!

    Para atacarem o Grupo D a Sérvia apresenta fortes argumentos com uma defesa cheia de reconhecidos valores: Ivanovic (Chelsea), Nemanja Vidic (Manchester United),Aleksandar Lukovic (Udinese) e Aleksandar Kolarov (Lázio) o tal que Mourinho quer levar para Madrid. Todos devem fazer esquecer o "amigo" de Scolari Dragutinovic que é baixa de última hora.

    Depois há o talento, a técnica e a irreverência da escola jugoslava herdada por Milos Krasic (CSKA), Jovanovic (Standard Liege), Kacar (Hertha) ou Petrovic (Partizan) que formam um meio campo que faz sonhar a nação sérvia. E na frente há esperança na finalização de Nikola Zigic (Valência), e do veterano Marko Pantelic (Ajax).

    Para seguir com atenção.

    Jogador-chave: Nemanja Vidic - Aos 28 anos é o esteio da defesa sérvia tal como acontece no Manchester United. Já a caminho da meia centena de jogos pela Sérvia, Vidic é uma das âncoras em quem Antic mais confia para dar equilíbrio tanto no jogo defensivo como nas suas habituais subidas à área contrário em lances de bola parada.

     

    Gana

    É dos países africanos o que mais tem evoluído nos últimos anos como se pode verificar pela excelente presença na Alemanha em 2006, só caíram nos 1/8 de final com o Brasil e já tinham batido americanos e checos, pela recente ida à final do CAN e por nova presença num Mundial. A maior curiosidade está reservada logo para o jogo de estreia em que defrontam a Sérvia país natural do seu treinador, Milovan Rajevac que mantém a tendência dos ganeses apostarem em técnicos daquela nacionalidade como tinha acontecido com Dujkovic em 2006.

    Mas o futebol do Gana fazia muito mais sentido se Michael Essien estivesse em campo, só que a estrela do Chelsea não tem jogado desde Janeiro altura em que se lesionou no 1º jogo do CAN e acabou mesmo por não ser convocado.

    Sem Essien as atenções viram-se para Muntari, Matthew Amoah e Asamoah Gyan e espera-se que soltem o perfume do seu futebol atacante salvaguardado por uma estrutura defensiva sempre muito forte que não sofre golos com facilidade.

    A jogarem no seu continente e mesmo sem Essien o Gana poderá ser equipa a levar em conta no Grupo D.

    Jogador-Chave: Sulley Ali Muntari - Sem Essien a escolha vai para o ala do Inter que já conta com meia centena de jogos pelo Gana, 16 golos, e aos 25 anos é uma das referências da equipa. Conta com a experiência de ter jogado o Mundial de 2006 e vai tentar não levar dois cartões amarelos em dois jogos como aconteceu na altura em que o privou de disputar o último jogo do grupo. Muntari será a chave para uma boa campanha ganesa.

     

    Opinião

    Num grupo onde há Alemanha a dúvida resume-se a saber quem será a segunda equipa a ser apurada para a próxima fase e não é fácil prever quem conseguirá fazer história. Uma vez que a Sérvia ainda procura a sua própria identidade e o Gana não conta com Essien talvez seja a Austrália que melhor pode aproveitar para repetir uma presença nos 1/8 de final.

    publicado por J.G. às 01:17
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