Sexta-feira, 25 DE Junho 2010

Agora que terminou a primeira fase do Mundial, vamos lá ver como estamos em relação aos prognósticos que fizemos, os vários editores, quando ainda a Jabulani não rolava por África:

Grupo A por Pedro Varela (1)

França e México - previsão

Uruguai e México - certeza

Grupo B por Spinafro (1)

Argentina e Grécia - previsão

Argentina e Coreia do Sul - certeza

Grupo C por João Gonçalves (2)

Inglaterra e EUA - previsão

Inglaterra e EUA - certeza

Grupo D por João Gonçalves (1)

Alemanha e Austrália - previsão

Alemanha e Gana - certeza

Grupo E por Spinafro (1)

Holanda e Dinamarca - previsão

Holanda e Japão - certeza

Grupo F por Nuno Tadeu (1)

Itália e Paraguai - previsão

Paraguai  e Eslováquia

Grupo G por Pedro Varela (2)

Portugal e Brasil - previsão

Portugal e Brasil - certeza

Grupo H por Nuno Tadeu (1)

Espanha e Suiça - previsão

Espanha e Chile - certeza

publicado por Pedro Varela às 23:18

Tinha tudo para ser um jogo entusiasmante. De um lado e do outro existem grandes intérpretes em todos os sectores pelo que almejar um jogo agitado e com golos não seria um absurdo.

O onze escalado por Carlos Queiroz assentou num conservadorismo que se espelhou na primeira parte portuguesa. Com muito pouca ambição de ter a bola o jogo luso concentrava-se na tarefa de impedir e destruir sentenciando a fase de construção que, quando sucedia, respingava em Cristiano Ronaldo ou soçobrava em Danny. Os ditames queirosianos de contenção não mais provocaram que fazer com que os seus pupilos pudessem ser confundidos com parentes pobres da arte futebolística, uns submetidos e pequeninos no desejo de equilibrar as forças em confronto. Aos rapazes de Dunga notava-se a vontade de chegar às redes portuguesas mas um défice na decisão e liderança. Jogavam para a baliza com os típicos passes curtos e tentativas de um para um mas tudo saiu atabalhoado.

Houve alterações na segunda parte. Ou simulacros de alterações. A entrada de Simão manteve a ideia que surgiu no reatamento de que Portugal queria mudar a história do jogo, futebol mais positivo. Puro engano, se aos brasileiros a falta de clarividência tornava-se risível aos portugueses viam-se os mesmos sprints, pouco apoio nos movimentos de ataque mas um elogioso desempenho das linhas mais recuadas.

Foi pois um jogo sem sumo, sem gomos, sem caroços. Uma ou outra quezília, festa nas bancadas, as vários câmaras passíveis de explorar durante o encontro. Uma chatice.

 

Melhor em Campo: 23 FÁBIO COENTRÃO
publicado por Spinafro às 17:57

 

 

Uma cadeira e uns binóculos. Estivesse eu no lugar de Barry, teria sido este o meu desejo ao intervalo. Passou os 45 minutos a ver a bola lá longe, trabalho teve-o apenas em duas ocasiões, quando foi forçado a ordenar a barreira. E nada mais fez que controlar a bola com os olhos enquanto esta saía pela linha de fundo.

O jogo foi sempre de sentido único, a prometer uma goleada histórica que não foi confirmada. Aos 20 já a Costa do Marfim celebrara dois golos e vira a barra recusar um terceiro. Continuaram a pressionar os africanos, continuaram a sofrer os norte-coreanos, em particular o seu guarda-redes que voltou a sentir barra tremer após remate de Gervinho. Ao intervalo o resultado era lisonjeiro para os asiáticos e também para as aspirações de Queirós e Cia que, no entanto, ia fazendo a sua parte e garantindo o empate.

A Costa do Marfim continuou a carregar durante a segunda parte, mas o relógio avançava e a pressão aumentava. A bola chegava à área com relativa facilidade mas faltava calma na decisão. A Coreia do Norte tentaria um par de iniciativas e Barry lá teve direito a entrar para as estatísticas recolhendo uma bola fácil que Tae Ze rematara. Ia esmorecendo a Costa do Marfim, mas houve novo fôlego africano nos 10 minutos finais, com Kalou a marcar o terceiro e a desviar, logo de seguida, para Doumbia: marcaria o quarto golo não fora a pronta intervenção do árbitro auxiliar.

A Costa do Marfim despede-se do Mundial com a sensação de dever cumprido. Empatou Portugal sem a sua estrela-maior, perdeu naturalmente com o favorito e fez tudo o que estava ao seu alcance para vencer a Coreia do Norte. Os asiáticos, depois de uma interessante demonstração de vontade frente à canarinha, revelaram toda a sua fragilidade nos jogos seguintes.

 

HOMEM DO JOGO: 19 Yaya TOURE

publicado por N.T. às 17:10
Segunda-feira, 21 DE Junho 2010

 

 

Tão mal habituados estamos que ao intervalo deste jogo -  mesmo aceitando que por vezes assistimos a um equilíbrio de jogo cuja diferença de valia não deveria permitir - teríamos que qualificar a exibição de Portugal com nota positiva. Irrepreensível a atitude com que a equipa entrou em campo, bem exemplificada na garra de Ricardo Carvalho. Contudo, o passado recente desta equipa e a pouca confiança que os adeptos nela iam depositando por estes dias, fez com que o primeiro remate perigoso dos norte-coreanos abalasse um pouco o 11 luso. Felizmente, em tarde de quase dilúvio, foi sol de pouca dura. Uma associação perfeita entre Tiago e Raúl Meireles permitiu inaugurar o marcador e aliviar a pressão.

Não sou um grande fã de Carlos Queirós. Bom, sejamos sérios, na verdade eu acho o Queirós um incompetente a nível sénior. Não é uma opinião de hoje, nem de ontem, é de sempre. Mas hoje farei um elogio, talvez errado, por absoluto desconhecimento do que realmente se passa no balneário ao intervalo. Mas arrisco dizer que o que fez, ou o que disse, foi bem feito, ou foi bem dito. Perante um opositor que hoje se apresentou um pouco mais aberto que frente ao Brasil, Portugal entrou para a segunda parte com um claro objectivo: matar o jogo o mais rapidamente possível. E consegui-o. O marcador avolumou-se por isso de forma natural perante o desalento dos jogadores da Coreia do Norte.

Não será fácil retirar grandes ilações desta exibição, em virtude da fraca oposição norte-coreana. Tiago e Raúl Meireles entenderam-se muito bem, deram até a ilusão que este 433 poderá funcionar melhor sem um organizador definido, mas como seria contra outro adversário, menos macio, mais inteligente? E talvez Miguel tenha ganho o lugar a Paulo Ferreira, mas será que o defesa do Chelsea não apresentaria trabalho semelhante perante o grau de dificuldade apresentado? Certezas parece haver apenas uma. Independentemente da forma de Liedson, Hugo Almeida a titular será sempre um erro de casting.

Aguardo agora por reacções. É provável que se instale uma euforia desmedida, porque marcar por 7 vezes é sempre um feito assinalável, mais ainda quando recordamos deficiências de concretização frente a formações europeias de questionável valia, mas perfeitamente injustificável porque ninguém nos eu perfeito juízo poderá dizer que os problemas estão resolvidos. Mas o goal-avarage, ao que tudo indica, coloca Portugal nos oitavos de final, o que, digo eu, olhando a seleccionador e plantel, torna esta participação no Mundial positiva.

 

HOMEM DO JOGO: 19 TIAGO

publicado por N.T. às 14:55
editado por jabulani às 20:43
Domingo, 20 DE Junho 2010

 

 

 

Não vale a pena provocar Luis Fabiano. Quando a meio da primeira parte um Kolou Toure cheio de moral resolveu fazer aquele número das palmas e dos saltinhos, o Fabuloso deve ter pensado "espere que eu já mostro o que te faço". Dois minutos passaram até que Koulou Toure viu o brasileiro escapar-se e assistiu ao inaugurar do marcador deitado na relva. Na segunda parte o avançado passou a bola por cima da sua cabeça e bisou. Um golo que juntou raça, técnica e manha. E uma "mão santa" ao que parece.

Robinho construiu a primeira oportunidade de jogo ainda o minuto inicial não se completara. Mas a perspectiva de um jogo aberto diluiu-se por entre livres directos e indirectos que não produziam perigo às redes adversárias. O primeiro canto surge apenas aos 20 minutos e só há oportunidade de golo real quando Fabiano inaugura o marcador. Dois remates, um golo, a imagem da eficácia ofensiva brasileira.

A Costa do Marfim reage minutos mais tarde, já depois das câmaras mostrarem uma curiosa imagem de Eriksson (pensativo porém apático), por iniciativa de Drogba e Kalou que pedem aos seus companheiros para subirem no terreno. Tentando explorar o envergonhamento de Bastos, o lado direito produz um par de iniciativas interessantes que levam a bola à área canarinha. Mas é através da meia distância de Kalou que a Costa do Marfim se mostra a Júlio César.

O reatamento não teve história até ao segundo golo do Fabuloso. E Drogba deu finalmente um ar da sua graça quando, solto entre os defesas neroazurris do Brasil, se elevou e cabeceou cruzado, bem perto do poste de Julio César. Por esta altura a canarinha tinha o jogo sob controlo e o terceiro surgiu sem surpresa, por entre duas ou três ameaças de colocar Drogba e Cia. no centro do meinho. Só com a entrada de Romaric os Elefantes, sempre muito duros na abordagem aos lances, voltaram a dar algum trabalho à defesa brasileira. Drogba acabaria por reduzir a 10 minutos do fim, mas a partir daí nada de relevante, pelo menos do ponto de vista futebolístico, se passou.

O Brasil é a segunda equipa a qualificar-se, sem brilho mas com o peso das individualidades que se tornará ainda mais evidente na fase a eliminar. Podia falar da arbitragem, mas isso daria imenso trabalho. Limito-me a uma simples adjectivação: anedótica.

 

HOMEM DO JOGO: 9 LUIS FABIANO

publicado por N.T. às 21:51

O décimo dia do mundial reserva-nos mais três duelos entre selecções de quatro continentes. Joga-se a segunda ronda, com dois jogos do grupo F e um do grupo G. Este último será seguido por todos os adeptos nacionais com muita atenção, pois poderá condicionar futuras estratégias (medo... muito medo...).

 


EslováquiaEslováquia ParaguaiParaguai

Frente a frente duas selecções tão afastadas uma da outra mas com um futebol de certa maneira parecido. Apoiados num 4-4-2, bastante semelhante entre si, Eslováquia e Paraguai, fazem das suas maiores armas as suas defesas, os seus médios-ala e as suas duplas de avançados.

Do lado paraguaio, pergunta-se se será desta que Roque Santa Cruz e Óscar Cardozo terão a oportunidade de fazer mais minutos? A meu ver um jogo claramente para estes dois atletas, não acham?  É que a defesa eslovaca é algo lenta e corpulenta... De qualquer das formas a actual dupla paraguaia está habituada a este tipo de jogo mais físico uma vez que jogam na Alemanha, mais propriamente em Dortmund. No meio-campo, vou destacar Vera, o médio-ala direito da turma guarani, que está num momento de forma espectacular, cumprindo defensivamente, ajudando o seu lateral e tendo ainda pulmão para dar profundidade ao lado direito. Com Caceres a médio mais defensivo, o Paraguai fica muito mais compacto, sendo inclusivé uma das melhores (senão mesmo a melhor) defesas sul-americanas. Do lado esquerdo do meio-campo, destaco o Torres (nome de craque!) que deu-me muito boas indicações no primeiro encontro. É uma espécie de clone de Vera, mas canhoto.
Mas e as armas eslovacas? Weiss, o miúdo filho do seleccionador, joga na direita e na esquerda, é destro, tem pinta de craque e já demonstrou várias vezes frente aos neozelandeses que é bem capaz de inventar espaço numa cabine telefónica. Falta-lhe alguma maturidade na altura de decidir a jogada, i.e., no momento certo em libertar a bola ou saber dizer basta às fintas. De qualquer forma quando consegue ficar próximo de Vittek, combinam de forma muito elegante alimentando o poderoso avançado eslovaco. O camisola #11 da Eslováquia é outro jogador a seguir neste encontro, assim como o mais mediático e capitão de equipa Hamsik. O central Skrtel terá aqui um desafio de nível mais difícil que frente aos neozelandeses. Poderá estar nele a capacidade da Eslováquia poder ter outras ambições neste encontro.
Qual será o "output" de tal confronto?
Muito provavelmente será o Paraguai, sobretudo pelas soluções que tem no banco. De qualquer maneira, se a Eslováquia conseguir marcar primeiro... temos jogo até ao fim!
Uma nota final para o facto de ser um encontro com jogadores que já actuaram, e, alguns ainda(?) actuam, no nosso campeonato. Sabem quem são eles?

 


ItáliaItália Nova ZelândiaNova Zelândia

A meio da tarde, entram em campo a "squadra azzura" e os "all white". Duas equipas com tendência para o futebol defensivo, que fazem uso do jogo directo, mas de forma bem diferente. Enquanto os italianos tentam utilizar combinações em progressão, sem muitos rodriguinhos e com alguma velocidade, os neozelandeses usam e abusam, bem diga-se, do jogo áreo dos seus avançados. Aliás, penso que a Nova Zelândia é a equipa que na primeira ronda demonstrou ser a melhor no jogo de cabeça.

Trata-se pois de um encontro que à primeira vista se advinha fácil para a selecção italiana, mas esta, tal como muitas outras selecções europeias está em muito má forma, apresentando inclusivé uma falta de entrosamento gritante. No entanto, Itália é Itália e tem por hábito começar mal e acabar... campeão! Dúvidas? Consultem os almanaques desportivos dos mundiais... De qualquer maneira, fosse eu o Lippi e tentaria simplificar um pouco o meio-campo. Marchisio a "10" é que não! Ah! E já agora sr. Lippi, que tal inicial o encontro com Di Natale? Os "tiffosi" e a "Jabu" agradecem...
Com Buffon com problemas na ciática, será a vez de Marchetti marchar para a titularidade. Zambrotta, não me convenceu à direita, mas a sua experiência parece ser importante para Lippi. Talvez apostaria no Maggio para seu lugar. E já agora, porque não apostar em Quagliarella para "10" ou avançado mais móvel, fazendo dupla com o Gilardino? Como podemos ver, talento não falta a esta selecção italiana. Falta talvez um esquema que se adeque aos atletas e aos seus estilos de jogo. Veremos se Lippi consegue corrigir a tempo.
Quanto à Nova Zelândia, penso que o seu campeonato do mundo já está ganho! Conseguiram fazer um ponto, algo que por exemplo os Camarões ainda nem sequer fizeram e já vamos na segunda ronda. Mas, chegado até aqui, porque não ambicionar mais? Porque não ambicionar a glória? Que assim o seja! Penso que se os seus adversários não os medirem bem, terão grandes problemas. O jogo de cabeça do seu ponta-de-lança Fallon é simplesmente impecável! É claro que este é devidamente bem servido e vê-se que há jogada típica para este tipo de movimentos, mas a forma como o rapaz ganha o espaço de costas para a defesa e serve com açucar para os outros dois avançados que partem das alas para o centro é impecável. Outra grande força do ataque é a forma como o ponta-de-lança neozelandês tem sempre um colega perto. Os avançados Smeltz e Killen, apenas terão que ter mais noção na decisão das jogadas, para que o trio atacante seja mais letal. Contudo, frente aos italianos irão defrontrar a defesa campeã mundial. Veremos se vão tremer perante o obstáculo. Quem não vai tremer mesmo nada será o capitão Nelsen, líder da defesa de betão neozelandesa. O guarda-redes Pastore é que terá de ter cuidado ao jogar com os pés, pois a "Jabu" é malandreca.
Dois confrontos particulares em antevisão: Nelsen vs Gilardino e Chielini vs Fallon.
Qual será o resultado final?
Como é óbvio, pelo estatuto será a Itália. Mas, olhem que poderá haver surpresas, não acham?
Sabiam que do lado transalpino não há nenhum jogador a actuar fora da Itália e por incrível que pareça muitos dos neozelandeses actuam em ligas inglesas? Engraçado não é?

BrasilBrasil Costa do MarfimCosta do Marfim

E o melhor do dia (pelo menos teoricamente) vem no final. É quase como uma espécie de sobremesa deliciosa dado o festim de mais um dia de mundial.

De um lado, os canarinhos. Do outro, os elefantes.
De um lado, um treinador ainda verde com uma equipa de campeões. Do outro, um treinador laureado com um grupo de jogadores a querem ser equipa. De um lado, Luís Fabiano, um "puro-sangue" da saga de poderosos avançados brasileiros. Do outro, o Didier Drogba, somente, a força da natureza africana. De um lado, Kaká, o "playmaker" moderno. Do outro, Yaya Touré, o pivot defensivo por excelência. De um lado, Maicon, o homem bala. Do outro, Demel, a muralha humana. De um lado, Robinho, o abre-latas brasileiro. Do outro, Gervinho, a seta africana. De um lado, Júlio César, o "homem-aranha" das balizas canarinhas. Do outro, Barry, o "pastor" da baliza marfinense. De um lado, Lúcio, o sargentão. Do outro, Kolo Touré, o capitão.
Com tanta qualidade, com tanto equilíbrio dentro de campo, com tantos grandes nomes, o espectáculo está assegurado. Que ganhe quem jogar melhor! É o meu desejo como amante desta modalidade. Torcerei por quem jogar melhor, muito embora como "tuga" o mais racional seria torcer por um empate... mas com muitos golos, pode ser? ;D
Já agora, sabiam que se a Costa do Marfim empatar com o Brasil e vencer a Coreia do Norte, assim como Portugal, o desempate será por... diferença de golos obtida em todos os jogos do grupo? E se for idêntico esse valor, terá que ser por outros critérios no livrinho de capa azul? Um grupo de morte, não haja a dúvida!
PP

PS: O texto contém um "gralha", será que conseguem descobrir?
publicado por J.G. às 00:46
Quarta-feira, 16 DE Junho 2010

Terminada hoje a primeira jornada, e quase sem podermos respirar a segunda já está em progresso, fazemos aqui um rápido balanço do que aconteceu em cada um dos grupos.

Grupo A

O Mundial abriu com a equipa da casa a empatar diante do México. Esteve próximo de acontecer uma vitória para a Selecção anfitriã, mas Rafael Marquez estragou a festa dos africanos perto do final do desafio. Mas no outro jogo do grupo as coisas não correram de forma diferente, Uruguai e França presentearam-nos com um dos mais aborrecidos jogos (e nulos) do Mundial. Um ponto para todas as equipas, aspirações intactas para qualquer uma das selecções, tudo por decidir nos próximos desafios.

África do Sul 1-1 México

França 0-0 Uruguai

Grupo B

Este grupo marcava a estreia de um dos candidatos à vitória final, a Argentina M&M (Messi e Maradona). À partida ninguém se atreveria a não colocar a selecção Argentina como a forte candidata à vitóra no grupo. Começou o jogo diante da Nigéria com uma vitória apenas por 1-0, com uma exibição sólida mas perdulária. No outro desafio, Coreia do Sul ultrapassou com alguma facilidade e provavelmente acima do que era esperado a Grécia com uma vitória por 2-0. Vai ser interessante olhar para o encontro entre coreanos e argentinos, e perceber como decorrerão as respectivas reacções de Nigéria e Grécia.

Argentina 1-0 Nigéria

Coreia do Sul 2-0 Grécia

Grupo C

A primeira jornada deste grupo era esperada por esse confronto entre ingleses e americanos. Deu em empate, saboreado como se de uma vitória tratasse pelos rapazes da terra do "Tio Sam", bastou ver os jornais do dia seguinte nos Estados Unidos. A Inglaterra apontada este ano como uma candidata ao título, o que já não acontecia desde 1966, falhou claramente esse objectivo. Marcou cedo e cedo se apagou. Dessa noite fica o aviso que os Estados Unidos estão no mundial para discutir a passagem. No outro desafio Argélia e Eslovénia estavam a passar um pouco ao lado desta "guerra falada em inglês", deixadas para segundo plano. O encontro foi quezilento, e o golo marcado por Koren que deu os 3 pontos à Eslovénia serviu apenas para esquecermos por uns momentos o "frango" do dia anterior de Green.

Inglaterra 1-1 Estados Unidos

Argélia 0-1 Eslovénia

Grupo D

Havia enorme expectativa para ver a Alemanha, outro candidato ao título mundial, entrar em acção. O melhor desafio até ao momento, a melhor exibição de uma selecção que tem atributos e possibilidades de realmente fazer uma boa campanha. Ao contrário dos ingleses não começou bem o jogo, mas foram apenas meia dúzia de minutos até que se construísse a primeira goleada do mundial. Despacharam os "socceroos" com 4 sem resposta. A Alemanha que nunca esteve mais de 20 anos sem ganhar um mundial e que o último foi ganho em 1990. Gana e Sérvia, favoritos à luta pela segunda posição tinham um importante encontro pela frente em que os Africanos foram superiores e venceram pela margem mínima. Vai ser muito interessante ver como se irão comportar diante da Alemanha e isso poderá ser fundamental para a passagem à fase seguinte.

Alemanha 4-0 Austrália

Sérvia 0-1 Gana

Grupo E

Uma Holanda com algumas carências foi o que se viu na estreia diante a Dinamarca. Há quem veja a selecção laranja como uma das candidatas mais silenciosas ao título, há quem veja claramente uma selecção com capacidade para discutir até ao último minuto do jogo do dia 11 de Julho no Soccer City, curiosamente local onde começou a sua participação neste mundial. Para já o teste foi positivo, mas há ainda 2 jogos pela frente para mostrar as suas reais capacidades. A Dinamarca ainda não acordou. No outro jogo do grupo, mais uma demonstração que os Asiáticos estão com força pelo menos nesta 1ª jornada. Vitória sobre os Camarões com uma organização defensiva eficaz a deixar um aviso sério que não será fácil marcar golos à equipa da "terra do sol nascente". Dos Camarões o pouco que se viu foi em apenas 45 minutos, não está ainda nada perdido mas há muito trabalho pela frente, o próximo jogo contra a Dinamarca é vital para as aspirações da equipa africana.

Japão 1-0 Camarões

Holanda 2-0 Dinamarca

Grupo F

A campeã mundial, Itália, entrou em acção contra o Paraguai e o resultado foi uma meia surpresa. Arrancou um empate, já na segunda parte, praticando um futebol aborrecido. O Paraguai no seu rigor defensivo adiantou-se no marcador ainda na primeira parte e fez descer à terra a toda poderosa selecção do "catenaccio". Num grupo que se espera a qualificação destas duas selecções que se defrontaram na primeira jornada, deu também para ver uma Nova Zelândia "roubar" 2 pontos à Eslováquia. A equipa da Oceânia logrou marcar o seu primeiro golo em mundiais já em descontos. A Eslováquia que teve a vitória mesmo ali ao virar da esquina, encontrará as reais dificuldades de um mundial quando defrontar Paraguai e Itália. Tudo empatado neste grupo, mas fica a sensação que não deverá haver surpresa nos qualificados, Itália e Paraguai.

Itália 1-1 Paraguai

Nova Zelândia 1-1 Eslováquia

Grupo G

É o grupo da nossa Selecção com uma estreia apática e desmoralizadora. Ainda só passaram 90 minutos neste mundial para a Selecção Nacional, e já pensamos na calculadora para as contas da qualificação. O nulo diante da Costa do Marfim é certo que deixa tudo em aberto, mas apenas para o segundo lugar com um aditivo, a Coreia do Norte. A selecção asiática mostrou que poderá ter uma palavra a dizer nesta qualificação, e sinceramente não sei até pode chegar. O Brasil deixa uma mensagem com alguma nitidez que o primeiro lugar não lhe deverá escapar.

Portugal 0-0 Costa do Marfim

Brasil 2-1 Coreia do Norte

Grupo H

A campeã europeia, a selecção que "anda" há mais de 1 mês à procura do finalista que a irá defrontar em Joanesburgo perdeu. É a primeira grande surpresa do Mundial, derrotada diante da Suiça. Alias, em tom de brincadeira, Vicente Del Bosque se precisar poderá usar a máquina de calcular que Queirós usará dentro em breve. Mas também não devemos esquecer, isto dos mundiais é de 4 em 4 anos, que a Selecção Helvética há 5 jogos em mundiais que não sofre golos, há precisamente 484 minutos, e isso poderá querer dizer qualquer coisa. Foi o fecho da primeira jornada de forma surpreendente, onde momentos antes o Chile derrotava facilmente as Honduras. A Selecção Chilena vê agora a qualficação, que há uns dias atrás poderia ser uma miragem tornar-se numa imagem mais nítida.

Chile 1-0 Honduras

Espanha 0-1 Suiça

publicado por Pedro Varela às 22:50
Terça-feira, 15 DE Junho 2010

Começou o mundial para o penta campeão, com uma vitória num jogo de duas partes bem distintas. O Brasil é sempre um candidato a vencer uma competição como esta, desde 1934 que nunca perdeu no jogo de abertura, foi o melhor na qualificação da zona sul americana, mas esperava-se mais. No meu entender, muito mais. Cumpriram.

Ainda o jogo não tinha começado e havia já um momento para recordar deste mundial e da participação da Coreia do Norte. Tae Se (camisola Nº9) e que acabou por ser o melhor elemento da Coreia, a chorar compulsivamente quando o hino ecoou em Ellis Park. Simplesmente impressionante. Tal como a forma que actuou nos primeiros 45 minutos.

Os primeiros dez minutos de jogo só deram Brasil e esperava-se que a qualquer momento o golo aparecesse. E com isso, o fim da partida pois ninguém acreditava numa surpresa do "underdog" Coreia do Norte. Mas de repente, assentando o seu jogo em futebol organizado, utilizando a velocidade de Tae Se, altamente motivado, com uma defesa a marcar bem não dando espaço aos mais criativos do Brasil, principalmente Kaká que esteve muito apagado e Robinho que foi o melhor elemento canarinho a ter pouco espaço para ludibriar a defesa contrária, a Coreia agradou e muito pelo futebol que jogou na primeira parte. O jogo foi caindo de ritmo proporcionalmente ao tempo que nos aproximávamos do fim da primeira parte, e num Brasil apático e sem soluções, apenas 2 pontapés no marasmo, remate de Maicon e umas "brincadeiras" de Robinho. O empate justificava-se, a Coreia podia estar orgulhosa do resultado conquistados ao intervalo com todo o mérito.

No intervalo dizia-me o amigo João Gonçalves que percebia agora porque Dunga escondia os treinos da sua selecção, realmente aquilo é vergonhoso!

Ninguém tinha dúvidas que a segunda parte tinha de melhorar, nem que fosse pela história. O Brasil nos últimos 22 jogos da fase de grupos do mundial marcou sempre pelo menos 1 golo. O último empate a zero data de 1978 contra a Espanha. E foram precisos apenas 9 minutos para que um dos melhores laterais (direitos) do mundo marcasse o primeiro da partida, Maicon. Um golo intencional quando todos esperavam um centro. Inteligência? Certamente que sim. Puxo agora o filme 17 minutos para a frente para que estejamos já a falar do segundo golo do Brasil. Elano, pronto para ser substituído é desmarcado por Robinho, passe sensacional, a elevar a contagem para 2. Tudo fácil, a Coreia já começava a ceder por todos os lados, o Brasil a garantir a primeira vitória na África do Sul. E volto a puxar 17 minutos para a frente, golo da Coreia do Norte. Que grande jogada quando poucos esperavam por esse momento. Yun Nam a fazer um golaço histórico. E mais não foi possível. Mas não deixo de terminar fazendo um pequeno aviso a Portugal e Costa do Marfim, cuidado com os Coreanos de Kim Jong-il!

O Brasil venceu e acabou por fazê-lo de forma justa, mas devo dizer que para ser campeão terá que mostrar muito mais!

Homem do Jogo: Robinho


 

publicado por Pedro Varela às 21:04

Início esperado da Selecção de Portugal no Mundial. Quando pensamos racionalmente sobre o trabalho que tem sido desenvolvido nos últimos tempos em relação à selecção, percebemos que não era possível fazer muito mais. Pelo menos com a estratégia adoptada e que agora não adianta desenvolver. A Selecção que está na África do Sul é a aquela que terá de conseguir os seus objectivos.

Da equipa titular devo realçar que Danny provou que não é titular, tal como tinha provado no outro dia com Moçambique que pode lutar pela titularidade. Confuso? Nem por isso, Simão, Deco (apesar da fraca exibição de hoje) e Raul Meireles deveriam ter sido o tridente do meio campo. Liedson poucas vezes tocou na bola, esforçado, característica que já estamos habituados, mas começa a ficar no ar a possibilidade de entrar Hugo Almeida. Aliás, não percebo porque não jogou o avançado na segunda parte, pelo menos nos últimos minutos, quando a Costa do Marfim evidenciava algumas carências físicas. Serviria para o jogo aéreo e quem sabe para alguma confusão que a chuva podia lançar. Coentrão o mais regular da Selecção, que óptima partida fez o jogador Português. Pegou de estaca no lado esquerdo!

O momento do jogo foi de Portugal pelo remate de Cristiano Ronaldo ao poste. Até essa precisa altura estávamos por cima do jogo, com mais posse de bola, a trocar relativamente bem a jabulani. Mas lembro que esse momento foi ao minuto 11!!! Portugal a partir dai desapareceu do jogo.

A Selecção da Costa do Marfim, mesmo sem Drogba que só entrou no decorrer da segunda parte, teve em Gervinho, homem do jogo, o seu melhor homem, ora na direita, ora na esquerda, sempre a fazer o que queria de quem lhe fazia frente e curiosamente só nas dobras é que alguém o travava. Lembro-me perfeitamente de duas situações uma de Paulo Ferreira e outra de Fábio Coentrão.

Não sei (força de expressão) o que Queirós poderá alterar na Selecção para o jogo melhorar, mas há que urgentemente repensar a equipa para que a produção suba de nível. Primeiro porque vamos defrontar uma incógnita selecção da Coreia do Norte, e se queremos vencer é necessário que aconteça por uma diferença de golos maior que a que presumivelmente a Costa do Marfim possa conseguir. Segundo porque quando defrontarmos o Brasil, não desejamos estar de máquina calcular a fazer as contas da qualificação.

Acreditar nesta Selecção é hoje uma certeza que é um acto de fé. Disso não tenhamos dúvidas!

Homem do JogoGERVINHO

 

publicado por J.G. às 17:01
editado por Pedro Varela em 16/06/2010 às 12:40
Sexta-feira, 04 DE Junho 2010

Didier Drogba, avançado e capitão de equipa da Costa do Marfim, primeiro adversário de Portugal na fase de grupos do Mundial 2010, lesionou-se durante o jogo particular que a selecção africana disputou hoje, em Sion, Suíça, com o Japão.

Está fora do Mundial e como o azar de uns é a sorte de outros assim Portugal começa a ver com mais optimismo a estreia na competição.

 

(actualizado)

publicado por J.G. às 13:54
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