Domingo, 11 DE Julho 2010

 

 

"À terceira é de vez", diriam os holandeses mais optimistas, sentimento justificado por não verem a sua selecção perder um jogo oficial desde a eliminação do Euro'08. Mas se a Oranje conseguiu anular a Espanha em alguns períodos, raramente se conseguiu superiorizar . A esta geração, menos exuberante, coube o mesmo destino que o da famosa Laranja Mecânica.

As próximas semanas serão dolorosas para todos, mas em particular para Robben, o homem que poderia ter sido herói e acaba sob o risco, injusto, de vir a ser considerado o vilão. O esquerdino teve duas oportunidades para marcar na segunda parte, a primeira delas flagrante e que seguramente terá colocado um País a gritar um golo que não se materializou. Mas não foi por ali que o jogo se definiu.

A Holanda entrou com o 11 que logo fora alinhado na numeração das camisolas e com a ambição de anular o futebol espanhol na primeira fase de construção. Não correu o risco, desnecessário, de pressionar a zona defensiva, mas tentou, fixando o quarteto mais avançado no meio-campo adversário, condicionar ao máximo a actuação de Busquets, Xavi e Xabi, enquanto Iniesta era marcado individualmente na outra metade do terreno. A opção era lógica e surtiu algum efeito. Mas destapou as laterais e após uma bola parada que forçou Stekelenburg a exibir os seus dotes aos 5 minutos, a Holanda passou por alguns calafrios.

As acções defensivas de De Jong e Van Bommel, aliadas ao jogo duro da generalidade dos holandeses, re-equilibrou a contenda, mas o médio do Bayern nunca conseguiu dar apoio ofensivo a Sneijder, hoje com dificuldade em pegar no jogo. Kuyit raramente apareceu e todo o jogo ofensivo ficou sobre as costas de Robben. O extremo bem tentou, ainda obrigou Casillas a uma boa defesa à beira do intervalo, mas sozinho não poderia garantir o sucesso.

A acumular cartões em excesso, a Holanda entrou mal na segunda parte. Incapaz de assegurar a posse de bola, ainda viu Robben repetir o movimento com que encerrara a primeira parte. Mas o acerto defensivo desvanecia-se com o passar dos minutos e as preocupações individuais abriram o corredor direito a Villa e companhia. Adensava-se o perigo junto da baliza de Stekelenburg enquanto Robben remava contra a corrente. Só ele obrigava Casillas a manter a atenção sobre o jogo. E quando os treinadores começaram a trocar de médios, procurando maior propensão ofensiva, a Holanda ficou definitivamente fora de jogo.

No prolongamento já não houve pernas holandesas para contrariar a pressão crescente que a Espanha impunha. A expulsão só veio dar razão a quem olhava a para a tv e já não acreditava nas grandes penalidades. Caiu de pé a Holanda, mas ficará sempre a ideia de que poderiam ter feito mais. Muito mais.

publicado por N.T. às 23:26
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Melhor em Campo: 1 Iker CASILLAS

publicado por jabulani às 22:46

 

 

 

publicado por N.T. às 19:00
A final!

(Holanda - Espanha; 19:30; Estádio Soccer City)
E assim chegamos ao fim de mais um mundial. O interesse nesta final será contido face ao que ambas as selecções me dizem ao coração, mas talvez seja o mais puro, i.e., que ganhe o melhor.
Tanto a Holanda e como a Espanha, são dignas vencedoras neste mundial, pois revelaram estar muito bem preparadas para este evento. A Holanda, até ao momento, foi a única equipa a dar a volta ao resultado em 90 minutos de jogo, o que por si só revela muito quanto à sua mentalidade lutadora e o seu espírito de grupo. Por seu turno, a Espanha, revelou uma maturidade competitiva muito elevada, ao nunca perder a cabeça nos seus encontros. Raramente os vimos a jogar de forma louca ao ataque. Muito pelo contrário! Se há coisa que os espanhois foram, foi serem pacientes nos seus jogos. Têm dúvidas? Então revejam os encontros frente a Portugal, Paraguai e Alemanha. Quase todos eles fotocópias uns dos outros. Todos eles com golos já o relógio ia avançado na 2ª parte.
São duas equipas que praticam um futebol apoiado, mas que também sabem jogar em contra-ataque. Basta recordar-me de um golo do Robben frente à Eslováquia, ou do golo de Villa frente ao Chile. Por isso mesmo, será interessante ver quem irá conseguir ganhar a batalha pela posse de bola.
Tendo em conta que as defesas de ambas as selecções aparentam ser os sectores mais débeis, antevejo uma postura de pressão alta, tanto da Holanda, como da Espanha. Aliás, os espanhois têm usado isso durante todo o mundial. Já agora, é engraçado verificar que neste mundial, não são os sistemas defensivos que têm dominado. Caso para dizer que: a melhor defesa é o ataque!
Sinceramente, tem uma certa piada o "destino" das coisas. Não é que acredite nisso, mas que as coisas tendem sempre para um equilíbrio isso tendem. É isso que verificámos neste mundial, ao vermos as equipas que mais fazem para ganhar, conseguirem esses objectivos. É isso que verificámos neste mundial ao vermos as equipas que melhor jogam em equipa, a chegarem às meias-finais e jogos seguintes. Isso dá-me um gozo terrível. É quase uma chapada de luva-branca sobre os defensores dos individualismos, dos mestres do "ferrolho" e sobretudo dos que têm muito, mas mesmo muito medo de vencer e serem iguais a eles próprios. Sim, estou a falar de vocês Portugal e Brasil! Custa-me muito ver equipas a não saberem aproveitar todo aquele talento! Que lhes sirva de lição! Talvez o Brasil tenha aprendido a lição... quanto a Portugal... não sei... Desculpem-me o desabafo mas, para mim, é difícil de aceitar, da forma como se jogou. Sinto que não somos em nada inferiores a estas duas equipas...
Bem, mas voltemos à final... quem serão os destaques deste encontro? Antevejo enormes dificuldades para Capdevilla e Puyol frente a Arjen Robben. Do outro lado, Villa irá dar água pela barba a toda a linha defensiva holandesa. Mas, aonde antevejo grande faísca durante os 90 minutos é no centro do terreno, com van Bommel, De Jong e Sneijder frente a Xabi Alonso, Sergio Busquets e Xavi (já repararam que até a nível da estrutura e do tipo de jogador que constituem o meio-campo, ambas as equipas se equiparam?).
Prognósticos da "Jabu": como já mencionei logo no início, que ganhe o melhor! É claramente um encontro de tripla. Apenas gostava que tivessem tantos golos como o encontro de ontém.
PP
PS: Como jogariam se estivessem a comandar as "clementinas"? E se estivessem a comandar a "la roja"?
publicado por jabulani às 13:24
Sexta-feira, 09 DE Julho 2010

O polvo Paul já decidiu quem vai ser o novo campeão do mundo. No aquário do Sea Life na Alemanha, o oráculo do mundial escolheu a selecção espanhola como campeã do mundo. Recordamos que este animal não tem falhado nas previsões. Para o lugar que resta no pódio, Paul escolheu a Alemanha. Venham de lá esses jogos para ver se o polvo é que percebe disto e depois quem sabe se não estará apto a substituir Blatter!

publicado por Pedro Varela às 16:02
Quarta-feira, 07 DE Julho 2010

As duas equipas presentes nesta meia-final foram dignas da importância do desafio e deram um bom espectáculo nos noventa minutos da partida. À raça dos uruguaios e a sua capacidade de pressionar sem conseguir sair a jogar contrapuseram os holandeses na sua forma habitual atingir a baliza adversária com a bola no pé.

Mesmo com o golo memorável de van Bronckhorst não se sentia um ascendente Oranje na partida, muito pela forma voluntariosa que os sul-americanos preferiram na abordagem ao encontro. Não havia preocupação com a construção apoiada, antes pela recuperação e lançamento do ataque. Não fazia bem à beleza do jogo mas foi a forma válida que os de Tabárez utilizaram para agitar a defesa holandesa e enfim, marcar por Fórlan o empate na partida.

Questionava-me se a saída do trinco de Zeeuw por van der Vaart teria sido a melhor intervenção do treinador holandês, e as dúvidas adensavam-se com a melhor ocupação celeste de espaços no seu meio campo atacante e alguma indecisão, talvez adaptação, holandesa. Uma grande defesa de Stekelenburg como que despertou os homens dos Países Baixos. Há um momento em que os laranja retêm a bola mais de três minutos em sucessões de passes e desmarcações e sem nunca perder a bola nas imediações da área uruguaia. Soava o alarme e pouco depois, noutro momento colectivo e superlativo, o golo de Sneijder a abrir espaço para novo remate vitorioso de Robben. Parecia um jogo findo mas os uruguaios não baixaram os braços e ainda conseguiram reduzir a diferença por Maxi Pereira.

No final venceu quem mais passes acertou e saiu derrotada a equipa que não sairá desapontada com o seu comportamento no torneio.

Melhor em campo: 11 Arjen ROBBEN

publicado por Spinafro às 11:06
Terça-feira, 06 DE Julho 2010
A um jogo da final... (Parte I)

(Uruguai - Holanda; 19:30; Estádio Green Point)
"A arte de bem defender contra a arte de bem atacar", bem que este poderia ser um slogan para atiçar este verdadeiro encontro de candidatos ao título mundial.
De um lado a celeste, que defende como pode, inclusivé com a "mano de Deus" versão uruguaia, não é Suarez? No entanto, embora a sua defesa tem sido o seu abono de família nesta comptição, o Uruguai entra para este encontro com enormes pontos de interrogação sobre qual será a defesa titular. Fucile encontra-se castigado. Os Diego's Godin e Lugano, estão a recuperar de lesões e são incógnitas. Por seu turno, Victorino e Scotti são os únicos que estão sem problemas. O defesa polivalente Caceres, deverá ocupar a vaga de Fucile. Por outro lado, Tabarez, poderá fazer recuar Alvaro Pereira para a lateral esquerda, mas com Robben um esquerdino sobre o flanco direito, deverá optar por um destro como o agora jogador da Juventus. Quem tem lugar cativo na defesa é o guarda-redes Muslera, e, de certa forma, a revelação na lateral direita, Maxi Pereira. No meio-campo, Diego Perez e Arevalo serão titulares indiscutíveis. A vaga sobre a esquerda deverá ser concedida a Alvaro Pereira, mas se as coisas azedarem para o lado uruguaio, certamente que entrará Lodeiro, a jovem promessa uruguaia. A finalizar o meio-campo, se bem que muitos o considerem igualmente um avançado, pelo que é o elemento que dá a tal hibridez ao conjunto celeste, está o "10" Forlan. Sem Suarez, castigado pela excelente defesa frente ao Gana, o ataque será entregue a um Cavani de passada larga e corpo fino como um pássaro sobre o lado direito e a um "el loco" Abreu mais fixo lá na frente, se bem que como esquerdino possa dar alguma largura à esquerda. Esta disposição atacante é apenas tida em conta se o Uruguai jogar na toada normal de contra-ataque. Por outro lado, em ataque mais continuado, os avançados poderão jogar da lateral para o centro, em busca dos seus melhores pés, beneficiando de combinações com o Forlan que tem como missão ligar de forma mais airosa o meio-campo com o ataque.
Sendo assim, as grandes questões que poderemos ter acerca do Uruguai são:
i) Até que ponto a defesa irá-se reflectir das ausências dos cois centrais titulares?
ii) Até que ponto o ataque irá funcionar sem um jogador tão móvel e importante como Suarez?
iii) Até que ponto o impacto de ter jogado 120 minutos intensivos contra um Gana, mais os penalties, e sem um jogador, poderá ter fisicamente frente a uma "clementina" bem mais fresquinha?
Do outro lado a "clementina laranja", que ataca como pode, inclusivé muito à custa de um mágico, não é Robben? Realmente, esta Holanda, embora esteja a triunfar e embora consiga ser a única equipa a dar a volta a um resultado durante os 90 minutos de jogo, ao longo do mundial, ainda não me convenceu relativamente ao sumo do seu ataque. Vive muito à custa a inspiração de Robben no ataque. Penso que com van Persie, Kuyt e Hunterlaar, o técnico van Marwijk pode gerir bem o seu mágico de "cristal". As suas grandes preocupações encontra-se na defesa, com a saída por lesão de Mathijsen (que frente ao Brasil nem se notou a sua ausência tal a qualidade exibicional do seu substituto, Ooijer) e o castigo do lateral direito van der Wiel. Quem deverá substituir este último será o Boulahrouz. De facto, se as coisas forem saindo bem para a Holanda, nem são capazes de verificar grande diferença neste sector direito, pois em situações normais, uma das grandes diferenças desta selecção holandesa, quando comparada com outras de outros mundiais, é que os laterais ficam muito presos defensivamente. Agora, e se as coisas correrem mal?
No meio-campo, De Jong está igualmente castigado. Isto leva a que o técnico holandês possa ter uma de quatro soluções, entre as quais duas são ofensivas e as outras duas são mais defensivas. Para o cenário mais defensivo e que vai de encontro ao que tem utilizado, De Zeeuw ou Schaars são a solução. Para o cenário mais ofensivo, a aposta recai ou em van der Vaart ou em Afellay. Este último, também poderá jogar ou a avançado ou a falso-ala, de melhor forma que o jogador do Real Madrid.
Sendo assim, as grandes questões que poderemos ter acerca da Holanda são:
i) Até que ponto o Boulahrouz vai desempenhar um papel defensivo eficaz, frente a Cavani, Abreu, Forlan, mais Alvaro Pereira?
ii) Até que ponto será justificável utilizar o Robben de início frente a uma defesa que marca tão em cima, como a uruguaia, correndo o risco de lesão do homem de cristal? Que tal apostar-se em Hunterlaar para a posição de van Persie e colocar este numa das alas?
iii) Até que ponto é que o técnico holandês vai continuar a apostar num duplo pivot defensivo quando muito provavelmente com van der Vaart, van Bommel e Sneijder, a dimensão e qualidade técnica do meio-campo holandês poderia suplantar o músculado meio-campo uruguaio?
Prognóstico da "Jabu": muito provavelmente, será pelo lado esquerdo do ataque uruguaio (ou lado direito da defesa holandesa) que este poderá explorar a falta de ritmo de Boulahrouz. Por outro lado, será pelo lado esquerdo da defesa uruguaia (ou lado direito do ataque holandês), que Robben e companhia poderão conseguir passar a muralha chamada Caceres ou Alvaro Pereira. Escrevo este cenário tendo em conta que ambos os treinadores não irão abandonar as suas duplas de meio-campistas mais defensivos. Muito provavelmente, em caso de desvantagem de uma das partes, será através do desfazer de uma dessas duplas a receita para recuperar no jogo. Essa e as apostas nas alas, para o caso holandês, e na subida de Forlan no terreno, para o caso uruguaio.
Destaques do jogo: Forlan e Robben... quem mais?
PP

PS: Qual o jogador uruguaio que se encontra no mundial e já representou um clube do meio da tabela no campeonato nacional? Quem será o jogador do encontro? Será uma das estrelas? Ou será que iremos assistir ao nascimento de uma nova estrela?
publicado por jabulani às 10:27
Sexta-feira, 02 DE Julho 2010

Reedição de um confronto (já) clássico, o encontro de duas das mais famosas escolas de futebol de ataque que já não o são. É curiosa a nostalgia pelo futebol da tal Laranja Mecânica, a mesma que nunca ganhou nada mas deu o futebol total, o Ajax da década de 70 e duas finais consecutivas em mundiais. O Brasil. Que há a dizer do Brasil a não ser que aquele Espanha'82 demonstrou que não há vencedores anunciados mesmo quando o futebol é de primeira água?

Hoje no Nelson Mandela Bay de Port Elizabeth houve qualquer coisa daquele Holanda vs Brasil de 1994, não no resultado ou nos esquemas tácticos. A semelhança aconteceu na preponderância de uma e outra equipa em cada uma das duas partes com a diferença de que não houve nenhum Branco para travar o ascendente holandês. Um jogaço, para gravar e recordar. Dois desenhos tácticos evoluídos, práticos mas complexos de contrariar. Com intérpretes da estirpe destas duas equipas, a obrigação é a de darem a ver um espectáculo grandioso. Não se acanharam, aos níveis físico, técnico, táctico e até mental foi um jogo para ir para a prateleira dos clássicos intemporais.

Entrou muito bem o Brasil do contestado (mas mal) Dunga. Começou tão bem que até num oásis onde antes existia areia e num extraordinário assomo de visão de jogo e qualidade técnica, Felipe Melo faz um passe que inutilizou sete jogadores da equipa holandesa e deu a Robinho para concluir. Foi à passagem do nono minuto. E se desde o apito inicial as coisas corriam de feição, nunca mais os canarinhos perderam controle em todos os momentos do jogo. Aos holandeses sentia-se que lhes faltava algo, uma peça que ocupasse a zona central do meio-campo, terra de Melo e não raramente de Dani Alves. Foi assim que Melo emergiu como mvp até ao intervalo, sem homem em cima só tinha de se preocupar com o jogo. Nesse territórios compôs-se o fado dos primeiros 45 minutos e deu-se folga a Sneijder, Robben e Kuyt. Se sem bola não se faz nada, então que se acertem as marcações na defesa. Nada mais surgiu como apontamento nesse aspecto.

Conhecendo esta Oranje o intervalo só poderia fazer maravilhas. Têm 'plano b' e o mesmo pode ser aplicado sem substituições, tem sido esse o trunfo de van Marwijk. Virou o jogo e apenas com a subida uns 2-3 metros de van Bommel. Parecia um grito irresponsável mas o Brasil como era deixava de existir. Melo, tenho de voltar a ele, começou a ter o trabalho que não gosta: ter gente por perto, ter de recuperar bola e dá-la jogável. Tinha de deixar de ser menino mas não conseguiu, passou a réu. Deve ser o período temporal perfeito para se iniciar uma recuperação no marcador entre dois grandes e o tal Felipe Melo deu uma ajuda num lance em que Júlio César também não sai inocente, a falta de comunicação deu golo aos 53 minutos. Estava lançado o mote para os de laranja. Não mais se submeteram, a partir daaqui a bola era deles, os laterais brasileiros que se cuidassem. Resignado porque perdia inevitavelmente profundidade, Dunga apressou-se a substituir o amarelado Michel Bastos, a cause de Robben, por Gilberto. E o Melo? Não, esse sairia pelos próprios meios após uma expulsão demonstrativa do pânico que o assolava, poucos minutos após a concretização da reviravolta holandesa. O golo de Sneijder e a desfaçatez de Melo terminaram com qualquer perspectiva razoável de re-equlibrio de forças.

O Brasil suou mas nada mais pode escrever nas páginas deste Mundial apesar de todas as boas facetas que mostrou ao longo da prova. Ganhou muito bem a Holanda, tem muito futebol, tem jogadores e tem a motivação (até para virar resultados) já o escrevia há dias. O Hup Holland Hup pode fazer-se ouvir.

Melhor em Campo: 6 Mark VAN BOMMEL

publicado por Spinafro às 18:32
Depois de dois dias de descanso, o mundial volta e em força: estão aí os quartos de final! Quais são então os dois embates do dia? Quais serão os vencedores do dia?

Contas antigas (Holanda - Brasil; 15:00; Estádio Port Elizabeth)
HolandaHolanda BrasilBrasil
Quem tem o futebol mais bonito? Na história do futebol mundial dos tempos modernos, leia-se a partir dos anos 70, surgiu em todo o mundo duas grandes escolas que apoiam o futebol bonito. Nenhuma conseguiu ser campeã do mundo, a Holanda em 78 e o Brasil em 82. Isso teve o seu impacto. Enquanto a Holanda continuou a lutar pelo futebol "totalista", o Brasil abandonou quase por completo o futebol "mágico".
É certo que a Holanda para ser considerada ao nível da "laranja mecânica" de Cruyf ainda lhe falta algum... sumo. No entanto, apesar de neste mundial apresentar-se num esquema mais pragmático, onde os laterais estão bem mais contidos, nas suas funções atacantes (vide o jogo frente à Eslováquia), o que é certo é que ainda não perderam e apenas concederam golos através da marca da grande penalidade. Nada mal, mesmo!
Continuo a pensar que embora não seja uma "laranja", mas sim uma "clementina", ainda há sumo bem docinho para ser exprimido. Talvez agora com o regresso do seu jogador-estrela, Robben, eles consigam descolar melhores exibições. Mas, os problemas por melhor mascarados que tentam ser, têm a tendência para vir ao de cima. Começou já com a insatisfação de van Persie, que embora seja titular da equipa, sente que poderia render muito mais noutra posição. Será que van der Vaart irá ser o próximo a demonstrar desconforto? Ou será que Hunterlaar irá ter aqui a sua grande oportunidade, e logo frente aos rivais dos "últimos" mundiais (1994 e 1998) brasileiros? Uma coisa é certa, o 4-3-3 (4-2-3-1) é para manter! Mas, e se estiverem a perder qual será o plano B?
O Brasil é talvez a selecção que mais mudou a nível de estilo e filosofia de jogo, nas últimas décadas. Se em 1982, o futebol "mágico" canarinho, não resultou numa conquista, tendo inclusivé marcado a alteração dessa filosofia, já em 1994, conseguiram atingir o tal aclamado objectivo, mas num estilo mais pragmático. O Brasil moderno, continua a ter grandes executantes, mas opta por uma postura demasiado defensiva para o colectivo que possui. É esta a grande crítica que todos fazem ao escrete.
Será que o 4-1-2-1-2, ou até mesmo o 4-2-3-1 canarinho poderia funcionar de forma mais elegante? Esta é a grande pergunta que se coloca aos penta-campeões mundiais. Em termos de rostos, do onze titular, Ramires será a grande baixa, pois tem sido um suplente de luxo no escrete. Impedido por acumulação de amarelos, coloca a dúvida sobre se será Elano (um grande artista), ou será o Josué (a pequena formiguinha), ou será o Felipe Melo (o agressivo) a fazer aquela posição do meio-campo. Quase certo nesta zona do terreno está Dani Alves que tem vindo em crescendo a nível exibicional. Já agora, o que fará Dunga se o Brasil encontrar-se em posição de desvantagem? É que do que se viu, tanto Nilmar como Grafite, parecem corpos estranhos nesta filosofia de jogo, não acham?
Prognósticos da "Jabu": este é claramente um jogo de tripla! Ganhará quem for mais forte a nível mental e nos duelos individuais. Destaques do jogo: Robben contra Michel Bastos e Kaká contra van Bommel/De Jong.
África reunida em torno de uma só equipa (Uruguai - Gana; 19:30; Estádio Soccer City)

UruguaiUruguai GanaGana
Grande encontro que se perspectiva. Frente a frente, duas selecções que visam fazer história. É certo que o Uruguai, mesmo sendo um país minúsculo é concerteza uma das potências futebolísticas mais antigas da história. No entanto, tem vivido um pouco do passado, regressando este mundial a um lugar entre os melhores. Por seu turno, os jovens ganeses, depois de conquistarem triunfos em escalões jovens, querem demonstrar que África evoluiu e muito a nível sénior.
O Uruguai é capaz de ser a equipa mais pragmática. Apoiada num sistema defensivo de tolerância quase zero, entrega o seu ataque a 3 elementos móveis, mais um médio que avança no terreno e normalmente mais um lateral. Estes dois últimos são os Pereira's (Álvaro e Maxi). Os dois médio centro, têm cariz mais defensivo. Enfim, é uma espécie de 4-1-2-1-2, ou 4-3-3, ou até 3-4-3, dependendo do posicionamento dos seus atletas.
O que é certo é que quando defendem, a pressão que os avançados fazem, leva o adversário ir de encontro com o desarme ora desta dupla de médios, ora uma tentativa de penetração que faz cehgar a bola aos centrais uruguaios. Estes são exímios no jogo de contacto com os avançados adversários, sobretudo se eles são mais posicionais e menos móveis. Forlan, Suarez e Cavani, têm vindo a crescer dentro do mundial. Se no primeiro e segundo encontro via alguma química com os dois primeiros, ao terceiro notei uma clara evolução do entrosamento e utilização do "7" celeste.
O Gana é a equipa mais surpreendente, pela positiva, neste mundial. Toda a gente reconhece que os médio ganeses, mais do que virtuosos, são eficazes nas tarefas defensivas. O que não conheciamos é que uma equipa africana poderia chegar ao mundial com uma cultura táctica muito acimentada por todos os intervenientes. Só por isto marca a grande evolução desta equipa africana, valorizando não só os seus atletas, mas também o trabalho do seu seleccionador.
O 4-2-3-1, já demonstrou que pode jogar numa toada de espectativa, como de pleno controlo do encontro. Neste campo, parece-me ser uma equipa mais activa na busca do golo que o Uruguai. No entanto, não vai poder contar com uma das suas revelações neste mundial: o Ayew.
Será concerteza uma dor de cabeça para o seleccionador. Será que haverá uma mudança táctica, povoando o meio-campo com a entrada de Muntari ou Appiah para o onze titular? Ou será que dará oportunidade a outro avançado?
De qualquer maneira, atenção celeste, pois Gyan será a seta virada à vossa baliza.
Prognósticos da "Jabu": estou mais inclinado para uma vitória do Uruguai, mais pelo historial que possui e pelo tacticismo/manha sul americana que decerto fará com que controlem o ritmo de jogo ao seu belo prazer. Mas, o Gana não me surpreenderá se conseguir passar à próxima fase. Destaques do jogo: Suarez contra Pantsil e Gyan contra Lugano.

PP

PS: Sabem quem são os jogadores com descendência de antigos futebolistas das suas selecções que irão jogar nos encontros de hoje?
publicado por jabulani às 09:37
Terça-feira, 29 DE Junho 2010

Foi na cidade de Dallas que Holanda e Brasil se encontraram nos quartos-de-final do Mundial de 1994, um jogo morno durante os primeiros 45 minutos mas que entraria para a galeria dos Mundiais pela extraordinária segunda parte e 22 minutos loucos que registariam 4 golos. O Brasil marcou por 2 vezes em 10 minutos, respondeu a Holanda com 2 golos em 12 minutos. Branco, à beira do fim, assegurava a passagem às meias.

 

 

publicado por N.T. às 00:28
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