Pela terceira vez nos oitavos-de-final da competição, o Paraguai entrou finalmente em campo como favorito, mas se confirmou predicados defensivos, continua a falhar na hora de rematar à baliza. Em 1998 resistiu à França durante 113 minutos, há 2 anos foi o alemão Olivier Neuville a derrubar a muralha guarani à beira dos 90. Hoje chegou aos penalties e fez história: está nos quartos-de-final.
Foi um jogo sem grande margem para emoção, onde as oportunidades rarearam apesar do claro ascendente paraguaio sobre um Japão que optou por ceder a iniciativa. Vinte minutos tivemos que esperar até sentir algum receio nas defesas de ambos os lados. Barrios foi o primeiro a ameaçar, rodando bem sobre os centrais e forçando Kawashima a defesa apertada. O Japão reagiu um minuto depois através de um remate à barra. E já perto do final da primeira parte, confirmando dificuldades em importunar os adversários no interior da área, voltou a importunar Villar de longe. Desta feita a bola passou ao lado. Pelo meio, aproveitando a confusão na sequência de uma bola parada, Roque Santa Cruz teve uma excelente oportunidade no interior da área mas faltou arte para capitalizar o momento.
Chegava o intervalo com claro domínio paraguaio perante um Japão que apostava tudo no contra-ataque e o segundo tempo manteria a tendência. O Paraguai insistia mais sobre as alas, principalmente pelo lado esquerdo, mas a muralha nipónica afigurava-se inultrapassável. O avançar do relógio garantia maior confiança ao Japão, agora mais preocupado em trocar a bola mas subindo sempre com precaução. Os guarda-redes permaneciam meros espectadores e a situação não agradava a Marino, que procurou maior presença na área através de Óscar Cardozo.
O jogo lateral do Paraguai intensificou-se no prolongamento, assim como o contra-ataque oriental, cada vez com mais espaço para correr com a bola. Oportunidades é que continuavam a rarear e com naturalidade se atingiu o minuto 120 com tudo a zero. Nos penalties Villar foi novamente abençoado pela trave e Cardozo tratou de negar ao Japão a quinta conversão.
HOMEM DO JOGO: 18 Keisuke HONDA