Terça-feira, 29 DE Junho 2010

Pela terceira vez nos oitavos-de-final da competição, o Paraguai entrou finalmente em campo como favorito, mas se confirmou predicados defensivos, continua a falhar na hora de rematar à baliza. Em 1998 resistiu à França durante 113 minutos, há 2 anos foi o alemão Olivier Neuville a derrubar a muralha guarani à beira dos 90. Hoje chegou aos penalties e fez história: está nos quartos-de-final.

Foi um jogo sem grande margem para emoção, onde as oportunidades rarearam apesar do claro ascendente paraguaio sobre um Japão que optou por ceder a iniciativa. Vinte minutos tivemos que esperar até sentir algum receio nas defesas de ambos os lados. Barrios foi o primeiro a ameaçar, rodando bem sobre os centrais e forçando Kawashima a defesa apertada. O Japão reagiu um minuto depois através de um remate à barra. E já perto do final da primeira parte, confirmando dificuldades em importunar os adversários no interior da área, voltou a importunar Villar de longe. Desta feita a bola passou ao lado. Pelo meio, aproveitando a confusão na sequência de uma bola parada, Roque Santa Cruz teve uma excelente oportunidade no interior da área mas faltou arte para capitalizar o momento.

Chegava o intervalo com claro domínio paraguaio perante um Japão que apostava tudo no contra-ataque e o segundo tempo manteria a tendência. O Paraguai insistia mais sobre as alas, principalmente pelo lado esquerdo, mas a muralha nipónica afigurava-se inultrapassável. O avançar do relógio garantia maior confiança ao Japão, agora mais preocupado em trocar a bola mas subindo sempre com precaução. Os guarda-redes permaneciam meros espectadores e a situação não agradava a Marino, que procurou maior presença na área através de Óscar Cardozo.

O jogo lateral do Paraguai intensificou-se no prolongamento, assim como o contra-ataque oriental, cada vez com mais espaço para correr com a bola. Oportunidades é que continuavam a rarear e com naturalidade se atingiu o minuto 120 com tudo a zero. Nos penalties Villar foi novamente abençoado pela trave e Cardozo tratou de negar ao Japão a quinta conversão.

 

HOMEM DO JOGO: 18 Keisuke HONDA

publicado por N.T. às 20:25
E não é que o último dia dos jogos dos oitavos de final reserva-nos mais um emocionante encontro entre dois candidatos ao título mundial? Portugal e Espanha, ao final da tarde protagonizam mais um duelo ibérico. Mas, antes defrontam-se Paraguai e Japão. Quem continuará em frente? Eis a grande questão. Aceitam-se apostas!
Espírito de índio guarani contra os últimos samurais (Paraguai - Japão; 15:00; Estádio Loftus Versfeld)

ParaguaiParaguai JapãoJapão
Duas equipas conhecidas pelas suas performances defensivas neste mundial. Duas equipas em busca do acesso aos quartos de final. Duas equipas com diferentes formas de atacar. Qual delas passará?
A equipa paraguaia, segundo os esquemas da FIFA, alinha num 4-3-3. Aliás, é mesmo essa a ideia que se fica quando olhamos para o campo e vemos as disposições dos seus atletas. Contudo, embora tenham levado a água ao seu moínho, esse mesmo onze, pelos nomes que aparecem nas fichas de jogo, melhor se organizavam em 4-4-2, ora em losango ora linear. É quase inadmissível para um adepto de futebol ofensivo, que o seleccionador paraguaio, com jogadores do nível de Valdez, Barrios, Santa Cruz, Cardozo e até Benitez, o máximo que consegue fazer em termos ofensivos é marcar ou com o central em bola parada ou com jogadores do meio-campo. Isso reflecte-se que a forma de atacar se calhar não é a mais correcta. Quais seriam as vossas opções para o ataque?
O Paraguai, não é uma equipa predominantemente atacante. Não é, igualmente uma equipa muito rápida. Na defesa, embora os seus centrais não sejam muito corpulentos e altos, sabem marcar em cima, estilo "carraça", pelo que a equipa consegue ter talvez a melhor defesa sul-americana. Os laterais são jogadores rápidos mas que não se aventuram assim tanto para o ataque. Algo que quanto a mim ajuda a que o 4-3-3 não tenha outra dinâmica. Quanto aos médios Vera e Torres, funcionam muitas vezes como alas e é por esses movimentos que nota-se alguma aceleração do jogo ofensivo. Mas, até agora o fazem porque sentem-se protegidos por um senhor jogador, chamado Victor Caceres. Será uma grande baixa para este encontro, devido a acumulação de amarelos em encontros anteriores. Quem deverá substituí-lo?
A equipa japonesa, joga num 4-5-1 e embora eu preferia ver o Honda a jogar de frente para a baliza adversária, eu acho que neste momento é mesmo o único jogador japonês capaz de interpretar bem a função que um avançado nestes esquemas deve ter. Em ataque o 5 de meio-campo desdobra-se avançando os dois alas, ora pelas linhas, ora em diagonais para a zona de remate frontal. São os casos de Matsui e Tamada. Mas, não é só os alas que avançam. Nos últimos encontros, Endo e Hasebe já conseguem muitas vezes chegar a zonas de remate, sobretudo o primeiro.
Tal como o Paraguai, não considero o Japão uma equipa rápida. Considero-os ágeis, precisos, objectivos e com muito pulmão. Se têm dúvidas, basta repararem nos seus dois laterais. É, igualmente uma equipa defensiva por natureza, pois deixa apenas Honda à frente da linha do meio-campo. No centro da defesa japonesa encontramos uma das melhores e surpreendentes duplas de centrais deste mundial: Túlio Tanaka e Yuji Nakazawa. Com estes dois, mais o domínio no capítulo do livre de Endo, Honda e Nakamura, o Japão é talvez a equipa que melhor performance tem dos lances de "bola parada" neste mundial. Nakamura é a grande questão para o onze titular, uma vez que tem sido uma espécie de "Robben" para o Japão nesta competição.
Prognósticos da "Jabu": antevejo um jogo enfadonho, muito embora, os japoneses têm proporcionado alguns belos jogos. Assim sendo, penso que quem marcar primeiro deverá passar em frente. Neste momento, penso que o Japão é mais equipa, mas o Paraguai dá-nos a sensação que ainda não vimos o seu verdadeiro potencial. Boas hipóteses de haver prolongamento, pois ambas as equipas apenas atacam pela certa.
Duelo entre "hermanos" (Espanha - Portugal; 19:30; Estádio Green Point)
EspanhaEspanha PortugalPortugal
E às 19:30 a península ibérica pára! Quem irá prosseguir em frente? A Espanha ou Portugal?
A armada espanhola, comandada por um jogador conhecido por "olhos de camaleão", de seu nome Xavi, apresenta-se neste mundial ainda em busca das suas rotinas de jogo. Xavi já percebeu que os companheiros que tem na selecção e não jogam no Barça são diferentes dos estrangeiros no seu clube, pelo que é necessário afinal os entrosamentos, mas já aí voltarei.
Começo pela baliza, Iker Casillas, o homem-aranha das balizas (a par de Júlio César do Brasil), é um grande guarda-redes, mas não está a passar por um grande momento na selecção. Parece haver ainda faltas de comunicação com a defesa blaugrana. Disso foi notório o seu primeiro golo sofrido no mundial.
No centro da defesa, Puyol e Piquet complementam-se e têm já rotinas do seu clube. É uma dupla muito coesa, mas como estão habituados a jogar muito subidos, quase ao pé da linha de meio-campo. Fazendo uso do "fora-de-jogo", têm muitas dificuldades quando a equipa adversária consegue penetrar no espaço deixado entre eles e o guarda-redes. Então se Piquet perder a bola num dos seus movimentos típicos de subida pelo terreno, abre um espaço nas costas que Busquets nem sempre se encontra para tapar. Se no Barcelona, têm laterais muito rápidos como Maxwell e Dani Alves, na selecção, embora Ramos não é batido em velocidade, o Capdevilla já o é. Contudo, têm quase sempre o apoio ora de Sérgio Busquets (médio mais defensivo), ora de Xavi, que muitas vezes vem buscar jogo, tal como faz no Barcelona, ora, também de Xabi Alonso, que tem tendência a fazer o mesmo que Xavi, pois é essa a sua função no Real Madrid. Como são ambos destros, têm tendência para moverem-se para o mesmo lado, à procura do equilíbrio necessário para passar com precisão com o seu melhor pé. Desiquilibrando o lado esquerdo espanhol. Uma coisa é certa, em termos de tipo de passe predilectos, tanto Xavi como Xabi Alonso são diferentes e complementares. São igualmente diferentes nas tarefas de "bolas-paradas" ofensivas e defensivas. Mas, é entre estes dois que vejo ainda alguma imprecisão, falta de coordenação e entrosamento nas saídas para o ataque.
David Silva, é uma espécie de "Messi" espanhol. Pelo menos é essa a ideia que transparece da forma como Del Bosque quer que este virtuoso jogador funcione em campo. Eu penso que está correcto, pois é assim que Silva joga no seu Valência., ou seja, ora à esquerda, ora à direita, ora ao centro, como "10" com muita liberdade. Contudo, mais uma vez, os mecanismos ainda não são os melhores, com os restantes membros da equipa (leia-se meio-campo). Villa, é dos únicos onde parece ter claramente um enorme entrosamento, porque jogam juntos no Valência. Torres ainda está à procura do apuramento de forma e tem sido Navas o escolhido para formar um trio atacante, com Villa e Silva. Notar que o novo reforço do barça é um avançado que não sabe jogar de costas para a baliza, e é mais de jogar no espaço vazio, com uma diagonal ou transporte de bola. Tem tendência para preferir o lado esquerdo do ataque pois possibilita fazer o movimento interior para disparar, tal como fez quando jogou contra as Honduras. Com o jogador do Liverpool em campo, a tendência é para Espanha adoptar um 4-4-2 em losango. É então entre o 4-3-3 e o 4-1-2-1-2, que eles se sentem mais confortáveis em jogar, mas no banco o que não falta são soluções para todas as situações. É talvez a par da Argentina o 23 mais homogéneo.
A armada lusa, também tem as suas armas e estou curioso por ver qual será a estratégia a ser usada neste encontro. Neste contexto tenho duas questões:
i) Qual será o estilo de jogo que Portugal irá adoptar, ou seja, se um estilo de jogo mais defensivo, como aconteceu frente ao Brasil ou se mais ofensivo, como ocorreu frente à Coreia do Norte?
ii) Qual será a táctica que Portugal irá adoptar neste encontro, se o tradicional 4-3-3 que tem usado neste mundial, se o 4-1-2-1-2, que deu-nos o apuramento nos jogos do play-off europeu?
Sinceramente, eu no lugar do Queiroz optaria por um esquema que os jogadores se sintam bem. Povoar o meio-campo, com gente defensiva, não é lá muito correcto frente a uma Espanha ou Argentina. É que essas equipas aproveitam-se para se intalarem no nosso meio-campo e têm gente com maturidade e paciência suficientes para por-nos a correr atrás da bola até que haja um espaço onde possam metê-la e penetrar em ataque. Se marcarem primeiro, em termos anímicos para a equipa será devastador. Por outro lado, não é assim que a maioria dos jogadores Portugueses está habituado a jogar. Mais, o jogo frente ao Chile, revelou que a Espanha tem imensas dificuldades frente a um adversário que procure ter tanta posse de bola como ela. Sendo assim, e para aproveitar o melhor dos dois mundos do estilo e da táctica, penso que Portugal deveria usar o seguinte onze:
- Eduardo na baliza, este é intocável e tem sido o melhor na sua posição neste mundial.
- Miguel a lateral direito, porque de todos os laterais direitos nacionais é aquele que convive diariamente com Villa, o jogador que lhe vai cair na sua zona de acção.
- Ricardo Carvalho, o líder da defesa e aquele que poderá sair com a bola nos pés.
- Bruno Alves, o central de marcação por excelência que deverá preocupar-se com Torres, se este jogar de início. Também nos lances de bola parada, defensivos e ofensivos será preponderante.
- Fábio Coentrão, que continue a fazer o que tem feito até aqui.
- Pedro Mendes, porque dá outra segurança à equipa tanto em termos defensivos, como nas saídas para o ataque que Pepe não dá. Também pensei em Miguel Veloso, mas agora não é tempo para experiências e Mendes parece-me mais seguro e confiante.
- Tiago, continua a jogar e deslumbrar. Complementa Mendes e Meireles, formando um tridente de grande qualidade. Será concerteza o jogar mais cerebral do meio-campo.
- Raul Meireles, com as suas penetrações pelo centro do terreno acaba por esticar e bem o jogo ofensivo nacional. Tanto ele e Tiago têm essa tendência e pelos vistos, fazem-no com critério e de forma intercalada. Está em grande forma. Tem tendência para marcar nos grandes momentos, será este um deles? Esperemos que sim!
- Simão, ora na esquerda, ora na direita, ora no centro (caso haja necessidade de jogar em 4-1-2-1-2), Simãozinho é o jogador mais inteligente e experiente que temos na equipa nacional. Conto com ele para pressionar e roubar muitas bolas ao Busquets, no momento em que este receba a bola.
- Cristiano Ronaldo, é aquele jogador para levar Portugal a outro patamar, tal como aconteceu com Eusébio em 66. Se em termos defensivos pressionar a defesa contrária, nomeadamente, Capdevilla, Puyol, BusquetsXavi quando no seu meio-campo defensivo irá permitir a que Portugal conquiste muitas bolas na zona de construção adversária. Em termos ofensivos, colocaria-o mais sobre a direita para o centro, aproveitando o confronto com Capdevilla.
- Hugo Almeida, é muito importante para Portugal colocar este rapaz em campo. É o único que pela sua movimentação (procura flectir para o lado esquerdo), capaz de manter Piquet lá atrás e fazer com que Ramos, não suba a seu belo prazer. Com um Raul Meireles por detrás e com o apoio de Coentrão, poderá depois partir para a zona de finalização.
Prognóstico da "Jabu": mais uma vez RESERVADO! Tudo dependerá da forma como os jogadores abordarem este encontro, sobretudo os portugueses que parecem correr por fora. Depois, esta questão que visa uma performance nacional personalizada, que depende e muito de quem jogar, logo de quem Carlos Queiroz optar, leva-me a ter muitas reservas. Vamos ver, que seja um bom espectáculo e sem casos (deverá ser difícil, pois é um confronto ibérico).

PP

PS: O que acham do onze que apresentei? Sempre dava para sem nenhuma substituição jogar num 4-1-2-1-2 ou 4-3-3.
publicado por jabulani às 10:15
Quinta-feira, 24 DE Junho 2010

O Japão prometeu contra os Camarões mas desiludiu contra a Holanda. Assim era de esperar que a Dinamarca conseguisse impôr o seu futebol europeu garantindo o apuramento dando continuidade à reviravolta que conseguiu contra Camarões.

Mas este jogo mostrou-nos uma realidade diferente e agora percebe-se que o apuramento da Coreia do Sul não terá sido acto isolado. Os asiáticos apresentaram excelentes argumentos para selar a sua passagem aos 1/8 de final. Quem esperava uma Dinamarca dominadora em buscar do golo e o Japão mais na expectativa enganou-se porque os nipónicos jogaram muito bem. Muito seguros a defender e muito bem a atacarem com destaque para a mobilidade do extravagante Honda que está a caminho do Liverpool.

A Dinamarca nem esteve perto de marcar mas o Japão não se fez de rogado. Livre directo para Keisuke Honda aos 17' que mostra que domina tanto a Jabulani quanto Sorensen a despreza. Um golo que servia para soar o alarme dinamarquês que tinha de repetir a remontada do jogo anterior para sobreviver.

Mas em vez de um ataque viking desenfreado tivemos o famoso auto controle nipónico que friamente repetiu a dose. Endo imitou Honda e atirou com muita classe para o seu lado direito fazendo a bola passar pela barreira só parando na baliza. Desta vez Sorensen não fica tão mal no quadro. Em meia hora o Japão concretizou em dois golos o seu futebol superior e a equipa que venceu o nosso grupo de qualificação ficou completamente desnorteada.

Esperava-se reacção vermelha na 2ª parte mas o desacerto dos dinamarqueses na hora de finalizar era assustadora. O melhor exemplo deu Tomasson que precisou de uma recarga para aproveitar um penalti! Este golo já apareceu demasiado tarde para a Dinamarca. E se dúvidas existiam Okazaki resolveu acabar com elas ao apontar o 3-1 depois de um magnifico trabalho de Honda.

Muito agradável esta surpresa japonesa que vamos ver até onde vai. A Dinamarca falha um apuramento em fases de grupo no Mundial pela primeira vez e é uma das decepções da prova.

 

Melho em Campo: Keisuke HONDA

publicado por J.G. às 23:20
Domingo, 20 DE Junho 2010

A aproximação ao universo da islandesa Björk surge muitas vezes como início de conversa mas quem por aí se fixar vai ao engano. A cantora e experimentalista electrónica Tujiko Noriko prefere os arranjos minimalistas, uma farta estrutura de camadas sonoras, glitch, samples em loop e uma voz muito mais que tranquilizante. Por vezes quase distante. Além de um assinalável percurso a solo e ultimamente radicada em Paris, conta com algumas colaborações de monta com Aoki Takamasa e Lawrence English.

 

publicado por Spinafro às 20:30
Sábado, 19 DE Junho 2010

 

 

Vida difícil para a Holanda no embate entre líderes do grupo. Bem posicionado e organizado defensivamente, o Japão cedeu a bola e fechou  bem os espaços, limitando toda a organização laranja. As estatísticas dizem-nos que a formação nipónica teve pouco mais de um terço da bola, mas até ganhou mais um canto que o adversário e tentou o remate por mais vezes. Sneijder exemplificou as dificuldades por que passou a Holanda,  incapaz de pegar no jogo e com uma percentagem de passe inferior ao habitual. Frente à Dinamarca até errou mais um passe que hoje, mas também o tentara em mais 29 ocasiões.

O jogo acabou por valer pelos minutos iniciais e finais do segundo tempo. As ordens de Bert van Marwijk ao intervalo terão surtido efeito, já que a Orange regressou mais acutilante, com a linha defensiva mais subida e uma mobilidade ofensiva até então inexistente. Van Persie ameaçou duas vezes e Sneijder abriu o marcador. Um remate forte, à sua imagem, mas com grandes responsabilidade para o guarda-redes nipónico.

A Holanda abrandou então o ritmo, com Van Bommel a assumir o comando, e o Japão foi respondendo preferencialmente pelo seu lado esquerdo, procurando o golo, sempre por Okubo, através da meia-distância. O jogo prosseguiu morno e ganhou vida inesperada na ponta final. O perdulário Afellay teve duas oportunidades soberanas mas permitiu que Kawashima se redimisse. E ao cair do pano, Ojasaki quase empatava a partida.

Praticamente apurada, a Holanda tarda em demonstrar futebol consentâneo com a sua tradição. Talvez a fase do mata-mata nos traga o futebol de ataque que apaixona tanta gente, mas neste momento é difícil acreditar na potencialidade desta selecção. A ausência de Robben explicará tudo?

 

HOMEM DO JOGO: 6 Mark VAN BOMMEL

 

 

 

publicado por N.T. às 14:55
Segunda-feira, 14 DE Junho 2010

Cuidado com os asiáticos que estão com a força toda em África! E ainda falta a Coreia do Norte do nosso grupo...

Hoje em Bloemfontein fez-se história com a primeira vitória (fora do seu território) do Japão num Mundial!

Mas comecemos por falar de Olegário Benquerença que foi o escolhido para arbitrar o jogo e fez questão de deixar a sua marca rebentando com o record de faltas marcadas num jogo: 48! O jogo mais faltoso até aqui tinha tido 33 faltas entre Uruguai e França. Ainda mostrou dois amarelos e tentou mais complicar do que simplificar. À sua imagem, portanto.

O jogo na primeira parte só teve um sentido, Camarões a atacar mal e o Japão a defender bem. Até que aos 39' Matsiu pela direita arranca um cruzamento que Honda aproveita para fazer o único golo do jogo!

Ao intervalo os japoneses não podiam estar mais felizes, defenderam bem, aproveitaram uma das raras oportunidades do jogo e não deram por Eto'o em campo. Nem eles nem ninguém porque o capitão africano esteve muito discreto.

Na 2ª parte Eto'o arranca uma fantástica jogada na direita com mais de 3 defensores japoneses em cima ele vai à linha de fundo fintando tudo o que aparece e dá o golo a Choupo-Moting que atira para fora. A partir daqui começou a ser quase impossível romper a bem organizada defesa do Japão que respondeu sem dificuldade às tentativas dos Camarões jogarem largo e pelo ar.

Aos 86' a sorte mostrou de que lado é que estava ao proteger o guarda redes Kawashima que viu uma bomba de Mbia ser devolvida pela trave. Nem com dribles nem com bombas, os Camarões não mostraram soluções para a muralha do Japão. O treinador dos africanos, Paul Le Guen deve estar bem preocupado com o futuro da sua equipa neste Mundial porque a seguir tem de medir forças com duas equipas europeias.

Da parte de Okada, seleccionador japonês, o momento é de festa e de sonhar. Com esta concentração e disciplina defensiva não vai ser fácil marcar golos aos asiáticos.

Benquerença se não fizer mais nenhum jogo o campeonato agradece.

 

Melhor em Campo: 18 Keisuke HONDA

publicado por J.G. às 17:17
Sexta-feira, 04 DE Junho 2010

Holanda

Os tempos da Laranja Mecânica já lá vão e nem foi sob esse epíteto e postura táctica que os súbditos de Beatriz venceram o único título de selecções do seu pecúlio. Depois de uma tranquila fase de qualificação, os neerlandeses  sob o comando técnico de van Marwijk têm no eterno van Bronckhorst, em van der Vaart e Robben os artífices para uma campanha africana tranquila mas bem suportada pelos africânderes, seus descendentes mas nativos da África do Sul.

 


Jogador-chave: Wesley Sneijder – alcançou este ano a sua melhor época desde que deixou o Ajax e é com essa motivação que receberá a tarefa de liderar a Oranje em direcção à baliza adversária, quer pela sua capacidade técnica quer pela sua faculdade para ler o jogo. 

Dinamarca


Quando no México’86 foram alcunhados de Danish Dynamite, os dinamarqueses tinham mostrado ao mundo um hino ao futebol de ataque, exponenciado pela batuta de Sepp Piontek, nos pés dos ilustres Jesper Olsen, Michael Laudrup e Elkjær Larsen. Dessa equipa também fazia parte o líbero Morten Olsen, hoje seleccionador de um conjunto que foi capaz de se apurar superando a rival Suécia e Portugal. Entre os veteranos Jorgensen e Tomasson ou na juventude de Agger e de Bendtner, arrisca uma participação meritória no certame.

 

Jogador-chave: Jesper Grønkjær – o natural da Gronelândia chega a este Mundial como a face mais experimentada da linha atacante dinamarquesa. Cruzou os melhores campeonatos e o facto de ter voltado a representar um emblema do seu país não revelará  menor capacidade.

Camarões


Os Leões Indomáveis nasceram para os Mundiais no Espanha’82 e desde aí não têm passado despercebidos em cada uma das suas visitas ao evento. Quem não se lembra da campanha Itália’90 com Roger Milla? Vinte anos volvidos, o mesmo Milla fez valer os galões e exortou os comandados de Paul Le Guen a um bom desempenho, uma tarefa que não se afigura fácil mas a determinação dos camaroneses pontuada pela experiência internacional da maioria dos jogadores, poderá fazer deles uma das equipas a seguir este ano.

 

Jogador-chave: Samuel Eto’o – pertence ao léxico de qualquer adepto do jogo pelos seus desempenhos em Espanha e Itália mas ainda não deixou a sua marca na selecção. Espicaçado por Milla, terá na África do Sul o seu palco redentor.

Japão


É mais uma selecção asiática que confiou a liderança técnica a um nacional numa altura em que o futebol nipónico parece ter estagnado, aguerrido mas ainda pouco prático e maduro. Será complicado o papel dos comandados de Takeshi Okada que, apesar de ter sido a primeira equipa a alcançar a qualificação para a África do Sul, lutará para pontuar confiando para isso no bom desempenho de Inamoto e Honda. Ao país do sol nascente restará a honra ou haverá espaço para a glória?

 

Jogador-chave: Shunsuke Nakamura – fez uma temporada para esquecer no Espanhol e o retorno ao Japão natal aconteceu com naturalidade mas Nakamura é o grande destaque dos samurais azuis também por ser o seu melhor marcador.

 

Opinião

Vejo o Japão como excluído de um grupo onde a Holanda, Dinamarca e Camarões farão as delícias dos adeptos com expectáveis bons jogos e promessa de muitos golos. Apostaria numa jornada final com o trio embrulhado mas a Dinamarca e a Holanda passarão à próxima fase.

publicado por Spinafro às 19:54
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