Sábado, 03 DE Julho 2010

Nas vésperas de um Argentina-Alemanha, Maradona que está no centro das atenções, merece que seja recordado como um dos mais marcantes momentos em mundiais. Decorria no México o mundial de 86. Nunca um jogo tinha sido repetido tantas vezes como o Argentina-Inglaterra. Pelo meio havia um conflito diplomático entre a duas nações, as ilhas Malvinas no centro da discórdia. Um conflito que incendiava qualquer assunto onde Argentina e Inglaterra fossem intervenientes.

Maradona tinha obrigatoriamente que estar no centro da questão futebolística. Se a nível político as coisas estavam complicadas, agudizaram quando a "mão de deus" introduziu a bola na baliza de Peter Shilton. "El Pibe" celebrizou a frase quando negou que tivesse sido a sua mão a colocar a bola na baliza dos ingleses, Deus desceu à terra e eternizou o momento. O momento de D10S!

Bobby Charlton, seleccionador inglês, não queria acreditar e ripostou que "Não foi a mão de Deus, mas sim de um impostor".

Mas o suposto impostor, não contente com a façanha, resolve fintar a equipa inglesa toda e marcar o segundo golo. E há quem o considere como o melhor de sempre. Esse golo que foi imortalizado é indescritível quando visualizamos com os comentários de Victor Hugo Morales, é de ficar com pele de galinha. O barrilete cósmico eterno que faz parte da história dos mundiais!

 

publicado por Pedro Varela às 01:18
Sexta-feira, 11 DE Junho 2010

Diz-se muitas vezes que o grau de fanatismo associado ao futebol de selecções é inferior ao que encontramos no futebol de clubes, o que está longe de ser uma verdade universal. E com maior ou menor paixão, certo é que também no contexto do Mundial as arbitragens motivam discussões acesas. E ao longo da História dos Mundiais não faltaram casos polémicos.


O Mundial do Oriente é um caso exemplar e ainda hoje espanhóis e italianos acusam a FIFA de ter levado uma das selecções organizadoras, no caso a Coreia do Sul, até aos últimos dias da competição. Primeiro foi o equatoriano Byron Moreno que, na lógica italiana, perdoou três expulsões (por agressões a Del Piero, Zambrotta e Maldini) e uma grande penalidade aos coreanos, invalidando mais tarde um golo aparentemente regular a Damiano Tommasi. Na eliminatória seguinte seguiu-se o egípcio Al-Ghandour, também ele permissivo ao jogo duro coreano e a confirmar inúmeras decisões erradas dos seus auxiliares a respeito do fora de jogo e não só.


Mas espanhóis e italianos também já estiveram do outro lado da barricada. No último torneio os australianos queixam-se da eliminação às mãos de Medina Cantalejo que, já em período de descontos, assinalou um aparente derrube a Fabio Grosso no interior da área. Doze anos antes fora o húngaro Sandor Puhl a fechar os olhos, quando o narigudo Mauro Tassoti rebentou o nariz a Luis Enrique com uma violenta cotovelada no interior da área italiana. Em 82, como anfitriões, os espanhóis beneficiariam de uma dupla decisão que evitaria a sua eliminação ainda na fase de grupos. Uma queda à entrada de área levou o dinamarquês Lund Sorensen a assinalar uma grande penalidade que Lopez Ufarte desperdiçaria. O árbitro considerou que Pantelic abandonara a linha de baliza antes de tempo e mandou repetir. Os jugoslavos garantem que o dinamarquês celebrou a conversão de Juanito.


Outras situações, por terem ocorrido no jogo decisivo da competição, ainda hoje são amiudemente comentadas. É o caso do célebre golo de Geoff Hurst na final de 66. Hoje sabemos que a bola não entrou depois de embater na trave, mas a dúvida persistiu durante anos, até na mente do atacante inglês: "A bola passou a linha? Não sei a resposta e julgo que nunca a irei saber." Só o suíço Gottfriend Deinst parecia seguro da decisão tomada: "Durmo tranquilo." O jogo estava no prolongamento e aquele golo permitia à Inglaterra adiantar-se no marcador. Terminaria com a vitória britânica por 4-2. Curiosamente, no seu percurso até à final, a RFA beneficiara de uma espectacular defesa a duas mãos do seu defesa Schnellinger.


Na Argentina ainda hoje se acredita que a derrota de 1990 está directamente ligada à influência do homem do apito. Não só se contesta a grande penalidade arrancada por Rudi Voeller, e que viria a garantir à RFA o título mundial após conversão de Andreas Brehme, como se garante que minutos antes o mexicano Codesal Mendez fechara aos olhos a um derrube de Lothar Matthaus ao avançado Gustavo Dezotti. Os alemães contestaram sempre a teoria de favorecimento, referindo uma potencial grande penalidade cometida sobre Klaus Augenthaler. Mas teriam os argentinos moral para se queixar depois da célebre Mão de Deus?


Contudo,  não foram os ingleses, mas antes a URSS a dominar as queixas no Mundial do Mexico. Por duas vezes em vantagem nos oitavos-de-final, por duas vezes a viram anulada e acabaram derrotados por 4-3. Embora as imagens não o confirmem, os soviéticos defendiam que ambos os golos foram obtidos em fora de jogo, referindo, no caso de Ceulemans, um adiantamento de 5 metros.


"Queriam vencer, é natural. Mas eles fizeram disso algo óbvio de mais." A frase é do belga Jean Langenus, que apitou no mais infame dos Mundiais: o Itália 34. Em pleno domínio fascista, Benito Mussolini faria de tudo para garantir que o título ficava em casa e que alemães e austríacos - já "anexados ideologicamente" pelos nazis - chegassem às meias-finais. As arbitragens foram declaradamente favoráveis às nações de pendor fascista e Mussolini foi várias vezes visto a privar com os árbitros da competição., inclusivamente o que viria a apitar a polémica final. Só os checoslovacos conseguiram intrometer-se no quarteto semi-finalista e foram mesmo segundos classificados. Para muitos, a Checoslováquia foi a verdadeira Campeã do Mundo.

publicado por N.T. às 00:13
Domingo, 06 DE Junho 2010

Como estreia no 'estabelecimento', resolvi escolher uma entrada sentimental ligada ao revivalismo de mundiais de futebol anteriores: momentos especiais, conquistas míticas, principais selecções e jogadores que marcaram a história deste desporto. Desde logo, fica a questão: qual o primeiro mundial de que se lembram? Quais as figuras que nunca mais esqueceram? Aqui fica o meu apontamento pessoal:

Nasci em 1975, um ano após a 'Laranja Mecânica' ter encantado os adeptos do futebol com o seu jogo feito de arte em movimento. Ainda hoje, não fico indiferente às virtudes da 'escola holandesa'.

Coincidência feliz, ou não fosse a Argentina a minha selecção preferida, o mundial de 1978 é o primeiro da minha vida. Na altura, apenas com 3 anos, confesso que não me recordo de nada. Porém, quando presentemente vejo as imagens daquele efervescente Estádio Monumental, reconheço aqueles papelinhos num cantinho do meu disco rígido cerebral. Provavelmente, terei aprendido a gritar golo com Mario Kempes.

Quatro anos depois, no mundial disputado em Espanha em 1982, as minhas lembranças persistem muito vagas e, porventura, demasiado centralizadas em 3 ou 4 jogadores que moldaram o meu imaginário futebolístico: o incrível guardião Harald Schumacher e o temível goleador Karl-Heinz Rummenigge, ambos da Alemanha Ocidental; Zico, do Brasil; Michel Platini, de França; e, o inevitável Paolo Rossi, de Itália, selecção que acabaria por se sagrar vencedora do torneio. No entanto, não são muitas as recordações, excepção feita para aquela espantosa meia-final disputada entre a Alemanha e a França. Um jogo de enorme emoção que deveria ser visto por todos os que amam o futebol.

Finalmente, em 1986, já com 11 anos, posso afirmar que foi o primeiro mundial em que a minha memória não ficou atraiçoada por qualquer spyware. O mundial de Diego Armando Maradona, o meu jogador preferido de todos os tempos e, na minha opinião, o melhor de sempre deste desporto. Nesse toneio em particular, recordo-me, obviamente, da (triste) participação portuguesa, mas também das fantásticas defesas do soviético Rinat Dassaev, das luvas do mítico Jean-Marie Pfaff, do grande médio belga que era Frank Vercauteren, da selecção da Alemanha, da França, do Brasil de Silas e Valdo, da Itália de Antonio Cabrini, Gaetano Scirea, Marco Tardelli, Bruno Conti e tantos, tantos outros, com o argentino Maradona tão presente no Olimpo futebolístico mundial e, ao mesmo tempo, tão próximo de um sorriso de uma criança de 11 anos. E vocês? Que tal uma viagem ao baú de recordações?

publicado por stadium às 16:52
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